Capítulo 10 - Rodeados

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Notas do autor:
Como pediram muito resolvi postar um capítulo extra esta semana.
Aproveitem. 😁✨

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O caminho era mais longo do que esperava. Como minhas carruagens golem nunca se cansavam, passamos por uma floresta e depois subimos às montanhas à noite.

Criei uma Aranha Golem nível D1 com os metais que encontrei para abrir um caminho direto até o Rio Estige que nos levaria ao mar.

Preciso ir mais rápido. Nesse passo se passarão meses até chegar ao Castelo Negro.

Planejei com Samanta como melhorar as carruagens para aumentar a velocidade. A elfa me ajudou bastante no trajeto. Como alquimista, ela também possui a habilidade de transmutar a matéria.

Ela modelava os materiais nas formas certas e eu os transformava em golens com um toque. Desse jeito, usávamos o nosso mana de forma eficiente.

Pelo caminho criamos golens com uma mistura de madeira e pedra para ajudar nas defesas. Eles tinham formas aracnídeas com 6 patas para que se movam em qualquer terreno. Encima deles coloquei longas bocas de canhão capazes de disparar estacas de pedra.

[Golem Canhão Aracnídeo nível E1, vida 250, força 6, espírito 5. Habilidade: estacas de pedra 3.]

Se não fosse pela qualidade dos materiais, seriam mais poderosos. Até agora, fizemos 300 desses. A quantidade compensaria a falta de força.

Sentado numa carruagem a frente do nosso grupo, eu conversava com 2 homens-fera bem musculosos e a princesa Pâmela. Os gêmeos tinham 2m de altura, orelhas e caudas pretas. Todos os homens-lobo que resgatei tinham peles morenas.

Pâmela queria me convencer de que esses dois eram os verdadeiros líderes para esconder sua posição.

Que pena, se não fosse pelo sistema, teria acreditado nela.

Ela queria agir como intérprete para traduzir a conversa dos dois. Mas não previu que meu sistema me daria uma ajudinha.

[Linguagem de Kerana aprendida.]

Hehe são tantas as vantagens de ter esse sistema.

Entendi o que os dois conversavam com ela de imediato. Um deles, Toru, dizia ao irmão Ruto:

– Que bom que essa ovelha não nos entende.

– Realmente Toru, mas tenha mais respeito. Ele foi muito generoso conosco. Finalmente nosso povo teve comida e uma boa noite de sono depois de tanto tempo presos.

Acho que ouvi o suficiente. Vamos ver como reagem. Hehehe.

– Por que me chamam de ovelha?

Os pelos das suas caudas ficaram arrepiados com o susto. Toru e Ruto pararam de respirar de tanto medo. Pâmela também empalideceu e logo tentou remediar a situação.

– L-Lorde Oscar, não sabia que falava o nosso idioma. Não é o que parece. É que o senhor é tão bondoso. Eles não pretendiam insultá-lo.

– Ah, pensei que me compararam a uma ovelha pela minha enorme barriga.

Balancei meus pneuzinhos para dar mais ênfase as minhas palavras. Os dois grandalhões tamparam suas bocas dando o seu melhor para segurar a risada.

Pâmela bateu em suas cabeças para detê-los. Apesar da sua demonstração de fúria, seu rabo se movia de um lado a outro animadamente revelando seus verdadeiros pensamentos.

Assim que os ânimos se acalmaram, perguntei se precisavam de alguma coisa, no que logo Toru respondeu "armas". Pâmela ficou impactada com o quão diretos ele e seu irmão idiota eram e tentou amenizar as coisas dizendo que poderiam ajudar mais se tivessem algumas.

Invocação Golem 2 - O despertar dos DungeonsWhere stories live. Discover now