Promessas

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Voltamos para nossa tenda o almoço estava sendo servido, preparei meu prato e fiquei afastada de Azriel e Amren, a distância me fez perceber a conexão entre eles Nestha não tirava os olhos de Elain desde o sequestro na noite anterior, mas ela parecia bem e conversava com Azriel e eles pareciam a vontade, Cass e Mor discutiam sobre qualquer coisa, Feyre e Rhys, bom estavam sendo eles; perfeitos e Amren bebia de uma taça escura pela cor que brilhou em seus lábios e o odor mascarado, soube que não era vinho. Agarrei minha própria taça me cerificando de que era vinho, rose e adocicado, bebi de uma vez só. Ao terminar o almoço decidi ir para enfermaria ajudar Madja, mas não cheguei à metade do caminho. O chão estremeceu sob meus pés, e o vento me encontrou. "Ele sabe que as irmãs estão aqui." Voltei para tenda aos tropeços e assim que arremessei a esfera a Rhys ele assentiu. "O Rei fará com que assista, seu parceiro ser dilacerado e o fará implorar pela morte. Depois de terminar de usá-la, será jogada a seu exército." O vento invadiu a tenda espalhando poeira e folhas secas, o aviso se chocou contra meu peito me fazendo cambalear.
- Se me deixasse ler sua mente seria muito mais fácil.
- Mor saberá se estou mentindo. Só mais uma ameaça de Hybern.
Engoli seco ao olhar para o grão-senhor, não era mentira, uma verdade não completa, mas não uma mentira, não a eles.
- Ficará comigo na retaguarda.
Azriel sequer olhou para mim, respirei fundo.
- Rhys e Cassian, conseguem me manter escondida, enquanto tomo a vida de 20 deles e derrubo outros 50? Mor conhece minhas habilidades, não sirvo de nada atrás!
- É verdade, Luz tem habilidade com a espada tanto como com a magia, fico ao lado dela na batalha!
- Azriel? Seguiremos o plano, ela é parte dessa Corte e se ela escolhe lutar, não iremos impedir.
Rhys falou olhando o irmão, assenti agradecida. Não deixei que meus olhos encontrassem os demais, quando sai para finalmente ir até Madja. Preparei as fórmulas para envenenamento e hemorragias, dobrei a quantidade de tônicos. Cassian foi até a enfermaria sorri ao vê-lo e ele fez sinal que fosse até ele.
Em suas mãos, lâminas gêmeas curvadas de aparência mortal, os cabos eram joias, literalmente, lindos cristais brancos e azuis encrustados.
- São para você!
Ele colocou as espadas em minhas mãos, olhei para elas, metal Illyriano, leve e mortal.
- É o primeiro presente que ganho. Obrigada!
- Se sobrevivermos já sei o que te dar no solstício.
Sorri. Ele partiu para onde as tropas Ilyrianas se organizavam.
Cruzei as espadas nas costas e segui para próximo dos exércitos me apertei nos escombros de um casebre humano, era só o que restara da passagem de Hybern pelo mundo mortal.
Fechei meus olhos; Mãe, mais uma vez te peço a benção para seguir adiante, coragem para enfrentar o inimigo conhecido, não permita que eu fraqueje, e se sua vontade for a de me levar, estarei pronta!


Minha oração era mais um pedido e uma meia mentira, a Mãe sabia. Não estava pronta, mas daria a vida para livrar o mundo de Hybern. Ao longe vi Azriel colocar sua espada nas frágeis mãos de Elain, ajudando-a a equilibrar o peso da lâmina, tentado fazer da menina uma guerreira em segundos.
Verifiquei as lâminas mais uma vez, toquei as adagas extras e verifiquei se estariam facilmente acessíveis em combate. Quando Mor apareceu e nos juntamos a frente Illyriana, os soldados se agitaram resmungando ofensas a nós, bufei.
- Estava com a mão nas entranhas de muitos deles a alguns dias.
- Ah, querida, Illyrianos não são famosos por sua gratidão.
Ela apertou a faixa de couro na longa trança loira. Cass se pôs a nosso lado de frente para o exército.
- Gastem suas energias nos Hyberianos, respeitem aquelas que lideram seus avanços, bando de cães imundos!
Sorri quando Cass piscou para mim e Mor, preparei uma nota do meu estilo de luta e coloquei a esfera na mão de Mor, ela sorriu e saiu da posição, fiquei surpresa ao vê-la voltar com Azriel a seu lado.
- Já que gosta tanto de acordos, pedi que Az afrouxasse mais um pouco para que consiga saltar.
- Alguns metros é o suficiente.
Estendi a mão esquerda a ele sem olhá-lo, se fosse como o último ajuste alguns traços mudariam em nossa pele. A mão sob a luva de couro o sifão reluzindo, poder e poder, tentei ignorar o toque quente e por baixo da armadura senti a mudança.
- Feito!
- Não vou agradecer, se está esperando por isso.
Avisei ao recolher a mão, já que ele parecia interessado demais em mantê-la na sua. Virei para o exército inimigo a frente, arrumei a trança em um coque apertado, tencionei a magia para as mãos.

A Corte de Sombra e LuzWo Geschichten leben. Entdecke jetzt