capítulo doze.

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Este capítulo é importante, prestem bastante atenção.

Votem e comentem. Boa leitura.

Selene é uma Deusa Titã, ela é a Lua em si, sua personificação, não um símbolo qualquer. Padroeira do feminino acredita-se que ela tenha o poder de amenizar o parto e inspirar amor, além de mascarar a realidade, ao mesmo tempo em que rompe as ilusões, pois, Selene, apesar de vir acompanhada da noite, é a luz no meio das trevas, quem ilumina os céus negros e vastos quando o Sol se ausenta, fomentando a nossa intuição quando a escuridão tenta nos confundir da realidade. Ela se faz presente nos nossos sonhos, nos conta segredos e concede visões através do nosso subconsciente.

O Sol é seu irmão, Hélios. Em todas as suas faces e latitudes, desde o nascer ao desaparecer no céu, ele é quem aquece e clareia o mundo, não apenas em sua maneira literal, mas, também, infiltrando-se em nossos cernes. Toda a sua significância e grandeza nos dão vida. Hélios é onisciente, o olho do mundo. Ele é testemunha dos homens e dos deuses. Nos mantém sob conforto e proteção.

Apesar da descrença de muitos, Selene e Hélios estavam essencialmente em Lunari e Lughari. Havia magia envolta naqueles dois reinos, as coisas não aconteciam por acaso. Existiam linhas invisíveis, porém, grossas os mantendo contíguos e adjacentes. Os reinados das famílias Styles e Tomlinson estavam atados e eram dependentes, ainda que eles não percebessem. Edward e William, também, não eram apenas um acidente ou coincidência, eles eram destino, sina, fatalidade. Eles não tinham o poder de controlar os fins, apenas alterar os meios. Para o destino nossos finais já estão prontos, o desenrolar pode variar de acordo com nossas escolhas, mas o final já está pronto, já está escrito. Em um lugar onde a magia predomina nada é por acaso.

Era domingo, início da tarde, quando os Tomlinson chegaram em casa. A viagem deixou todos exaustos, incluindo William, quem não conseguiu pregar os olhos nenhum momento durante o trajeto, estava ansioso para voltar à Lunari e ver Edward. Porém, agora, exausto, faminto e com aparência desleixada, não poderia ver o cacheado. O príncipe, então, passou pela cozinha para cumprimentar Karen e pegar alguns pãezinhos doces e depois dirigiu-se ao seu quarto, precisava dormir algumas horas.

Quando acordou o Sol já se punha, então rapidamente levantou e tomou um bom banho em sua banheira clara, vestiu roupas bonitas e perfumou-se. Seus pais ainda dormiam, por isso avisou à Elisa - a única outra pessoa de sua família acordada - que iria procurar por Edward. Ele apressou-se em comer algo e saiu em direção à aldeia.

William estava cheio de saudade e ela havia se multiplicado nas últimas horas. Às vezes parece que quanto mais estamos próximos de algo que nos espera nossos sentimentos intensificam-se. Depois de dias ele estava ali, há minutos de distância da pessoa por quem estava apaixonado.

Os aldeões faziam breves reverencias conforme ele passava sorrindo e acenando. O dia estava confortavelmente quente, uma leve brisa soprava e crianças molhavam-se na fonte. O príncipe pôde ver uma garotinha brincando com sua boneca sozinha, mas isso não parecia incomodá-la. Ela subiu o olhar e notou o rapaz a observar então mostrou brilhantes olhos verdes e um lindo sorriso com janelinha para o príncipe, quem retribuiu. A garotinha tinha cabelos castanhos, também, o que o fez pensar em Edward, ela era tão adorável quanto ele.

Mais alguns metros e William adentrava a padaria dos Horan. O cheiro de pão sendo assado e de canela inundavam o ambiente. Não havia ninguém em seu campo de vista, mas logo Niall surgiu pela porta atrás do balcão.

- Príncipe William! Está de volta! - o loiro aproximou-se estendendo uma mão para cumprimenta-lo.

- Bom vê-lo, Niall. Cheguei esta tarde.

Eclisse | L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora