Ret 🐉
Tava na minha sala fazendo uma carreirinha de pó pra cheirar mas antes de rolar algo o Vt entra na sala, me olhando bolado.
Ret: Qual foi, manda o papo. -falei tampando um nariz e puxando
Vt: Morador reclamando de muita coisa, sou só um porra! Sei lidar com isso tudo não. -falou boladão e se jogou no sofá
Ret: O Cobra deixou esse morro largado. -Me levantei e peguei o fuzil
Vt: É foda. -falou colocando o braço no rosto para tampar a visão
Ret: Ô vagabundo. -joguei o caderninho nele
Bora, Vt! Se levanta porra, tá achando que tá na disney? -ele bufou e se levantou pegando o caderninho
Pega algum barraco aí e faz como se fosse aonde os moradores vão lá pra reclamar, anota tudo aí e no final do dia tu me passa e se precisar de ajuda convoca o Dedê.O Vt fez toque comigo e saiu da salinha, eu entendo que o mano deve tá cansado e nem tiro a razão dele mas é foda.
Voltei a fazer a carreirinha e me droguei pra caralho nesse finalzinho do meu turno.
Peguei um cigarro de maconha e ascendi, me sentei no sofá e peguei o caderninho de armament, vendo o que tava em falta e sobrando pra fazer pedido de mais.
A Anna abriu a porta e me olhou bolada, encarei ela sem entender nada e ela fechou a porta vindo até mim.
Anna: Caralho Filipe, não atende o celular mais não? -Cruzou os braços
Ret: Foi mal. -Estralei os meus dedos e olhei pra ela
Deixei no silencioso e nem reparei. -Peguei o celular e tirei do silenciosoAnna: Estamos atrasados pro ultra-som, hoje é o dia da gente descobrir o sexo do bebê e estamos atrasados. -Me olhou um pouco chateada
Você vai ou não? -me levantei e puxei ela pela cinturaRet: Foi mal, gata...Muita coisa na cabeça e essas paradas toda, bora pow.
Fiquei mauzão por ter esquecido do exame de hoje, as nossas vidas tão uma loucura que as vezes a gente esquece das coisas principais.
Sai da boca junto com a Anna e ela foi em direção ao meu carro, abri a porta e a gente entrou e eu dei logo partida pra fora do morro, indo até a clínica que a gente fazia essas paradas todos os meses.
A Anna tá com quatro meses já e hoje se tudo der certo a gente finalmente descobre o sexo do bebê.
Ela não foi mês passado porque a gente tava viajando pro paraguai, aumentar o nosso nome por lá é sempre bom.
Estacionei o carro e a gente entrou no laboratório, a Anna foi até a moça da recepção e eu sentei no sofá.
Anna: Por conta que a gente demorou ela colocou uma paciente na frente da gente, vamo ter que esperar. -sentou do meu lado e eu coloquei a minha mão na coxa dela enquanto eu alisava.
Ret: Tem problema não, a gente espera. -beijei a testa dela
A barriga dela tava grandona, nem parecia que só tava de quarto meses.
Anna: Tô ansiosa. -segurou a minha mão
Ret: Já pensou? uma tropa saindo de ocê. -ela me olhou e riu
Anna: O que cê acha que é? -Encostou a cabeça no meu ombro
Ret: Uma barriga desse tamanho só pode ser um menino.
Ela me olhou e fez careta, ela acha que é menina.
Ficamo mais cinco minutos nessa e depois fomos chamados, a Anna foi pro quartinho se trocar e a doutora tava lá higienizando as coisas.
Pensa que eu não percebi o jeito que ela tava me olhando, safada que só e nem tem um pingo de respeito pela minha mulher que tá na sala ao lado.
Raquel: Ansioso, papai? -sorriu
Ret: Cadê a minha mulher? -falei incomodado e ela se calou
Malucona, achando que eu vou dar moral.
A Anna entrou na sala e sorriu, me deu um selinho e se deitou lá na maca.
Segurei a mão dela e fiquei fazendo cafuné no cabelo dela enquanto a gente olhava pro monitor.
Raquel: Vamo ouvir o coraçãozinho? -falou apertando um botão e o som do coração do nosso bebê começou a ecoar pela sala
Queria chorar não mas é impossível, momento incrível que eu tô passando com a mulher que eu amo.
A Anna me olhou e eu dei um beijo na testa dela.
Raquel: Ué. -falou mexendo naquele negócio que parecia um pincel
Anna: O que foi, doutora? Alguma coisa errada?
Raquel: Anna, qual foi a última vez que você veio? -falou pegando o prontuário dela
Anna: Mês retrasado.
Ret: Qual foi caralho?
Raquel: Não é nada de mais, apenas estou vendo dois sacos gestacionais distintos. -sorriu e a Anna me olhou assustada
Ret: Meu Deus! Eu não entendo essa porra não, fala como gente!
Anna: Gêmeos, amor...Eu tô grávida de dois.
Raquel: Isso...nada de se preocupar mas foi estranho eu não ter visto isso na primeira ultrassom.
Anna: Se você não ficasse reparando tanto no meu marido, talvez a senhora tinha visto antes.
A Doutora ficou meio sem graça e eu ainda tava em choque, duas crianças.
Raquel: Bom...preparados para saber os sexos? -Apertei na mão da Anna que assentiu com a cabeça
Bom...Aqui no primeiro saco nos temos uma menininha. -sorriu e apontou pro monitorOlhei pra Anna que tava com os olhos cheios de lágrimas e eu também me aguentei não, comecei a chorar.
Raquel: Já aqui no segundo... -apontou
É um menininho. -sorriu
Parabéns, um casal lindo!Foi quando eu mais chorei, um casal porra!
YOU ARE READING
Lance Proibido - Vol.1 - Ret [M]
Teen Fiction- Anna e Ret Quando a chapa esquenta, nada é problema Nossa putaria é quase um poema