Introdução

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P.O.V Victória

Bom, acho que o melhor jeito de começar é contando um pouco de sobre mim a vocês, então vamos lá.

Eu me chamo Victória Davis, ou Mikaelson se preferir. Eu tenho 277 anos, mas me transformei em Vampira aos 17. Minha mãe, Vivian, era uma bruxa. Uma muito poderosa diga-se de passagem. A um pouco mais de 260 anos ela conheceu Niklaus Mikaelson, o Híbrido original. O que eles tiveram não durou muito tempo já que minha mãe, quando descubriu que estava grávida fugiu. Ela sabia que Klaus não acreditaria que o filho era dele, e a mataria por achar que ela o traiu.

Quando eu nasci, posso dizer que não foi o dia mais feliz da vida dela. Mas claro que não seria. Pois foi quando eu nasci que a vida dela virou um inferno. Algumas pessoas descobriram sobre mim e começaram e caçar a mim e minha mãe. Ela também me achava um monstro, uma aberração, uma falha na natureza assim como todos que estavam atrás de mim. Ela me odiava, e não era preciso ela dizer isso, eu sabia. Quando ela se cansou disso, de fugir, de ter que cuidar de mim, ela me deixou em frente a um orfanato quando eu tinha 8 anos. Ela me abandonou.

Ninguém me adotou. Alguns casais até tentaram, mas eles não me aguentavam eu era muito estranha, esquisita. Então eu sempre voltava pro orfanato.

Aos 16 anos, eu perdi o controle da magia e acabei incendiando o orfanato causando muitas mortes e ativando minha maldição de lobisomem. Eu fugi dali, fui pra bem longe, ninguém sentiria minha falta de qualquer maneira. Quando eu me transformei pela primeira vez, foi horrível. Horas e horas de dor. Eu sentia cada osso do meu corpo quebrar e eu gritava com a dor. Eu estava no meio da floresta, sozinha e sem ninguém.

A noite foi longa e torturante, mas ao amanhecer eu tomei uma decisão. Iria atrás da minha família biologia. Eu estava cansada de me sentir sozinha, sem ninguém durante 16 anos. Eu queria uma família, ter alguém pra me ajudar, alguém pra estar ao meu lado, sempre. Eu só queria me sentir amada uma vez na vida.

Eu estava determinada a achá-los. Só a ideia de ter uma família que realmente me amasse me deixava eufórica.

Demorou pra que eu os achasse. Levou cerca de um ano, mas eu finalmente os achei. Eu estava a caminho a casa deles. Eles iriam dar um baile, e eu entrei de penetra. Procurei pelo Klaus e quando finalmente o acho, peço para que possamos conversar a sós, e ele concorda me acompanhando até uma sala junto de seu irmão Elaijah.

*260 anos atrás*

- Então, o que a senhorita deseja com meu irmão? - Elaijah me pergunta. Ele era bem formal e educado. Niklaus se senta em uma poltrona e seu irmão fica ao seu lado em pé. Ele ajeita a manga de seu terno e me olha, esperando por uma resposta a sua pergunta.

- Eu...- não sabia como começar. Meu coração estava estava disparado e parecia de iria sair pela minha boca a qualquer momento. Eu claramente estava nervosa - não sei por onde começar...

- Que tal pelo começo? - fala Niklaus impaciente, ele claramente não estava contente da minha demora.

- Por que não fala seu nome? É um bom jeito de começar, não? - Elaijah pede com calma, eu aceno com a cabeça.

- Eu me chamo Victória Davis. Eu não sei como falar isso, bom. Minha mãe se envolveu com um cara a alguns anos atrás. 17 anos, pra ser mais exata. E ela engravidou, mas com medo da reação dele, e que ele não acreditasse que ela estava grávida e acabasse a matando por achar que ela o havia o traído, ela fugiu... - eu olho para os dois a minha frente, eles pareciam confusos, não entendendo muito o que eu falava ou como isso teria ligação com eles. Elaijah ouvia com atenção, querendo saber onde eu queria chegar. Já Klaus, bem, era o Klaus.

- Olha garota, da pra ir direto ao ponto? Eu já estou ficando de saco cheio! - Niklaus diz sem paciência e se colocando de pé, Elaijah põe a mão sobre seu ombro em um pedido silencioso para que ele se acalme. Olho para o Elaijah e o mesmo acena fraco com a cabeça

- Eu sou sua filha, Niklaus - digo após uns segundos em silêncio. Vejo os irmãos se entre olharem e depois Niklaus me olha. Seus olhos brilhavam de raiva.

- Isso e impossível! Tá me entendendo? Impossível! - ele aumenta o tom de voz.

- Se fosse impossível eu não estaria aqui, não acha? - ele se aproxima e para na minha frente.

- Acha que eu sou burro!? Vampiros não podem procriar. Você é apenas mais uma vadia que tenta se aproximar de mim, me usar. Tudo o que você quer é poder. Você não é a primeira a tentar ter isso. Mas foi a mais idiota por achar que eu acreditaria nisso. - ele diz com desprezo e raiva, muita raiva. Ela acha que eu sou apenas uma vadia mentirosa que está tentando o manipular. E eu nem ao menos posso tentar me defender ou me explicar, pois o mesmo quebra meu pescoço me matando.

Eu não sei muito bem o que aconteceu depois. Mas quando eu acordo não vejo nada ao meu redor, apenas terra. Eu estava imóvel, não conseguia me mexer. Aí eu percebo que estava a sete palmos do chão, numa cova. Niklaus tinha me matado. Que grande pai, não? Pelo menos teve a decência de me enterrar.

Eles não acreditaram que eu realmente era uma Mikaelson, e que Klaus era meu pai. Ele nem ao menos me deixou explicar.

A minha vida toda foi uma merda. Sempre fugindo. Uma mãe que não ligava pra mim e que me abandou em um orfanato. Todos me rejeitaram a vida toda, e quando eu penso que finalmente eu iria ter uma família de verdade, que eu realmente iria ser feliz, Niklaus me mata.

Então eu desisto. Desisto da ideia de ter uma família. De ter alguém. Eu estava cansada de sofrer, e procurar por algo que eu nunca iria ter. Um amor incondicional. Cansada daquele sentimento de solidão que corroía meu peito...

Quando finalmente saí daquela cova, tinha algumas pessoas a minha volta, me olhando.

- Poderiam ter me ajudado a sair desse buraco, ao invés de ficarem plantados aí me olhando - digo passando a mão sobre minha roupa tirando o excesso de terra. Olha pra mulher a minha frente, ela aparentava ser a líder deles.

- Victória Davis, ou melhor Mikaelson. Não sabe a quanto tempo eu procuro por você. - ela se aproxima dando a volta por mim e parando em minha frente novamente.

- Eu deveria saber que você é? - pergunto sem interesse em realmente saber.

- Eu sou Amélia Jones, querida. E você vem comigo. - e a última coisa que eu ouço antes de apagar completamente.

É como dizem. Se tá ruim, sempre pode piorar. O verdadeiro inferno estava apenas começando....

*Notas da autora*

Antes de de mais nada, eu sou a Nicolly. Essa fic surgiu de madrugada e a Kiyomi-chan7w7 me incentivou a escrever aqui.

Espero que tenham gostado da pequena introdução.

Vote e comentem o que acharam.

Até o primeiro capítulo 😘

A Primogênita De Niklaus Mikaelson (Hiatus)Where stories live. Discover now