Thirty seven

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A segunda parada saiu exatamente como Louis esperava: uma merda. E agora ele havia esquecido para onde ia depois, então acabou voltando para casa. Só que ele havia esquecido que aquela não era mais sua casa.

Gelou ao ver o carro preto (que ele nunca lembrava a marca) de seu pai chegar e estacionar na garagem. Seus pais desceram sérios e sem se falar, como sempre. O casamento sempre fora apenas uma transação comercial. A senhora Tomlinson entrou na mansão fingindo que não o havia visto. Apesar de sempre ter sentido indiferença por parte dela, aquilo machucou Louis. Seu pai o encarou por alguns minutos até finalmente fazer o mesmo que a mulher.

O garoto sentou-se na calçada ao lado da caixa de correio e observou os carros passarem pela rua. "Cassie, o que eu faço?" perguntou à velha amiga.

Provavelmente uma hora se passou e Louis continuava encarando a caixa, sem saber ao certo o que esperava. Uma resposta, talvez? Então um fusquinha apareceu ao final da rua, destacando-se entre todos os carros de luxo. Harry.

O mais velho desceu correndo e abraçou Louis, que estava congelando com o frio de 2ºC negativos. "Louis! Você nem ao menos colocou um casaco! Porra, você me deixou preocupado! Você pode ficar doente! Está tudo bem? Claro que não está tudo bem, quero dizer, está o maior frio e você nem ao menos tem um casaco! Você quer um casaco? Sim, claro que ele quer, seu idiota. Deus, eu fiquei tão preocupado."

Louis sorriu pela primeira vez desde que saiu da cama. Harry se preocupava. Ele olhou para a velha caixa de correio atrás de si e sussurrou um "obrigado por tudo. Adeus, Cassie." enquanto entrava no fusca. E, por incrível que parecesse, Louis estava em paz. Ou o máximo de paz que ele poderia estar, pelo menos.

every teardrop is a waterfall [larry stylinson]Where stories live. Discover now