Capítulo 25 - Andrezza

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Passaram-se dois meses que descobri que carregava em meu ventre o fruto do meu amor com o Fernando. Apesar das choradeiras, enjôos e vontades absurdas me sinto infinitamente feliz e imensamente abençoada por poder gerar um anjinho.

O trabalho no orfanato tem sido gratificante e me faz bem, todos os dias que passo com aquelas lindas crianças meu coração se aquece e vejo o quanto são felizes mesmo tendo sido abandonadas por pessoas vazias e tão frias. Se pudesse adotaria todas elas, pois elas necessitam de amor e carinho, assim como nós adultos também precisamos. Nada se compara ao mimo de uma criança pura.

Meu relacionamento com o Fernando está cada dia melhor, meu amor por ele cresce e vejo o quanto ele tem sido cuidadoso e prestativo comigo em todos esses dias. Ele me ama de uma forma intensa e forte, me sinto segura e nosso bebe sente isso também tenho certeza. Falando nisso ele está mais babão do que nunca, quero só ver como vai ser quando nosso tesourinho nascer.

Estou aqui na diretoria olhando os dados cadastrais das crianças e vendo a quantia de dinheiro que tem na conta para fazer alguns reparos. Ouço alguém bater na porta.

- Pode entrar – disse sem tirar os olhos do computador. Senti um cheiro de perfume amadeirado misturado com o de flores e logo vi meu namorado aparecer na minha frente tampando o monitor.

- Oi meu amor – ele sorria com um buque de rosas na mão

- Oi príncipe – sorri e levantei-me

- São pra você. Na verdade, pra vocês – disse olhando minha barriga e acariciando, dando um beijo doce em meus lábios.

- Obrigada, são lindas – coloquei no vaso em cima da mesa

- O que acha de irmos almoçar juntos?

- Acho uma ótima idéia, o bebê está se revirando de fome – soltei uma gargalhada e ele me acompanhou.

Entramos no carro e fomos para o restaurante Fasano, um lugar elegante, cheio de requinte que eu particularmente adorei! Sentamos e pedimos nosso almoço, conversávamos alegremente quando percebi Verônica e Barbara vindo em nossa direção, elas estavam em outra mesa quando notaram nossa presença.

- Oi, atrapalhamos? – Barbara perguntou

- Não, imagine – disse com ironia

Elas se sentaram sem ao menos pedir e engataram uma conversa com o Fernando que me olhava desconcertado.

- O que acham de um coquetel para o orfanato, pode arrecadar fundos para que tenha uma manutenção melhor – Verônica disse

- Eu acho essa idéia maravilhosa Vê – Barbara disse. Ok, a proposta não era de tudo ruim

- O que acha amor? – ele perguntou e os olhares se viraram para mim

- Eu não sei querido, você é o dono não quero passar por cima de sua autoridade – disse com sinceridade – Faça o que achar melhor

-Tudo bem, eu acho uma idéia boa também – sorriu e eu sorri também – Para o próximo mês, coquetel no orfanato

- Excelente – Barbara disse

A conversa continuou e graças a Deus hoje a Verônica não agiu de forme rude comigo, espero que ela continue assim. O caminho de volta ao orfanato foi resumido ao almoço e despedi-me do meu namorado.

Continuei trabalhando e pensando em como seria esse coquetel, passei a mão em minha barriga e comecei a conversar.

- Oi meu anjinho, como está? A mamãe tem trabalhado muito né? Quase não conversamos mais! Estou ansiosa para ver seu rostinho, pra sentir você, pra te fazer sorrir e pra cuidar e amar todos os dias. Mês que vem temos uma festa para ir, será que estaremos animados até lá? – sorri imaginando um bebê dançando na minha barriga.

O trabalho se encerrou e fui para casa, precisava apenas dormir, acabei tomando um banho e adormecendo sem jantar.

Fernando logo se aproximou e sussurrou em meu ouvido.

- Não jantou?

- Não querido, estou cansada – disse sonolenta

- Meu filho não vai passar fome – disse e desceu depois de alguns minutos ele voltou com uma salada de alface com tomates cerejas, arroz e filé de peixe grelhado – Coma amor

Como não tinha escolha, obedeci e comi tudo, realmente ele tinha dotes culinários e aquela comida desceu com leveza, logo adormecemos juntos sentindo o calor um do outro.


Amor a Tira ColoOnde histórias criam vida. Descubra agora