Nasci em uma família simples, pacata. Desde garota, sonhei em me tornar uma grande ninja. Alguém conhecida que não ficasse na sombra do Naruto ou do Sasuke.
Sempre acreditei que Konoha era minha casa, o local que me acolhia, me protegia, e assim, e...
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"A maior dor não é a de nunca ter tido, mas sim, a de perder aquilo que se teve por um breve período de tempo de forma intensa, única e verdadeira."
*-*-*
O dia amanheceu chuvoso, mas apesar dos pesares, o ar era agitado. Na Ne, estavam todos cientes do julgamento de Sakura. No refeitório, os burburinhos incomodavam Kakashi e até Sai que estava na mesa a frente, estava calado. Yuno falava sem parar sobre o julgamento e aquilo estava enfurecendo o Hatake. Tudo o que ele queria era ficar um pouco em paz enquanto passava e repassava todo o plano. O tempo todo, calculou todas as ações, mas nada se encaixava dentro dos cinco minutos.
Sabia que iria lutar com alguém.
Deixou a torrada cair sobre a bandeja e respirou fundo, pegando a bandeja e levantou, caminhando até a rampa, depositando-a lá. Kakashi recebia olhares discretos. Não precisava olhar ao redor para saber que todos o observavam.
Tentou ignorar.
Caminhou até o quarto soando como tranquilo, porém, por dentro, era avalanche atrás de avalanche.
Assim que chegou no quarto verificou todo o aparato que havia arrumado dentro de um único pergaminho. Suspirou, pegando-o e o guardou na pequena bolsa ninja que carregava consigo na parte de trás do bumbum. Caminhou até o banheiro e retirou a máscara, lavando o rosto, depois ficou ereto, encarando o próprio reflexo com o rosto molhado. Estava com leves olheiras, o semblante abatido, além de um olhar preocupado. Nunca, em toda a vida, esteve assim. Exceto depois da morte de Obito e Rin.
Fechou os olhos.
Relembrar os amigos era difícil. Mesmo depois de tanto tempo, até mesmo depois de tudo o que viveu, não conseguia ignorar. Sentia-se culpado apesar dos pesares. Mesmo sabendo que não fora o culpado, ainda carregava a culpa consigo. Era impossível não se sentir assim. Na verdade, a culpa era mais uma velha companheira do que um verdadeiro sentimento, mas quem se importava?
Ninguém.
Inclinou o corpo e jogou água no rosto novamente, fechando a torneira e pegando a toalhinha de lado, enxugou o rosto. Jogou a toalha sobre o suporte, subiu a máscara e caminhou pelo quarto. Pegou o Icha-icha em uma prateleira e suspirou olhando ao redor.
Teria que abrir mão de algumas coisas.
Decidiu que era hora de ir, faltava pouco tempo para o início do julgamento. Saiu do quarto e fechou a porta às costas. Enquanto seguia pelo corredor, tentava se manter o mais distraído o possível e quando chegou fora das instalações da Ne, resolveu que não iria perder tempo, por isso, saltou sobre um telhado e de telhado em telhado, ele se dirigia rumo a torre da Hokage. Diferente dos outros julgamentos que aconteciam dentro da sede da polícia ou até mesmo da inteligência, o julgamento de Sakura seria na própria torre por questões de segurança.