01//10

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Deidara era um nerd.

Mas não, não ache que ele era um nerd de clichês que apanhava quieto e que tinha seus óculos e lanche roubados pelos valentões clichês.

Era surtado e nem um pouco doce como deveria ser - apenas quando estava com vergonha -, não deixava ninguém se meter consigo e, para um ômega, era bem valente e irritado - principalmente porque sua classe era conhecida por ser obediente e extremamente gentil.

Talvez fosse considerado o esquisitão da turma por simplesmente ter notas boas e ter um temperamento...ruim, por não ter muitos amigos e por ser um pouco anti-social demais para um adolescente.

Era sempre o garoto excluído no canto por ser quem surtava com facilidade e por ser muito explosivo e maluco, por as vezes falar sozinho e dar medo nas pessoas pela sua forma de ver a arte.

Isso deixou o menino em uma quase depressão durante alguns anos, tendo que tomar remédios anti-depressivos todos os dias para não ter um surto e fazer besteira. Também já havia ficado afastado do colégio por uma tentativa de bullying e assédio, o que o deixou bem mal e ainda mais ansioso do que já era.

Acabou se isolando mais, obrigando seus pais a lhe colocarem em um colégio particular para ver se sua atenção toda era retirada da pré-depressão e ia para novas atividades que a escola obrigava os alunos a terem.

Deidara era um ômega descendente de coelhos, uma espécie quase rara de se existir pelo passado, onde as pessoas que continham o DNA daquela raça eram vendidas para alfas de "terno e gravata" para dividas serem pagas ou para certo clã ser deixado em paz, eram como "tratados" entre dois lados.

Seu pai era quem lhe passou aquela parte da família, afinal sua mãe era uma raposa "normal", como uma boa porcentagem da população. Seu irmão era parecido com ela, então ele e Minato eram os que eram descendentes daquela espécie em específico. Mas, ao contrário do menor, o mais velho era um alfa.

O garoto era baixinho, pequeno e frágil por natureza, podia fazer academia e treinar o dia todo que não teria resultados muito aparentes, tinha cabelo loiro e comprido, que ia até seu quadril e olhos azuis bem clarinhos e límpidos.

Magrinho, sem bunda ou coxas grossas e com a pele branca e lisa, custo de não tomar sol para praticamente nada e por falta de vitamina D.

Tinha a autoestima baixa e o que mais fazia era ler livros e fanfics de romance, onde ficava imerso no mutirão de palavras quase amontoadas, tomando sua atenção e sua mente para a história.

Amava clichês.

Tudo que lia eram clichês.

Nerd e o popular, meio-irmãos, melhores amigos, inimigos para namorados, máfia, CEO e diversos outros contos românticos que todo adolescente já leu.

Adorava cada um deles e sempre chorava quando a protagonista sofria com o cara idiota, mesmo sabendo que no fim eles terminariam juntos, casados e com dois filhos.

A maior parte do tempo passava lendo, se imaginando vivendo algo que para ele era impossível de se viver na vida real.

Como se rebaixava demais, nunca iria considerar a hipótese de algum alfa ricasso se apaixonar perfeitamente por quem era uma "tábua" que nem vida social tinha. Além de que não sabia o por que de alguma pessoa que podia ter quem quisesse em mãos se interessaria por um pequeno pedaço de estresse ambulante.

Suspirou ao chegar no colégio novo onde seus pais haviam o matriculado. Era particular, onde teriam psicólogos e monitores em praticamente todos os cantos para nenhum aluno correr o risco de sofrer bullying ou de algum ômega sofrer assédio. Segurança máxima.

Clichê - Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora