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- Na próxima vez que seu irmão vier, vou perguntar aonde ele comprou aquele terno - Ruggero brincou.

- Povavememte - engoli um dos doces que estava na boca - Você não conseguiria, é muito caro.

- Tá bom riquinha do pedaço! - ele brincou - Não vai nem me oferecer um? - ele disse tentando pegar um.

- Ei! Você pode sair e comprar, eu não saio desse lugar pra essas coisas! - eu disse colocando um deles na boca. Ele fechou a cara e encostou na grade da sela. E me deu língua e eu ri, parecia uma criança.

- Olá Senhora Jaqueline - eu falei vendo a senhora atrás de Ruggero e colocando os doces rapidamente embaixo do travesseiro

- Ruggero essa é nossa querida médica/psicóloga.

- Jaqueline esse é Ruggero meu guardinha. - Ele olhou feio pra mim, e sibilou com a boca guardinha?

- Você falando com um guarda? Bem estamos progredindo karolaine! - a mulher falou sorrindo.

Antes de Ruggero ela foi a única que tentou me conhecer, e me ajudar. Ela era a psicóloga do pedaço, ela foi uma das únicas a saber que eu não sou tão durona quando tento aparentar.

- karolaine? - Ruggero disse rindo do apelido que a Dona Jaqueline me dá.

- Haha engraçadinho você - eu disse irônica Constance bateu com a bolsa no ombro dele, aquelas bolsas de Senhora, que deve ter umas 400 toneladas.

- Algum problema cavaleiro? - ela perguntou seria e ele segurou o riso.

- Não senhora,desculpe.

- Pode nos dar licença Senhor? - ela deu um sorriso

- esqueci que é novo, as consultas são particulares.

- Ah sim desculpe - ele falou e saiu. Ela o observou até ele sair pelo corredor.

- Que partidão é esse que colocaram de guarda em! Até pra mim que sou coroa aquilo não é um homem, é um Deus.

- Meu Deus Jaqueline! - eu ri do comentário Dela

- O que? Não é porque que sou velha que não posso observar. É só uma idade- ela falou e colocou a maleta sobre a mesa - Como está sua saúde?

- Estou ótima. E não estou incomodada com sua idade, estou por causa do seu comentário sem noção! E se ele ouvir?

- Deixa disso, se ele ouvir e dai? Se ele ouviu, não disse nada que não é verdade e o coração? - ela olhou pra mim com aquela carinha.

- Meu Deus! Ruggero? Não não, ele é bonito, charmoso, engraçado, simpático... - ela me olhou sorrindo - mas não faz meu tipo. - eu completei seria.

- Sei- ela colocou o aparelho nas minhas costas - Respire fundo, expire...Mas então você e o Ruggero tem algo? Sente algo por ele? Algo estranho?

- O que?? Claro que não? - falei nervosa - Ele e meu guarda, isso não é assim que funciona

- Então porque quando eu pergunto seu coração quase me ensurdece? - ela falou com a sobrancelhas levantadas.

- Porque, Porque são perguntas constrangedoras ora! - falei

- Aham...Tussa.

- COF! Me diz sinceramente, esse traje laranja me deixa feia?

- Sempre que venho aqui você me pergunta! Não kah não te deixa feia! - ela respondeu - Porque acha que o Ruggero te acha feia?

- Vai mesmo me encher com isso pelo resto da minha horrível vida? - falei

- Logo vou me aposentar kah, tenho que te irritar o quanto eu posso.

- Iria sentir saudades, você é como uma mãe, você e Ruggero são os únicos que sabem a verdade, de porque estou aqui, pelo menos os únicos que acreditaram...

- Eu trato todos desse hospício maluco! A maioria tem o desejos de matar pessoas, se matar, matar os inimigos, torturar pessoas, mas você não, então percebo que você é diferente, você não é culpada.

- Obrigada Jaqueline - eu sorri e ela colocou a mão no meu ombro - Queria que você tivesse sido a juíza naquele dia. É bom ouvir alguém falar isso.

- Você confia nele? - eu a olhei confusa - Confia no Ruggero?

- Eu confiaria minha própria vida a ele. - eu afirmei - Ele é confiável, companheiro e leal. Ele é uma boa pessoa

O policial e a prisioneira Where stories live. Discover now