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Ruggero

Quando chegamos em casa karol estava tão cansada que dormiu no caminho de carro, eu a trouxe no colo e coloquei no sofá. Eu tirei os tênis do seus pés para que ela se sentisse confortável e os coloquei ao lado; Ela logo encolheu os pés e se ajeitou no sofá, quem via, até parecia um anjo, um anjo demoníaco depois que você conhece.

Ri com meu pensamento é ajeitei os cabelos loiros que estavam no rosto Dela. Era fofo, ela parecia um bebê, saberia que se ela acordasse a primeira coisa seria me provocar por estar olhando-a tanto.

- Pode me dizer o que está fazendo? — uma voz feminina autoritária.

- Eu só estava deixando ela descansar Senhora — falei a sua mãe

- Estava a tocando ela falou com voz dura.

- O cabelo estava em seu rosto - defendi - Estava incomodando ela

— Você é suspeito jovem, não preciso te avisar que não gosto de você, ou do seu tipinho.- ela disse com desgosto — Não importa o quanto finja, vejo seu olhar pra ela, e não importa o que você queira, brincar com ela, namorar ou casar...- ela dizia cada vez mais perto - Eu não vou aturar você na minha família ou na parte amorosa da minha filha.

- Não e você que tem que aturar, é ela! — falei a desafiando

- Ahh, garoto - ela deu um sorriso — E você imagina que, se eu me voltar contra qualquer relacionamento ela iria trocar a nós, a família Dela, por um garoto? — ela riu — Ela pode ser uma grossa comigo, mas ela sabe o quanto contribuí pra vida Dela, somos sangue do mesmo sangue. Ela não nos trocaria, principalmente por você.

— Você é a mãe dela, não ela. Não sabe se ela me ama também. —respondi

- Então admitiu que a ama! - ela me surpreendeu, a mulher era boa, tinha que ter mesmo sangue. Por um momento eu desejei ter ficado quieto. — Amar. É uma palavra muito forte menino. Além do que, acha que ela vai se render ao amor mais uma vez? Ela já o fez, e você está aqui por causa disso.

Ela tinha razão, eu abaixei a minha cabeça, era errado pensar que eu amava ela, é que algum dia, podem me tirar da sua guarda. Me afastar Dela. E o quanto ela ficaria sozinha novamente.

— Entendo — falei — Se me der licença eu vou sair um pouco.

— Ótimo, vá. E se possível, sofra um acidente - ela disse enquanto eu ia.

Karol

Eu não consigo pensar direito, quando acordei ouvi a voz da minha mãe, mas também a voz de Ruggero.

Preferi ficar encarando o estofado do sofá e escutar. Não sei se foi uma boa ou ma ideia, mas ouvi coisas que pensei que nunca ouviria.

Que Ruggero gostava de mim. Que ele sentia algo. Que minha mãe não iria aceitar um policial na família, na casa (o que não era surpresa)

Eu não conseguia digerir aquele bando de informação.

- Karol - minha mãe chamou me balançando - Sei que está acordada agora. Ele já foi, já pode ficar normal. — ela disse e senti o sofá afundar ao meu lado.

Eu levantei e me sentei, petrificada.

- Você ouviu tudo? - ela perguntou e eu afirmei com a cabeça — Espero que não tenha passado pela sua cabeça oca em aceitar qualquer coisa com ele. - ela falou dura - Me ouviu? - ela perguntou puxando meu braço.

- Não sou mais um bebê mãe, esses anos que passei na prisão me ensinaram mais coisas que você sabe a vida inteira! Não venha me controlar agora! — falei e levantei em direção à porta.

- Aonde você vai? - ela perguntou raivosa.

— Vou resolver uma coisa que você se deu o direito de resolver mas que não devia! - falei e sai pela porta.

Achei que teria que andar muito para achar Ruggero, mas eles estavam tomando cerveja nos estábulos com Agus Eles conversavam.

Eu estava com medo, já tinha ouvido bastante coisa que não devia hoje. Mas decidi seguir em frente. Se eu demorasse mais, minha coragem se esvairia e eu não faria o que eu acho que devo.

— Oi meninos - me pronunciei.

- Ah, você acordou! - Agus falou se levantando em educação e Ruggero fez o mesmo

- Não, estou sonhando em 3D - brinquei e eles se sentaram

- Delicada como uma pedra - Ruggero falou rindo e bebeu mais um drinque

- Vocês estão fazendo o que aqui? -perguntei pegando um balde com feno - Estão embriagando meus bebês? - perguntei - Com esse hálito de álcool no ar? - falei brincando.

- Por enquanto estou bem sóbrio - Ruggero falou — É só para me manter quente.

Eu poderia te manter quente Pera aí, Karol, quer merda foi esse pensamento?!

— Karol — Ruggero chamou - Vem cá. — falou mexendo o dedo.

— O que foi Alcoólico? — perguntei parando do seu lado.

- Você tá linda — ele disse com voz embriagada

- Eu tô sempre linda - falei

- Eu te amo - ele disse e eu fiquei encarando ele.

-  Eu disse que não iria funcionar, ela é fria demais pra ser mexida por essas coisas - Agus falou e Ruggero riu, e eu me juntei.

- Não bebam mais que isso, não vou levar vocês ao hospital por causa de problema de fígado! — briguei saindo e os deixando lá - Não fale isso mais, talvez na próxima eu possa ser abatida — falei longe deles

O policial e a prisioneira Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt