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— Karol— ele chamou

— Eu... — falei jogando a bolinha da diversão no ar

- Acabei de receber uma prancheta - ele falou

- Legal - respondi entediada Eu estava deitada na cama e olhava pro teto, brincando com uma bola de borracha.

— Com uma noticia — ele completou tentando fazer ar de surpresa

-  Dia da Família ta chegando e eu vou pra casa e você vai ser obrigado a me acompanhar. — falei

- Mas como voc...

- Eles fazem isso todo ano. —respondi

- Ah e eu queria te apresentar uma pessoa — eu levantei da cama

- Hum. - falei Ele puxou uma garota loira

- Essa é Lana

— Olá - ela falou com uma voz finamente irritante

- Oi- eu disse sem animo.

Ela estava agarrada no braço de Ruggero, mas não amigavelmente, nem amorosamente, ela agarrava o braço dele como se um demônio fosse puxar ela a qualquer modelo, ela está com medo de mim? Devia mesmo

- Acalme-se eu disse que ela não iria fazer nada — ele diz — Não confia em mim? — Ele falou mexendo na mão dela

— É claro que confio - ela sorriu e deu um beijo em sua bochecha.

Eu vou jogar a bola na cara dela, será que machuca? Não sei vamos descobrir... Depois de horas daquela garota enchendo o saco, com aquela voz chata, não demorou muito pra eu perder a paciência...

- Não tem nada pra falar? — Ruggero me pressionava

- Não. — respondi

- Não precisa não, foi apenas um acidente — a garota sorriu docemente.

Ela parece tão inocente que chega a ser nojento e aquela voz chata.

- Ah olha a hora estou atrasada - ela sorriu - Tenho que ir - ela foi mais rápida que o Bolt

— "Acidente" —- ele falou fazendo aspas com as mãos

- Não foi culpa minha - respondi

- A bola foi para certamente no nariz dela, e soube por fontes que você tem uma mira ótima.

— Foi um acidente — respondi imitando a voz irritante dela

- Você tá com essa cara de nojo desde que ela chegou.

- Desculpe por estar numa prisão e não poder fazer cirurgia plástica, ou não ser a Mística do X-Men!

- Não acho que é isso ele disse sorrindo

- O que o seu grande cérebro pensou? - falei irônica

— Você tá com ciúme!

- Hahahahahaha, ciúme? Eu? - levantei e fui até a grade - E por que eu teria ciúmes de você? perguntei

— Não sei — ele disse — me diga você

- Só porque você é bonitinho não fique se achando não - falei

- Disse que sou bonitinho? - ele perguntou dando um sorriso

- Que?

— Você disse que sou bonitinho

- Olha não sei da aonde você tirou isso, agora tenho que arrumar MINHAS coisas pra ir pra casa. Para os meus únicos momentos de felicidade do ano.

O policial e a prisioneira Onde histórias criam vida. Descubra agora