CAPÍTULO 16

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SABINA
Capítulo extra: 02/02

O chalé da minha família era, de fato, meu lugar preferido na cidade. No mundo, talvez. Era o local para onde eu fugia quando precisava de um tempo sozinha, ou quando havia algo em que eu queria pensar. Também já tinha usado a pequena propriedade para namorar escondida dos meus pais, roubando a chave que ficava no escritório.

Não que eu me orgulhasse disso. E também não vinha ao caso, porque não importavam os garotos que eu já tinha levado para lá. O que eu tinha na minha frente naquele momento era um homem. Em todos os sentidos da palavra.

E a forma como ele me olhava não me deixava negar isso.

— Bonito este lugar — ele comentou, pouco depois de entrarmos, enquanto olhava ao redor,

Era mesmo. Pequeno, aconchegante, com dois andares — sendo um com uma sala pequena com lareira, uma cozinha no estilo americana e um banheiro completo. No segundo andar, que era um mezanino, havia apenas uma cama e uma cômoda de madeira. Meu pai comprara aquele lugar pouco depois do casamento com minha mãe, e eles alugavam às vezes ou usavam para hóspedes quando estes queriam mais privacidade.

A iluminação era suave e tudo estava muito limpo, porque eu sabia que era mantido assim. Os móveis eram rústicos, assim como toda a decoração, e cheirava a madeira.

Noah jogou a pequena bolsa que levamos sobre o sofá, apoiando o quadril no braço do móvel mesmo sem exatamente se sentar.

Ele estava tão bonito, com uma calça jeans, uma blusa gola V e um blazer. A mesma roupa que usara na festa da minha irmã, que fora mais informal. Mas a verdade era que ele poderia vestir o que quisesse, até um saco de batatas, e ainda seria o cara mais sexy em quem já coloquei os olhos.

Ficamos nos olhando por alguns instantes, meio hesitantes, embora eu não tivesse a menor dúvida do que ambos queriam.

Mas, então, sua voz deliciosa sou baixinha, rouca, cheia de desejo.

— Vem cá...

Eu sabia o que aconteceria se fosse. Mas um sorriso provocador surgiu no meu rosto, e a vontade de brincar um pouco me fez cruzar os braços e erguer o queixo.

— E se eu for?

– Eu vou te beijar. E não vou parar. Se você vier, vai ser minha esta noite. A escolha é sua.

Ele era direto. Sem rodeios.

E desesperadamente desejável

Então eu fui.

Noah mal me deixou ficar realmente de frente para ele, pois agarrou meu punho, já que eu ainda estava de braços cruzados, e me puxou para si. Em um rompante, subiu a saia do meu vestido e tirou-me do chão, entrelaçando minhas pernas em sua cintura, como se não pudesse mais se conter.

Fui parar sobre a mesa de madeira de jantar, da pequena sala. Ele me sentou sobre ela e forçou meu corpo para baixo para que eu me deitasse de costas, começando a tirar a minha calcinha.

— Você disse que ia me beijar — falei em um tom divertido.

— E vou. Nunca disse onde.

Bem, e ele beijou. Sua lingua experiente deslizou por toda a extensão dos meus lábios vaginais, de baixo para cima, e ele sibilou, como se tivesse acabado de provar de uma sobremesa deliciosa. Ele sugou, chupou, penetrou, lambeu e mordeu, sem parar, sem piedade. A cada investida fazia algo diferente com a boca, o que começava a me dizer que ele tinha muitas cartas na manga quando o assunto era sexo.

Não demorei a gozar. Principalmente porque tinha algum tempo que eu não fazia sexo, meu último homem fora o pai de Sofya, e eu estava feliz demais em mudar isso. Queria novas memórias, e algo me dizia que Noah iria criar algumas inesquecíveis, a julgar pela forma como começamos.

Eu estava completamente jogada sobre a mesa quando ele me pegou nos braços, carregando me pela pequena escada até o mezanino. Fui deitada na cama com cuidado, e Noah me girou, colocando-me de costas, onde ele abriu o zíper do meu vestido, que pegava do cóx até o meio da bunda, já que eu não estava usando mais nada, depois de ele tirar minha calcinha.

Havia um botão também na altura dos meus ombros, que ele abriu com os dentes, e então aproveitou a posição para ir descendo seus lábios pelas minhas costas, seguindo perfeitamente a linha da minha coluna.

Enquanto afastava o tecido com as mãos, continua deslizando a boca, usando a lingua para me provar.

— Você tem um gosto delicioso, pequena. Inteira. Dá vontade de te devorar.

— Noah... — foi tudo o que eu consegui dizer, e eu nem sei se ele me ouviu de tão arfante que soou.

Tudo o que eu senti, enquanto ele ainda me beijava dos pés à cabeça, foi seu dedo me penetrando bem fundo, acertando um ponto de prazer absoluto, que me fez gritar.

— Grita, pequena. Pode gritar porque isso é só o começo. Quantos orgasmos mais será que você aguenta essa noite...? — ele falava em um tom presunçoso, mas malicioso, e eu podia imaginar que ele sabia o quanto era bom — Você quer que eu te faça gozar mais vezes?

— Quero — respondi com o rosto enterrado no travesseiro, sentindo minha mente enevoar com as sensações que ele me provocava.

— Então eu prometo que você vai gozar a noite inteira.

E ele cumpriu.

Noah me fez gozar nos seus dedos pouco depois de sua promessa, principalmente quando me penetrou com dois de uma vez, estocando sem piedade, enquanto continuava a beijar minhas costas e a massagear meu clitóris com a outra mão livre.

Eu ainda estava um pouco grogue de dois orgasmos seguidos quando ele me girou, colocando-me de barriga para cima, tirando meu vestido e jogando-o no chão. Ajoelhado, com as pernas uma de cada lado dos meus quadris, ele tirou o próprio blazer e a camisa, ficando apenas de calça. O tórax musculoso e torneado não era uma novidade para mim, já que ele costumava se exibir sem pudores, mas ali, na privacidade daquele chalé, Noah era só meu. Toda aquela exuberância, sua beleza, sua força, sua sensualidade. E eu queria cada detalhe daquele homem. Queria lhe pertencer, mesmo que a magia só durasse por aquela noite.

Inclinando-se sobre mim, ele me beijou. Era um beijo diferente dos outros, porque por mais que eu pudesse sentir o quão terno ele era, havia algo de cru, selvagem e voraz na forma como sua língua se conectava com a minha, como suas mãos me tocavam, como se estivesse tomando posse de cada pedacinho do meu соrpо.

Seus lábios afastaram-se dos meus, e ele foi descendo, até chegar aos meus seios. Eu era muito sensível naquela área, e estava ainda mais depois de gozar duas vezes, mas quando Noah tomou um mamilo na boca, sugando-o com força, ele arrancou mais um grito da minha garganta.

E arrancou mais outros, porque ele perdeu muito tempo ali, girando os dois bicos nos dedos e usando a boca para estimulá-los, até que eu estava novamente molhada. Pronta.

Tirando a calça bem rapidamente e pegando uma camisinha dentro de um bolso, ele se preparou e me penetrou. Foi devagar, experimentando, fazendo-me sentir cada centímetro de seu pau dentro de mim. Encaixamo-nos perfeitamente um no outro, e Noah começou a se mover devagar, mas foi aumentando a pressão das estocadas conforme sua respiração também assumia um novo ritmo. De forma dominadora, agarrou minhas mãos e as prendeu no colchão, cada uma de um lado da minha cabeça, e ele fixou seus olhos nos meus. Tentei fechá-los, mas sua voz autoritária falou:

— Olhe para mim, Sabina. Quero que veja quem é o homem que está te dando prazer, quero que veja o quanto estou louco pelo seu corpo, por você por inteiro.

E então ele investiu com força, me fazendo gritar mais uma vez e outra, tanto seu nome quanto coisas mais indefinidas.

Assim, então, chegamos ao orgasmo, com nossos olhos fixos um no outro, com muitas palavras não ditas.

Eu não sentia mais apenas tesão. Era mais. E algo me dizia que eu também não era apenas uma conquista. Noah sentia alguma coisa especial por mim. Eu só esperava que ele mesmo enxergasse isso.

𝐏𝐚𝐢 𝐝𝐞 𝐀𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥, 𝘶𝘳𝘳𝘪𝘥𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘢𝘥𝘢𝘱𝘵𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯 Where stories live. Discover now