Escrever um conto de terror: é algo muito interessante, porque precisamos escolher a que público queremos nos dirigir! Estipular qual é o grupo que desejamos ter como leitor, não é o mesmo escrever um conto para crianças que para um leitor adulto, é...
Ovigilantenoturno da noite no Hospital"+ Saúde" se chamava Domingos , um homem que vivia irritado por causa de uma dor de ouvidos insuportável. E aquele foi mais um dia infernal...
A noite estava desagradável para Domingos, as horas pareciam não passar e sua dor no ouvido só piorava. A ironia era; estar em um hospital recém inaugurado e não ter nenhum médico ou qualquer medicamento além do seu analgésico que ele comprou na farmácia da esquina, quando veio trabalhar.
Domingos praguejava enquanto olhava a tela do monitor. Era um Samsung 17 polegadas, modelo antigo, ainda de LCD. O monitor contava com quinze câmeras espalhadas pelo prédio de dois andares. O prédio já fora uma clínica particular no passado e sofreu "litígio estratégico" , mas Domingos não sabia do que se tratava o litígio, só sabia que enquanto clinica, o prédio passou por um processo judicial e ficou fechado por uns cinco anos.
Um empresário do ramo da saúde, comprou o prédio, reformou, fez parcerias com médicos de diversas áreas, colocou a "Rasão Social" como : "Clinica Medical Center +Saúde"SA. E tudo voltou a funcionar. A vigilância acontecia em frente a recepção. De um lado, tinha o balcão de atendimento e do outro, o posto de vigilância.
Domingos já tinha tomado um frasco de analgésico, além de ter colocado umas gotas no ouvido e tampado com algodão. O hospital não funcionava de noite, mas era preciso ter segurança...
- Ainda são onze horas!
falou ele olhando para a tela do celular
- Preciso fazer uma ronda no pátio.
O prédio era cercado por um muro e na frente, tinha um grande portão de entrada. Domingos pegou a lanterna e o celular, reclamou que o ouvido estava doendo e saiu para ronda. Por hábito, verificou as câmeras do monitor, constatou que estava tudo bem e seguiu para a caminhada de no máximo dez minutos, andando bem devagar, apreciando a noite. Depois que Domingos saiu pela porta de vidro, o monitor desligou sozinho, apagando as câmeras que monitoravam os pontos estratégicos, quando o computador voltou a funcionar, estava focado em uma única câmera, era a câmera que monitorava descida para o porão. Domingos não viu nada disso, ele estava passando pela esquina do prédio, ainda reclamando da dor no ouvido.
O monitor ficou mostrando a porta do porão fechada! Por um tempo a luz piscava... Domingos já havia pedido para o pessoal olhar o sensor de presença. A luz piscou mais duas vezes e apagou. Aporta começou a ranger e abriu lentamente, e a luz voltou a piscar, uma sombra desapareceu escada acima no canto da tela e o monitor apagou .... A seguir todas as câmeras voltaram ao normal.
No segundo andar, tinha uma ala para leitos de internações, todos novos, nenhum deles ainda tinha sido ocupado com internação. Estranhamente uma das portas se abriu e dela, saiu uma maca, se movendo em direção ao único elevador do prédio...
A maca aumentou a velocidade seguindo o corredor e antes de chegar na curva virou e tombou batendo forte no piso... e o som de metal, resoou até fora do prédio. Domingos estava fazendo a ronda na parte de trás do prédio, com a mão encostada no ouvido, quando um som, vindo de algum lugar, o tirou do seu momento de lamento, o deixando assustado. Domingos caminhou o mais rápido possível para o Hall de entrada, ele temia que alguém tivesse pulado o muro, entrado no patio e consequentemente, estaria querendo furtar alguma coisa.
Devido a tenção daquele momento, ele esqueceu até da dor no ouvido.
Domingos olhava com atenção para todas as direções. Nada no Hall, nada nos corredores, todas as salas estavam fechadas, tudo em completo silêncio. Depois de mais algumas inspeções Domingos começou a olhar as câmeras de monitaramento, apenas a luz que dava acesso ao porão continuava com o mesmo problema. Domingos praguejou irritado por não terem arrumado aquela iluminação.
Para ser sincero; isso não o incomodava nem um pouco, acontece; que a tenção do momento depois do susto com um barulho que ele não descobriu de onde veio, e a dor no ouvido, o deixava irritado sem motivos.
Quando olhou a câmera de monitoramento, com atenção para o segundo andar, notou algo de estranho: tinha alguma coisa de metal parecendo uma maca tombada no chão, ele deu zoom na imagem e constatou que realmente tinha uma maca caįda no chão próxima ao elevador.
Domingos subiu as escadas ao lado do elevador, porque não estava com paciência de de esperar pelo elevador. ( Tudo culpa da dor de ouvidos infernal) e foi verificar o que viu pelo monitor. Chegando lá, encontrou a maca que realmente estava tombada no chão e um lençol caído ao lado...
Tenso, Domingos olhou em volta, estava preocupado! Poderia ter alguém por ali. Ao olhar mais a frente, notou que uma porta estava entreaberta e seguiu para lá com cautela, chegando lá não quis entrar, olhou pela abertura da porta e o que via, era apenas o escuro da sala.
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Com medo, Ele seguiu o corredor até escada e dizia para si mesmo:
- Eu não sou pago para pegar bandido! Eu não sou policial, e não vou me arriscar.
Chegando ao Hall Domingos olhou com atenção com medo de ter alguém ali com maus intenções, foi até a sala da vigilância sentou em frente ao monitor e ali ficou. Ele esperava não ver nada de errado e que tudo só passasse De sua imaginação.
Aquela foi sua noite de trabalho mais longa e tensa, mas tirando a luz da escada do porão que piscava, mais nada de errado aconteceu...
CONTINUA
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