4° Item - Pesadelo

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Hospital Horripilante parte 3:

......

Nonato olhou as horas, eram vinte e duas e trinta. Seu coração estava acelerado. Ele não sabia onde estava. Parecia estar em um corredor longo e completamente escuro, mas ele não conseguia ver nem tocar as paredes... Ele sabia apenas, que estava ali no meio da escuridão. Começou a andar devagar e o corredor foi a ganhando formas.... Vozes puderam ser ouvidas. Um grito indefinido o lembrou o grito de uma criança, mas Nonato não tinha certeza, era uma voz assustadora, sufocada.

Três luzes amareladas e fracas se acenderam em sequência no corredor, iluminando um chão molhado... Nonato imaginou:

=... Sangue??

Mas estava um pouco distante para ter certeza e continuou caminhando com cautela, ele não sabia como foi parar naquele lugar nem quando.... Tudo estava confuso e assustador... . À sua frente apreciam portas fechadas em sequência: leito 13 e 14 etc... e na seguinte: a porta estava aberta... Nonato se arrepiou. A poça que parecia sangue, estava um pouco a frente da porta aberta e ele não tinha como recuar, atrás dele, apenas escuridão...

Sem saber mais o que era real, continuou seguindo para a porta aberta. Quando estava quase de frente a porta abertas, uma maca veio na direção dele, sendo empurrada por uma enfermeira fantasmagórica... Nonato não conseguia distinguir um rosto completo naquela enfermeira , somente parte do rosto e da roupa... Seu jaleco que antes era branco, estava coberto de sangue, assim como as mãos dela!!!

E a enfermeira sorria.

Nonato recuou e a maca passou em sua frente, então ele pode ver de onde vinha o sangue. Em cima da maca, tinha uma criança e uma moça, foi o que ele conseguiu distinguir...

Os dois estavam ensanguentados, parte dos seus corpos estavam se soltando. A expressão que viu, foi de horror e Nonato estava trêmulo, incapaz de se mover. O desespero já tomava conta e ele queria correr, mas estava preso ao chão. Nonato sentiu sua mão sendo tocada e olhou de onde vinha. A enfermeira chegou próximo ao rosto dele o levando ao pânico. Era o rosto da morte, e sussurrou algo como:

- LEVE ESSA MACA AO ALMOXARIFADO!

E sem ao menos perceber o que fazia, Nonato estava seguindo por outro corredor onde a porta já estava aberta e ele empurrava uma maca com duas pessoas mortas. Seu corpo se arrepiava todo o levando ao mais alto grau do pavor..... Podia sentir que não estava só, mas não tinha coragem de olhar, e mesmo sem saber o que estava fazendo, entrou com a maca no almoxarifado escuro e a porta se fechou atrás dele.

A escuridão tomou conta do lugar e seu mecanismo de defesa, o alertou para o desespero, lhe trazendo velhas lembranças de horror. De costas para a porta, procurava ver alguma coisa na escuridão. O local parecia ser amplo, mas ele não conseguia ter certeza. No fundo do cômodo, um luz iluminou uma maca, Nonato achou que fosse a maca que ele levou empurrando, mas naquela maca só tinha uma pessoa, era um homem. Que estava com um olho encoberto na parte escura do almoxarifado e com o olho que estava visível na claridade o homem na maca o encarava aterrorizado. Nonato fechou o olho....

Quando ele abriu ao invés de estar em pé ao lado da maca, estava deitado sobre ela e encarava com pavor uma enfermeira que segurava um bisturi e começou a andar na direção dele... Sem entender o que estava acontecendo, tentou fugir, mas não conseguia ... Porque seu corpo estava imóvel e ele não conseguia nem mesmo movê-lo.

O desespero era grande... A cada passo, a mulher se aproximava.... Sem mais o que fazer Nonato fechou os olhos e esperou o pior. Então uma voz infantil sussurrou no ouvido dele :

*- Socorro!!!

Mesmo com medo da enfermeira com o bisturi ele abriu os olhos para ver quem era a criança....

Nonato estava deitado em sua cama e pingando de suor, Ele percebeu feliz que estava no seu quarto. Que tinha tido um pesadelo.... O som alto de algum vizinho que não tinha a preocupação de acordar cedo no dia seguinte, tocava lá fora, e pela primeira vez, Nonato não se sentiu incomodado com o barulho. Estava feliz por está ali, no seu bom e velho quarto, ele tinha tido um pesadelo. Olhou as horas, eram vinte e três horas.

Entretanto, Nonato ficou preocupado! Nenhum pesadelo desses era por acaso e ele sabia que não estava sozinho ali, ele teve uma visita nada agradável e teve medo de seus pensamentos. Rápido se levantou da cama, foi até a geladeira e bebeu água a seguir e foi ao banheiro. Estava trêmulo o suficiente para sentir calafrios.

Colocou uma camiseta e ligou a TV. Precisava se distrair para dormir mais um pouco. Ele só precisava se levantar as quatro e trinta, e ainda eram vinte e três e vinte. Na TV em um canal aleatório estava passando um filme e ele resolveu assistir

. Na cena, um homem estava sentado pensativo em seu sofá sozinho no meio da noite. Parecia estar pensando em alguma coisa muito preocupante e então, ao seu lado, no outro sofá, uma figura congelada o encarava.... Ele deu um pulo do sofá e quando olhou novamente, a figura desapareceu. Nonato pulou junto com o personagem do filme.... Tamanho foi o susto, e se arrepiou novamente, tirou daquele filme. Mais um terror e àquelas horas era tudo o que ele não precisava ver naquele momento.

No próximo canal, estava passando algum "talk show" meio idiota, mas Nonato não estava se importando com isso, o que ele queria, era se distrair da tensão do pesadelo e assim ficou, olhando fixo para a TV até apagar novamente caindo em um sono profundo.

No próximo canal, estava passando algum "talk show" meio idiota, mas Nonato não estava se importando com isso, o que ele queria, era se distrair da tensão do pesadelo e assim ficou, olhando fixo para a TV até apagar novamente caindo em um sono pro...

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Até ser acordado pelo celular que despertou as quatro e meia. Ele conseguiu dormir pelo menos algumas horas, mas mesmo assim parecia muito cansado. Nonato caminhou até o banheiro, e se sentiu horrível ao se olhar no reflexo do espelho. E estava mesmo o pesadelo se dá na fase R.E.M ou seja "fase dos sonhos", é onde se gasta toda a energia fazendo acordar, cansado(a) no outro dia. É nessa fase que o cérebro está a todo vapor e as frequências cerebrais chegam a velocidade do estado de vigília. Mas Nonato tinha que trabalhar. Horas de pesadelo ainda não estavam incluídas nas atividades insalubres.

= Um banho quente me ajudará! E mais tarde, o cafezinho da dona Zefinha, me deixará curado!

Pensou enquanto se preparava para o banho. As dez para cinco, Nonato já estava pronto e seguiu para o ponto de ônibus que tinha próximo a sua casa. Seu corpo estava trêmulo, como se estivesse com febre. Ele sabia que tinha recebido uma carga espiritual muito forte, mas que ele conseguia aguentar... Mesmo sentindo seu corpo todo doído e tremedeira....
Porém, sua condução passava exatamente as cinco e ele não poderia perder, ou chegaria atrasado e Domingos o aguardava....

....

Nota do autor: de vez enquanto, tenho sonhos estranhos. Não consigo ver as coisas claras como o Nonato, mas posso sentir. As vezes, estou em algum lugar escuro e sem formas, mas é como se eu soubesse o que tinha no lugar como: paredes, portas mesas etc. O nome do filme e os acontecimentos dele, será revelado no último capítulo, foi dele que tive a ideia de escrever inserir alguns fenômenos ocorrido comigo ou alguma história que escutei. Agradeço a Kirya (amiga) por me contar uma história sobre um almoxarifado. Ideia essa que irei explorar mais um pouco e que acrescentou bastante a história.

Meu muito obrigado e até o próximo episódio.

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