AURORA ▪ACOTAR▪

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O caminho até o chalé Archeron foi longo.

Mas longo do que Aurora achava ser possível, mas digamos que estar molhada não ajudasse muito na situação da jovem.

Veja bem, Aurora havia entrado em choque minutos depois de começar a voltar para casa.

Como ela iria explicar para as irmãs e o pai o que havia acontecido? Se ela contasse sobre os homens Nestha e Feyre nunca mais a deixariam sair de casa, Nestha jogaria a culpa em Feyre e uma discussão se iniciaria.

E Aurora não queria ser o motivo pelo qual as irmãs brigariam.

Como ela explicaria que havia matado um homem?

Matado um ser humano pela primeira vez.

Mesmo que ele estivesse planejando fazer coisas horríveis com ela, ainda assim ele era um ser vivo e Aurora nunca se sentiria bem ceifando a vida de algo ou alguém.

E mesmo se sua família entendesse o porquê dela ter matado aquele homem, como ela explicaria para eles que um feérico havia a salvado?

Como ela explicaria, que um ser de uma espécie que ela foi ensinada a temer e odiar havia salvado a vida dela? Explicar que ele havia a curado, que ele não havia sido nada além de gentil e atencioso com ela.

Explicar que, apesar de todas as crenças aprendidas, ela havia o dito que queria vê-lo novamente. E ela realmente gostaria de rever seu salvador. Rever aquele feérico gentil que havia matado um humano para salvá-la.

Como ela poderia explicar algo assim?

A resposta era simples. Ela não poderia explicar.

Então ao se aproximar do pequeno riacho, próximo do chalé, a Archeron molhou o vestido onde havia vestígios de sangue e esfregou até as manchas carmesim desaparecerem de seu simples vestido azul.