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Eu não me lembro de muita coisa, mas sim de ouvir o som da minha campainha.

Com certeza, é o meu novo parceiro de trabalho. Quando enviei o meu endereço para Noah por mensagem, ele me respondeu com vários pontos de exclamação e mãos com polegares para cima. Ele é estranho. 

Faço muita força para levantar da minha cama, porque as aulas foram cansativas e eu só queria dormir, e desço até a sala, abrindo a porta logo em seguida. 

— Oi, Josh!

— Oi, Noah. Pode entrar — abro caminho para que ele entre dentro da minha casa e fecho a porta atrás de mim. 

Eu odeio respostas curtas, por mais que faça isso muitas vezes. Eu odeio não saber o que dizer para gerar uma conversa, e odeio o silêncio desconfortável. É um dos motivos pelo qual eu sou antissocial, conversar com pessoas deixa-me estressado.

— Josh? Tem alguém aí? — eis a minha salvação descendo as escadas. 

— Oi, meu nome é Noah! — o garoto ao meu lado fala para minha prima e sorri. 

Eu não faria isso se fosse você, querido. 

— Noah? O Noah? — de repente, ela tem um sorriso enorme no rosto. 

Joalin, você me prometeu que agiria naturalmente.

— Acho que sim — ele faz uma cara confusa e começo a me arrepender. 

— Bom, seja bem-vindo, Noah. Eu e Josh estamos muito felizes em recebê-lo. 

E lá se foi a naturalidade dela. 

— Estão? — o sorriso de Noah aumenta um pouco. — Eu me sinto honrado. 

— Que gentil! Você pode voltar sempre que quiser, ouviu? Finja que é parte da família. — Joalin estende a mão para Noah, e agora os dois estão sorrindo. 

Por que eu não estou surpreso? Deveria ter imaginado que ela faria algum comentário. 

— Noah, vamos para o meu quarto? Temos um trabalho para fazer. — ele direciona seu olhar para mim e concorda com a cabeça, o que significa que consegui livrá-lo das garras da minha prima.

Quando subimos as escadas e abro a porta do meu quarto, deixo Noah entrar primeiro. Seus olhos percorrem por todo o espaço e observa uma foto por um longo tempo. Ela se encontra na minha escrivaninha e eu e minha família estamos sorrindo para a câmera, de frente para um hotel chique no México, alguns anos atrás.

Eu adoro essa foto porque me faz lembrar de quando conheci uma menina que morava na mesma rua, a Sabina. Nós dois passávamos horas brincando e parecíamos irmãos gêmeos, por causa de várias coisas que tínhamos em comum. 

Infelizmente, eu tive que voltar para casa e perdemos o contato, mas adoraria encontrá-la por aí.

— Todas as pessoas eram feias na infância, mas você não. Como conseguiu fazer isso? — a voz de Noah interrompe meus pensamentos. Era para ser um elogio?

— Eu não sei — dou uma risada fraca. —, mas obrigado, eu acho. Vamos fazer esse trabalho de uma vez. — sento-me na minha cama fofinha e Noah me acompanha, sentando na minha frente.

— Sim, claro. Por onde começamos?


Prince | NoshOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz