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LENNON_ 

Tinha me atrasado pra ir no estúdio, estacionei o carro correndo e entrei me batendo com o Leo. 

- Fala Leozin - falei com ele que parecia estar em outro lugar. 

Ele não respondeu, olhei pra ele esperando alguma reação mas nada. Estalei os dedos na frente do seu rosto e ele pareceu despertar. 

- Coe - falou se levantando 

- Tá bem ? - perguntei preocupado.

- Ah - ele balançou a cabeça- claro, tá tudo bem. 

- Se quiser ir pra casa, você não parece bem. 

- Eu tô bem, vamos trabalhar - falou levantando.

- Então vamos trabalhar. 

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O dia correu bem, Leo ficou o dia todo em outro mundo e não se abria pra ninguém. 

- Já vou - ele falou e nós concordamos. 

Esperei alguns minutos e me levantei pra ir embora, dei tchau pra todos e sai. cheguei no estacionamento e o Leo ainda estava parado dentro do carro.

- Tá fazendo o que aqui ? - Falei e eles se assustou.

- Porra - falou guardando o celular - o pessoal tá querendo se reunir no apê da Clara hoje.

- Eu tô convidado ? - perguntei passando a mão na cabeça. 

- Claro tilennin- faliu rindo- tô partindo. 

Ligou o carro e foi embora. Entrei no carro e comecei a seguir pra casa da Clara. O porteiro me olhou sorrindo e eu sorri de volta. 

Entrei no elevador e me olhei no espelho me arrumando. Comecei a mudar minha cara de cansado, mas nem deu. 

Sai do elevador e parei em frente à porta dela. Respirei fundo e bati algumas vezes, escutei passos e senti uma palpitação no peito.

- Oi - falou sorrindo fraco com a mão na barriga.

- oi, tá tudo bem ? - perguntei preocupado.

- Não.

- Não? Tá sentindo alguma coisa ?

- Quer dizer, tô bem sim - foi pra cozinha - Só tô com saudade do trabalho e umas coisas pra resolver. 

- Quer ajuda ? - ela negou-  sinto saudades de quando você aceitava minha ajuda.

- É complicado.

- Só fala então - ela respirou fundo, foi no quarto e voltou segurando uma foto. 

- Essa é a minha mãe- me estendeu a foto e eu paralisei.

- Eu sei quem é essa mulher. 

Ela me olhou assustada e eu me levantei tentando assimilar quem era aquela mulher.

Ela era idêntica à Lissa, meus olhos pararam naquele rosto e eu comecei a sentir um aperto no peito.

- Me leva até ela - Clara pediu me tirando do transe.

- Não Clara - ela fez uma cara de deboche - Essa mulher está morta. 

- Como? - ela riu nervosa - Não pode ser Lennon, ela é a minha mãe.

- Ela é a irmã da Cíntia. 

- Eu preciso ver a Cíntia Lennon, eu tenho que saber sobre isso.

- Clara - segurei seu rosto com as duas mãos - você não pode se estressar por causa do bebê, espera mais um tempo e a gente resolve. 

- Eu não posso esperar mais Lennon - falou num sussurro - Eu preciso. 

- Só até o bebê nascer meu bem - ela respirou fundo e concordou. 

Nos encaramos e ela sorriu sem graça assim como eu. 

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Desculpem o capítulo bosta gente, prometo recompensar no próximo.

REFÚGIO || L7NNON Where stories live. Discover now