capítulo 4

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Pietro:

Leio a mensagem da minha mãe nos chamando para almocar e olho para Manuela que come em silêncio.

- Minha mãe quer comer com a gente.- digo e ela me olha com os olhos arregalados.

- Por que? Você não disse a ela que eu estou grávida e esse filho é seu disso?- ela pergunta parecendo assustada.- Pietro, ela não vai gostar disso.

- Ei se acalme.- digo me aproximando dela e a abraçando.- Eu não falei nada, tambem não sei o por que desse almoço.- falo enquanto eu aliso seus cabelos.

E sem motivo algum sinto seu corpo tremer antes de soluços escapar de sua garganta.

- Por que está aqui Pietro?- ela me pergunta.

- Por que eu não estaria Manuela?- eu a afasto delicadamente e seco uma de suas lágrimas.- É por você, sempre foi e sempre vai ser.

- Pietro...- Ela tenta dizer algo e antes que ela posse me negar ou tentar me chutar eu a interrompo.

- Vem, precisa se trocar.- falo a puxando ate seu quarto.- Depois do almoço vamos marcar sua primeira consulta com o obstetra.

Eu a coloco dentro do quarto e fecho a porta trás de mim sem dar tempo de ela discutir sobre isso.

Depois de 30 minutos ela sai de banho tomado e com um lindo vestido florido.

Sorrio para ela que me olha envergonhada.

- Oque foi?- ela pergunta.

- Você está linda.- digo.- Vamos, temos que sair mais cedo por causa do trânsito.

Ela apenas concorda com a cabeça sem dizer nada e me segue.

Saimos de seu apartamento e ao trancar a porta olhamos para o elevador que quase sempre está em manutenção naquele prédio. Mas por incrível que pareça  ele está funcionando.

Nos entramos em silêncio enquanto Manuela olha para baixo, mas antes que possamos chegar ao térreo Manuela puxa meu braco me fazendo virar para ela e ver sua cara brava.

- Ei!- ela diz apontando o dedo na minha cara.- Pensando bem, você está me dando ordens demais.- ela diz brava.

Tenho medo de Manuela brava, mas nesse momento ela está ainda mais linda e fofa. E só me resta rir.

- você está rindo da minha cara?- ela pergunta é ri acho que de nervosismo.- Quanta coragem hein Pietro, acho que perdeu o seu amor a vida.

Tento segurar minha risada e é quase impossível. Mas sou salvo quando as portas se abrem e ela sai pisando duro do elevador.

- me dá?- ela diz e estende as maos para mim.

- Oque?

- as chaves do seu carro, eu vou dirigir.

- mas...

- Nada de mais.- ela diz se aproximando de mim e enfiando as mãos em meus bolsos.

Aproveito que ela está bem perto e rodeio meu braço por sua cintura fazendo com que ela me olhe.

- Oque esta fazendo?- ela me pergunta, nem um pouco brava agora.

- Apenas pegando as chaves para você.- digo pegando as chaves no bolso de trás com a mão livre.

Levanto as chaves um pouco acima de sua cabeça e quando ela afasta o corpo do meu para tentar pegar eu a puxo de volta a mim.

- Manu...- a chamo prendendo seus olhos aos meus.- Por que parou com seus abraços quando estávamos terminando o ensino médio?

- Eu não parei, eu ainda abraço todo mundo.- ela diz desviando seus olhos do meu.

- Não eu, voce não me abraça desde que tínhamos 17 anos, não como me abraçava antes.

Ela me olha por um momento e tem algo em seus olhos que não sei oque significa.

- Eu não queria atrapalhar.- ela diz e não entendo- chega, vamos.

Ela pega as chaves enquanto eu estava distraído e se afasta de mim.

Ela não queria atrapalhar oque?

sr. Carter - HerdeiroWhere stories live. Discover now