Capítulo 25

1.4K 163 10
                                    

PIETRO:

- Aceita logo casar comigo mulher! - Digo um pouco exasperado.

- Casar? - ela pergunta erguendo uma sobrancelha.

- Sim, casar. - repito como se eu falasse para uma criança.

- Não. - Ela diz e sinto meu coração parar. - Primeiro, que pedido foi esse? Primeiro simplesmente fala que vamos nos casar quando descobre que eu estou gravida e agora me vem com essa de "ACEITA LOGO A CASAR COMIGO MULHER". Está doido? para aceitar precisa ter um pedido e eu não ouvi nenhum " quer casar comigo Manuela, amor da minha vida, meu céu, minha lua e meu sol?" - ela diz e apesar do seu tom ser sério eu rio. - Ria mesmo sr. carter-james, acho melhor nos sentarmos logo para eu te dar carinho antes que eu te dê porrada.

ela sai resmungando para debaixo da arvore e não resisto em ir atras dela e a virar lhe beijando.

- Eu te amo sua tonta. - Digo apertando a ponta do seu nariz. - Mas você tem razão, não foi nada decente a maneira como eu propus casamento.

- Ainda bem que reconhece, mas sente-se aqui agora e esqueça isso. - Ela diz e aponta o local que quer que eu me sente. - Pronto agora fica com as pernas abertas que eu quero me sentar entre elas.

faço o que ela pede e logo ela tem suas costas colada em mim. sinto aquela sombra e o vento gostoso, respiro o perfume que emana de Manuela e posso dizer que tudo está perfeito.

- Vamos comer alguma coisa, estou com fome. - Manuela diz se inclinando e pegando a cesta que estava do nosso lado.

ela tira alguns sanduiches de lá e sucos, que ainda estava gelado. deve ter pedido para alguém que cuida da casa arrumar essas coisas.

ela come em silencio e assim que acaba, ficamos relaxando embaixo da arvore.

- é muito bom estar aqui assim com você. - Manuela diz do nada. - Tenho um sentimento de paz.

Manuela fecha seus olhos e respira o ar fresco.

fico a observando e vendo o quão linda ela é e o quão perfeita está corada, creio que por causa da gravidez.

- Você é perfeita. - Digo acariciando seu rosto e ela abre os olhos.

ela se aproxima ainda mais de mim e cola seus lábios delicadamente nos meus. seu beijo é calmo e doce e quando vejo estamos ambos deitados no tapete e ela tem seu corpo parcialmente em cima de mim.

depois de longos minutos nos beijamos, ela encerra o beijo com um sorriso.

- Eu estou morrendo de sono. - Ela diz com um sorriso.

- Vamos entrar, acho que os quartos ja estão arrumados. - Digo ja pensando em me levantar.

Manuela esta gravida e se cansa fácil.

- Não. - Ela diz me abraçando e ajeitando a cabeça em meus braços. - Aqui está bem confortável.

ela fecha os olhos e pousa a sua mão em cima do meu peito, enquanto seu rosto está próximo ao meu pescoço.

- Melhor não, estamos ao ar livre e no chão. - Digo, mas não me movo um centímetro.

- Aí cala a boca, eu estou com vontade de dormir aqui e não pode negar nada do que uma gravida tem vontade. - Ela fala e eu solto uma risada.

- Tenho certeza de que não é assim que funciona os desejos de gravida. - Falo alisando seus cabelos.

- Ja esteve gravido para saber? se meu filho nascer com cara de preguiçoso e dormir embaixo de toda arvore que encontrar a culpa vai ser sua. - Ela fala ja com a mansa.

- é claro, temos que tomar cuidado com isso. essa é a maior prioridade em qualquer gravidez, ter cuidado com que cara o filho vai nascer. - Digo e ela solta uma risada fraca e não me responde.

passa-se segundos e vejo que sua respiração esta calma e ritmizada.

ela dormiu.

fico aqui aproveitando o tempo e Manuela em meus braços e faço uma pequena oração agradecendo a deus por esse momento e por ter ela comigo.

e então, lentamente, eu me permito dormir ao seu lado por um tempo.

________________________________________________________________

- Pietro, acorda. - Ouço Manuela me chamar e lentamente abro os olhos.

me lembro de começar a dormir ao seu lado, mas quando abro os olhos posso ver o pôr do sol se pondo.

- Acho que dormi muito. - Digo esfregando meus olhos. - Faz tempo que acordou? você precisa comer, vamos lá para a casa e se não tiver nada pedimos comida.

falo ja me levantando e pegando em sua mão.

- Ei, não se preocupe. - Ela diz me parando. - Antes eu quero ver o pôr do sol com você. - Ela fala e eu franzo o cenho.

- Podemos ver outro dia, agora você precisa comer. - Digo ja querendo voltar a andar.

- Meu deus homem! - ela fala exasperada. - Quem acorda desse jeito? por deus, me deixa ser romântica seu idiota.

olho para ela erguendo uma sobrancelha e tento não sorrir, porque sei que ela iria me xingar.

- Não precisa ser romântica, precisa se cuidar. - Falo abraçando sua cintura.

- Só cinco minutos, por favor. - Ela diz fazendo cara de cachorro abandonado e eu bufo.

pego meu celular e ativo o cronometro.

- Cinco minutos, nem mais nem menos. - Digo e ela expande um grande sorriso.

- Credo. - diz fingindo indignação.

ela caminha até um lado da arvore me levando de mãos dadas e para observando o pôr do sol.

eu abraço sua cintura e fico ali admirando as cores alaranjadas que se estende por todo o horizonte.

- Eu te amo Pietro. - Ela diz e como sempre meu peito palpita.

- Eu te amo Manuela, mais que tudo. - Falo olhando em seu rosto e vendo uma lagrima escorrer por sua bochecha. - O que foi?

- Nada, eu só estou feliz. - Fala com um sorriso delicado.

Manuela e seus mil sorrisos. e posso dizer que conheço todos eles.

fico ali a observando quando meu celular apita avisando que o tempo acabou.

- Agora chega, vamos logo. - Digo fingindo impaciência fazendo com que ela gargalhe.

pego em sua mão e a tiro dali, até porque também não podemos ficar muito tempo ali, pois é o único lugar do jardim que não havia iluminação.

caminhamos pequena e curta trilha, até que a casa aparece a minha frente e estranho algumas luzes acesas.

- Quem acendeu as luzes? - pergunto e Manuela fica em silencio.

imediatamente fico preocupado. pode ter sido alguém que cuida da casa, ou podem ter invadido.

há sempre uma possibilidade.

caminho lentamente pelo jardim dos fundo com Manuela ao meu lado pedindo aos céus que seja a primeira opção.

então abro a porta de vidro e entro com Manuela, passamos a cozinha e a sala de jantar sem ver ninguém.

então ouço uma música suave começando a tocar na sala e caminho até lá, mas quando chego eu paraliso.

- Mas que porra é essa?

sr. Carter - HerdeiroWhere stories live. Discover now