desabafo...

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Já era quase meia noite.

Alguns pensamentos me deixaram inquieta, então apenas fui tomar um banho.

Sentia a água quente bater sobre minhas costas desnudas, queria que aquele peso, aquela culpa escorressem de mim pelo menos por  alguns instantes.

Eu já não aguentava ter que os levar em mim. Era cansativo.

Logo eu terminei o banho, me sentia mais relaxada.

Só troquei de roupa colocando uma calça preta, uma blusa mais larga que eu que tinha uma estampa de uma banda, e por cima um moletom cinza qualquer.

Deitei em minha cama e comecei a observar os detalhes do quarto, a escola jujutsu era toda bem naquele  estilo tradicional japonês, e era muito interessante.

Ouvi alguns passos, eles pareciam ir em direção a saída dos dormitórios.

Descidi ir ver quem era, quer dizer eu não tinha nada pra fazer e nem conseguia dormir então o que custava né?

Coloquei meu chinelo e sai do quarto, estava bem escuro, das janelas eu conseguia ver a linda lua e também alguns detalhes da paisagem de fora.

Logo que sai dos dormitórios dei de cara com alguém.

-- Ah! -- dei um leve grito -- o que você está fazendo aqui? -- perguntei para megumi.

-- Eu que te pergunto por que está me seguindo? -- ele disse em sussurro.

-- tava só curiosa para saber quem era e o que ia fazer. -- eu disse.

-- Atá... Bom já que está aqui vem comigo -- ele disse pegando em meu pulso me puxando.

Nós fomos até o telhado, e ficamos ali olhando a lua e as coisas em volta.

Era tudo tão lindo.

-- Quer conversar? -- ele perguntou

-- sobre o que?

-- Sei lá, pode ser sobre a carta que o Gojo-sensei te deu.

-- Ah... tá bom então. -- dei uma pausa pensando se eu realmente deveria fazer isso mas logo comecei a falar.

-- Basicamente eu fui amaldiçoa, uma das minhas ancestrais era casada com um homem, Sukuna era o nome dele.

-- Oh! Sukuna? -- ele perguntou com uma leve indignação.

Contei a ele o resto da história, e ele não pareceu questionar nada momento nenhum.

-- Nossa... Bastante coisa né -- ele disse, parecia meio assutado ou coisa assim.

-- Pois é... -- eu disse em um suspiro

-- E como você se sente sobre isso?

-- Francamente... Me sinto um lixo.

-- porque? -- ele perguntou

-- Sabe... Descobrir que minha mãe morreu por minha causa, morreu para que eu "vingasse" alguém é frustrante... Eu não sei se realmente consigo fazer isso... Quer dizer e se eu não conseguir, e se eu hesitar, eu nem sei o que eu tenho que fazer.

-- Entendo... Mas olha eu acho que você vai conseguir sim, sabe eu nem sei o que você tem que fazer, mas se você quiser... Eu te ajudo a descobrir, quer dizer sabe eu acho que você tem potencial para fazer isso, você parece forte e inteligente e até me curou. -- ele disse tentando me encorajar.

-- Obrigada -- disse com um sorriso bobo no rosto, foi a primeira vez em algum tempo que alguém me encorajava.

Nós ficamos ali por mais algum tempo olhando a paisagem. Foi muito bom passar aquele momento com ele, mesmo em silêncio eu sinto que nos acabamos nos tornando mais próximos de certa forma.

-- Ei -- eu murmurei.

-- hum? -- perguntou

-- posso ser franca com você? -- perguntei um pouco hesitante.

-- Claro sou todo ouvidos. --

-- Em toda a minha vida até agora... Eu não me senti uma única vez pertencente a algum lugar... Nunca senti que me encaixasse nem que fizesse parte de algo, mas aí eu vim pra cá, eu fiz amigos em pouco tempo... Eu conheci pessoas tão fortes, vocês são tão incríveis, e eu também quero ser assim! INCRÍVEL! -- Eu disse
-- Não quero ser só mais um peso inútil! Eu quero fazer a diferença! Mesmo que seja de uma forma pequena, eu quero ajudar a mudar o mundo, quero ajudar a transformar ele em um lugar melhor.

*Enquanto eu dizia estás palavras lágrimas escorriam pelo meu rosto, e minha voz estava levemente trêmula"

-- Não precisa chorar -- o mais alto chegou perto de mim, colocou sua mão sobre meu ombro e me fez tombar a cabeça sobre o seu corpo.

Foi um momento tão leve e reconfortante.

Foi a primeira vez em algum tempo que eu desabafava com alguém.

Nós decidimos voltar para os dormitórios já eram quase duas horas da manhã e logo nós teríamos que levantar.

Ele desceu primeiro a escada.

Eu estava descendo faltavam uns 2 degraus para chegar no chão, mas eu escorreguei e caí no chão.

*Ouch,*

-- Merda... -- disse baixo analisando minhas pernas e braços procurando por um machucado ou coisa assim.

-- Oh! Você está bem?Se machucou? Está doendo? -- ele perguntou levemente preocupado.

-- Acho que não me machuquei, meu tornozelo dói um pouco mas deve ser temporário. -- eu disse.

-- Vem. -- ele disse estendendo a mão para me ajudar a levantar.

Voltamos ao dormitório cada um para seu respectivo quarto.

Meu tornozelo doía um pouco mas não era nada de mais.

Eu logo dormi não tinha muitas preocupações em mente apenas acordar viva no dia seguinte já era suficiente.

Oiê! Como estão?? Espero que bem.

Bom estou postando cap de quinta feira mesmo e espero que me perdoem, eu já havia feito este capítulo só faltava eu o revisar.

Mas enfim me perdoem por seu um capítulo mais curtinho prometo que vou compensar vocês logo logo.

Bjs ( ˘ ³˘)♥



Monstros que ali habitam (Voltando A Postar) Donde viven las historias. Descúbrelo ahora