Monstros que ali habitam (Voltando A Postar)

vazio...

❗ALERTA POSSÍVEL GATILHO❗
este capítulo contém: menção a suicídio, e muita tristeza envolvida.

"Já se sentiu completamente vazia por dentro? Tão vazia que não pudesse sentir nada. Cercada pela escuridão e pelos monstros.
Eu tenho medo disso."

-- Bom dia! S/n-chan! -- ouvi Nobara e yuji falando alto vindo em minha direção.

-- Bom dia! Como estão? -- perguntei.

-- Eu estou bem, agora ele eu não sei -- Nobara disse.

-- OE Nobara por que você disse isso? -- Yuji perguntou.

-- por que você tá com uma cara de morto que chega a doer  -- ela disse.

*Eu caí aos risos*

-- Hã o que foi s/n-chan? -- nobara perguntou.

-- Ah nada não, só não entendo como vocês podem ser assim.

-- Assim como s/n-chan?? -- yuji me perguntou.

-- Tão felizes, essa energia de vocês me contagia. -- eu disse.

-- Tá tá vamos logo eu estou com fome -- Nobara disse pegando no meu braço e me puxando em direção ao refeitório.

-- Hã? Ei me esperem! -- yuji gritou.

Nós fomos até o refeitório pegamos o café e nos sentamos para comer.

-- Gente... Onde tá o Megumi? -- perguntei.

--hummm que isso em s/n-chan já tá sentindo falta do fushigurozinho -- yuji brincou

-- N-não só estou estranhando que ele não está aqui ele sempre  toma café com a gente -- me expliquei

--hummm -- Nobara murmurou.

...

Terminamos de tomar café, eu fui até o meu quarto para arrumar umas coisas.

-- S/n-chann! -- nobara gritou.

-- oi? -- perguntei.

-- tem um velhote lá na entrada perguntando sobre você! -- ela disse.

-- ué? Velhote perguntando por mim? -- perguntei abrindo a porta para ver a garota.

-- é ele disse ser seu pai.

-- M-meu P-pai? -- eu disse sentindo minha barriga gelar e minhas mãos ficarem levemente trêmulas.

-- S/n-chan você está bem?? Está pálida?? Está passando mal?? Quer um remédio ou alguma coisa??-- ela perguntou visivelmente preocupada

-- Não não, só por favor avise o "velhote" pra esperar um pouco.

-- Ok ok vou fazer isso -- ela disse saindo dos dormitórios.

Eu realmente estava pálida.
Estava em choque, não imaginava que ele viesse me visitar e ainda fosse me encontrar aqui na escola jujutsu.

Sai dos dormitórios logo vendo a silhueta do meu pai fui até ele.

O mesmo me olhava com certa confusão.

-- oi -- disse seca.

-- oi filha como está?? Por que não tem ido a aula?? -- ele me perguntou na maior serenidade.

-- Você é muito cara de pau mesmo né?? Some por ANOS!  E nunca sequer vem me visitar, nunca procura saber como eu estou e agora? Agora vem aqui me fazer uma "visita" como se nada disso tivesse acontecido. -- eu disse indignada.

-- Tenha um pouco mais de respeito por favor... Eu ainda sou seu pai. -- ele disse

-- ah faça um favor né? Meu pai? Que pai faz isso?? Que pai abandona a própria filha?? E ainda por cima se muda para o outro lado do mundo. -- eu disse.

-- Me desculpe eu sei que errei, mas sua mãe... Ela nunca foi sincera ela era uma mentiro-

-- NÃO OUSE FALAR SOBRE A MINHA MÃE. VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO SOBRE O QUE ELA PASSOU SOBRE OS SACRIFÍCIOS QUE ELA TEVE QUE FAZER ENTÃO NÃO OUSE FALAR SOBRE ELA.

-- Por que você está agindo assim?? Deve ser essas pessoas dessa "escola"

-- Sinceramente... Porque veio aqui? -- perguntei.

-- Sua escola entrou em contato, disse que você estava faltando muito e que eles não tinham contato com você a algum tempo. -- ele respondeu

-- Eu me mudei de escola, essa é a minha escola agora, eu apenas me esqueci de pedir a transferência mas logo eu farei isso. -- disse simplista.

-- e que tipo de escola é essa? Por que fica tão isolada? E por que você não me avisou? --

-- Olha, eu não sei se você percebeu isso mas você me ABANDONOU por que eu daria satisfação para alguem que não se importa comigo? -- eu disse e suspirei -- a escola jujitsu é tradicional, é como um internato por isso é mais afastada, aqui as coisas são diferentes da escola que eu estudava antes.

-- como você fez para entrar?

-- eles me recrutaram, eu tenho muitas habilidades muito boas então eu vim para cá.

-- Entendi... Bom acho que é isso... Você já deixou claro que não me quer aqui, então eu não vou insistir.

-- Pare de se fazer de vítima. A única vítima aqui sou eu, a única pessoa que merece desculpas aqui sou eu, você não tem noção do quanto eu sofri do quanto a minha vida sempre foi um inferno! Então pare! Pare de se fazer de vítima.

-- mas eu sempre tentei estar ao seu lado.

-- Não seja patético por favor qual foi a primeira coisa que você fez assim que a mamãe morreu?

-- fui embora...  -- ele abaixou a cabeça.

-- pois bem então você não tentou estar ao meu lado.

-- como sabe? Eu sempre tentava ligar e aquela vez que quando sua vó morreu você foi pro Brasil, fui eu quem pagou! --

-- você me ligava uma vez a cada dois messes, e a vovó morreu a bastante tempo já. -- respirei um pouco -- Pai... eu sei que não sou a filha perfeita eu erro muito mas eu tento o meu melhor sempre.

-- É eu sei... -- ele levantou a cabeça --

-- Mas você não tem o direito... Não tem o direito de vir aqui e querer ditar a minha vida depois de ter praticamente me abandonado, se você ao menos estivesse aqui quando eu realmente prescisei quando eu pensei em tirar a minha própria vida por que nada! Nada mais fazia sentido...

-- T-tirar a própria vida? Você pensou em fazer isso!? Você tentou!? 

-- Sim eu pensei, tentei, mas eu fui salva pelas pessoas dessa escola e eu finalmente encontrei algo que deu sentido a minha vida e não só isso agora eu tenho amigos de verdade, pessoas que se importam comigo. E é por isso que eu quero ficar aqui -- parei de gritar e de tentar brigar com ele vi que aquilo seria mais desgastante.