the agent

the one & only

jade o'conner walker
Los Angeles, CA

— Por que você mente tanto? — Perguntei.

— Eu estou com cara de que tô mentindo? — Me olhou, fixamente.

— Você tem cara pra isso? Nunca sei quando está falando a verdade ou não.

— Então, somos mais iguais do que parece. — Ele falou e deu de costas, e foi para escada, bufei e quis atrás dele.

— Ei! — Ele virou. — Não acredito que está fazendo isso. Falou que é apaixonado por mim, e nem ao menos olhou na minha cara.

— Você não acredita que eu estou fazendo isso? Você gosta de mim, porra. E eu "nem ao menos" soube pela sua boca. E ainda usa o cara pra tampar buraco. Então não venha me julgar. Eu pelo menos reconheço. — Justin voltou a subir as escadas. — Foda-se, não era pra você ouvir isso.

— Gosto mesmo, Bieber? E, aí? Você acha que é fácil pra mim? Eu venho ignorando esse pensamento há tempos. Eu não me permito gostar de você.

— Por que não?! — Ele perguntou e ficamos encarando um ao outro. — Quer saber? Eu não quero saber, seja muito feliz. E eu não estou nem aí se não for. — Ele voltou a andar, até eu não conseguir mais vê-lo.

— Você não vai fazer nada? — Chaz falou, eu olhei para Shawn.

— Isso. Você não vai fazer nada?! — Ele falou, mas tava na cara que não era sincero.

— Não. Não vou fazer nada. — Andei até ficar ao lado deles de novo.

— Não acredito. — Ouvi Chaz dizer.

— Chaz, como não? Eu gosto dele, mas ele faria mal pra mim, cara. Ele faz mal pra ele mesmo, como eu vou ser feliz assim? Me estresso sempre com ele, não tenho psicológico pra isso, e muito menos ele. Entendeu? Se formos ficar juntos, vou te falar, não vai ser agora, ou talvez, não devemos ficar juntos, simples. — Tudo isso, era verdade. Paixão. Era essa a definição que Justin falou que se encaixou perfeitamente no que eu sentia quando eu estava com ele.

Cada toque, cada beijo, cada olhar. Eu só não queria acreditar. E agora nós estamos "eu gosto de você", "eu também gosto de você", mas sem falar isso na cara do outro, como duas crianças de 11 anos.

Mas o fato de não podermos ficar juntos, também é verdade. Não é cu doce, ou me vitimizando antes do tempo, devemos lembrar é que sou uma agente profissional, se antes mesmo de me relacionar oficialmente com ele, eu já estou assim, imagina ele me tratando como uma namorada realmente?

Eu iria morrer de amores. Não que ele soubesse disso. Mas mesmo se eu não fosse uma agente em uma missão, não me submeteria a isso. Sabendo que vamos nos magoar no final.

uma semana depois

— SAI DAÍ, PORRA! — Disse ao novato, enquanto estávamos em um tiroteio, nós estávamos de máscara e roupas pretas, eu tinha duas pistolas nas mãos. O novato veio atrás de mim.

Passei pela pilastra daquela mansão, fatiando e passando por mais um bandido, indo por trás e o pegando em um mata leão, o apertei em meu braço fortemente e o mesmo caiu lentamente no chão desmaiado, peguei a arma que ele carregava e dei as menores, que eu usava, ao novato.