Companhia

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– Acho que estou apaixonada pelo Suigetsu. – afirma Karin, com aquele olhar brilhante e totalmente radiante.

Sakura arqueia as sobrancelhas e dá um sorrisinho, imaginando que a ruiva estivesse exagerando, mas pelo brilho ainda intenso em seu olhar era óbvio que não tinha nenhuma piada envolvida naquela conversa.

– Você mal conhece ele.

– Eu sei disso. – Karin se senta na cadeira mais próxima e suspira. – Mas ele é tão... diferente dos outros, entende? Ele me deu o tipo de atenção que nenhum outro homem me deu. Ele é incrível.

– Eu diria mulherengo.

Karin revira os olhos.

– Eu posso ver isso, é claro. – dissera a Uzumaki. – Mas acho que já passou da hora para que eu me jogue de cabeça em algo. E por que não um romance? Ele disse que me ensinaria a cavalgar amanhã.

A ruiva parecia uma adolescente apaixonada e como Sakura poderia tirar isso dela? No tempo em que viviam não existiam muitas formas de alegria – na visão mórbida e distorcida da Haruno –, entretanto, romance sempre era algo bonito e ela não queria estragar isso para Karin.

– Eu fico feliz por você. Eu só espero que você não se magoe.

Karin sorri e imediatamente se põe de pé para abraçar Sakura.

– Obrigada pelo seu apoio! Isso é outra coisa que não recebo com frequência. E não se preocupe, eu não me importo se ele me magoar.

+

A festa da colheita havia demorado a terminar e infelizmente Sakura e Madara nem conseguiram mais se ver depois do que ocorreu na casa de banho. Era como se as pessoas quisessem mantê-los longe um do outro sem nem saber o que de fato estava acontecendo – se Sakura acreditasse em destino então essa seria uma piada cruel.

A última vez que cruzaram olhares foi no corredor de cima, quando todos estavam indo dormir. Antes que Sakura pudesse ir até ele, ela foi puxada por Mebuki. Sua mãe queria que ela fosse dormir e estava irritada o suficiente com Sakura para ficar horas em seu quarto falando balburdias. A morena não aguentava mais.

Seria mentira se Sakura dissesse que teve uma boa noite de sono. Pensou em Madara até pegar no sono – ou melhor, pensou no que poderiam ter feito. Ela respirou fundo e só pregou os olhos quando o sono foi demais para suportar.

Na manhã seguinte ela vestiu-se e encontrou todos na mesa de café, com exceção de Karin e Madara. Mesmo olhando para todos os cantos não havia se quer sinal deles.

– Está procurando a Karin? – perguntou Itachi, com um sorrisinho de lado.

– Isso.

– Ela está perto dos estábulos.

– Obrigada.

Antes de sair pela porta a morena puxou uma maçã e deu uma mordida e com isso foi para onde Itachi havia lhe indicado.

Hoje o sol estava extremamente brilhante e com uma pitada de calor e umidade pelo ar. A fazenda não era tão perto dos pântanos, mas a umidade e a temperatura de lá sempre conseguiam chegar por aqui. Querendo ou não, Nova Orleans era um estado abafado.

Como foi dito, Karin estava perto dos estábulos e junto dela, Suigetsu. Pela primeira vez a Haruno viu a ruiva vestindo uma roupa totalmente diferente do habitual – ela estava com uma calça para cavalgar e botas.

– Uau, quem diria. – diz Sakura, aproximando-se. – Você está a coisa mais linda desse mundo.

Karin deu uma risadinha.

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