Recomeço

66 5 3
                                    


Aparentemente Sasuke tinha um plano e parecia confiante sobre isso. Tanto Sakura quanto Karin não tinham mais para onde ir e estavam definitivamente por conta própria – não que em algum momento Sakura tivesse tido o apoio de sua mãe, mas agora, era oficial. Se seu pai estivesse vivo ele com certeza não deixaria isso acontecer. Ele sempre tentava apaziguar a situação e manter as duas unidas, mas com a morte dele Mebuki se deslocou, assim como a própria Sakura, e em vez dela ajudar a filha acabou que mais a prejudicou.

Se antes o céu estava limpo e claro, agora ele fechara de vez. A escuridão das nuvens cobriu Nova Orleans em questão de segundos enquanto o trio caminhava pela estrada. A chuva caiu e os encharcou no mesmo instante, mas por sorte uma carruagem passou e eles pegaram uma carona.

Todos estavam quietos, mas Karin parecia ser a que mais estava abalada com a situação. Ela estava cabisbaixa e Sakura colocou sua mão sobre a dela para demonstrar apoio e a ruiva apertou os dedos nos da Haruno. Suigetsu havia sido preso por nada e era de se esperar que Karin estivesse se culpando por isso. Sakura não sabia ao certo o que tinha acontecido entre eles, mas pelo visto havia sido algo intenso.

O cocheiro virou a esquina e apenas agora Sakura reconheceu o bairro ao qual estavam entrando e quando pararam em frente aquela casa enorme de cor branca a morena suspirou e correu para a varanda junto dos outros dois afim de não se molharem mais do que já haviam se molhado.

Sasuke respirou fundo e bateu na porta e um dos mordomos imediatamente abriu e os encarou como se fossem mendigos à procura de esmola.

– Sasuke? – soa aquela voz familiar de trás do mordomo.

A mulher rapidamente assume a porta e abraça o Uchiha sem se importar com as vestes ensopadas dele.

– O que aconteceu? – perguntou Mei, totalmente preocupada.

– Nós meio que enfrentamos nossos pais. – ele explica. – E perdemos tudo. Eu nem tanto quanto elas, mas você entendeu.

O olhar de Mei vagou sobre Sakura e Karin por um momento e ela suspirou e sorriu. Não parecia zangada e sim, orgulhosa.

– Entrem. – ela insiste. – São todos bem-vindos, é claro. Fico feliz que enfrentaram a tirania daqueles babacas.

– A minha mãe e a de Karin haviam nos vendido como gado. – explica Sakura irritada enquanto sacudia as vestes.

– Eu entendo. – Mei esboça um sorriso reconfortante. – A minha fez a mesma coisa quando eu tinha dezessete anos. Diferente de vocês eu não tive escolha na época, mas também não posso dizer que meu casamento foi ruim. Ele era um ótimo homem e eu herdei muita coisa. – ela dá uma risadinha. – Enfim, não é de mim que estamos falando. Vocês três podem subir e tomar um banho. Vou pedir para meus criados colocarem algumas roupas para vocês nos quartos que ficarão. Vocês duas são muito bem-vindas para ficarem o quanto quiserem, a casa é bem grande e eu me sinto sozinha na maior parte do tempo. Ter outras mulheres vai ser bom.

– Obrigada. – Karin agradece.

Sakura assente, concordando, e Mei sorri antes de voltar o olhar para Sasuke e lhe dar um selinho.

– Você ainda quer continuar com o casamento? – ele pergunta.

– É claro. Agora que você resolveu deixar seus pais nós podemos fazer as coisas do nosso jeito. Eu simplesmente nunca aguentei sua mãe e seu pai.

Sasuke acaba dando uma risadinha e as garotas os deixam a sós por fim. Precisavam de um banho urgente.

Sakura e Karin entraram no lavabo de Mei que era extremamente grande e possuía uma banheira que poderia caber até quatro pessoas. As duas acabaram se despindo e entrando juntas por ali e Sakura ficou atrás de Karin para lavar os cabelos ruivos dela enquanto a Uzumaki abraçava os joelhos e suspirava. O coração dela estava palpitando forte e Sakura estava preocupada.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Jul 22, 2021 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Amores em guerra - MadasakuWhere stories live. Discover now