Conversa sobre sentimentos

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(entre o capitulo 5 e 6)

Eu sabia naquele momento exato que estava totalmente, absolutamente e absurdamente apaixonada por Kuroo, era semana de provas antes das férias de verão começarem e acabei indo até a casa dele para estudarmos juntos depois do treino, mas sinceramente não conseguia prestar atenção em outra coisa que não fosse ele.

Ele estava com o cabelo um pouco bagunçado já que havia passado a mão algumas vezes por ele tirando a franja do olho enquanto lia o livro da escola, ele usava uma camiseta branca e uma bermuda preta já que estava calor e eu ainda estava com meu uniforme da escola, ele tinha a ponta do lápis na boca concentrado no que lia.

E Deus, ele era muito bonito.

Ele me flagrou o encarando e sorriu, deixando o lápis em cima do livro e vindo até mim, estava um pouco ansiosa pensando se ele finalmente continuaria o jogo que tínhamos e me beijaria ali, mas ele só se sentou do meu lado.

- Está estudando ou só me olhando? – ele perguntou e eu sorri sem graça.

- Me distrai – eu disse e ele riu.

- Sei que sou uma linda vista, mas você mesma disse que tinha que estudar para a prova de amanhã – ele disse e era verdade.

- Eu sei – respondi – vou voltar a atenção para os livros então – disse realmente olhando para os livros e cochichando um "chato" que ele ouviu, mas só sorriu voltando a estudar também.

Sabia que gostava dele, e sabia que precisava contar para ele, mas era muito difícil e precisava de algum conselho, talvez conversasse com a minha mãe quando chegasse em casa, tentei realmente estudar dessa vez, mas então percebi Kuroo se deitando no meu colo, em cima do caderno que eu tinha aberto.

- Oi – ele disse e eu sorri.

- Quer atenção? – perguntei e ele assentiu – Mas você disse que eu tinha que estudar.

- Não importa o que eu disse antes – ele disse e eu ainda sorria.

- E que tal continuar o jogo? – perguntei e ele sorriu também, se sentando, me aproximei e ele me deu somente um selinho, como se me provocasse.

- Pronto – ele disse e eu olhava sem acreditar que ele tinha feito aquilo, como se fosse suficiente, e não era, não para mim, me aproximei juntando de novo nossos lábios e ele retribuiu, coloquei minha mão em sua nuca aprofundando um pouco o beijo e ele aproximou ainda mais o corpo do meu.

Joguei meu caderno para o lado da cama dele e subi em seu colo, era a primeira vez que o beijava realmente tendo certeza do que sentia, ele segurou em minha cintura se surpreendendo um pouco pela minha atitude, me separei dele.

- Empatado de novo – eu disse e ele sorriu.

- Sabe que o jogo não era para funcionar assim né? – ele perguntou e eu sorri também.

- Não estou me importando muito no momento – eu disse enquanto me encaixava melhor no colo dele e vi ele suspirar mais pesado.

- Isso é trapaça – ele disse – vou ter que desempatar de novo.

Ele se aproximou de novo, mas ao invés de me beijar ele foi com o rosto para o meu pescoço, depositando alguns beijos ali fazendo meu corpo se arrepiar, ele sorriu quando olhou de novo para mim para então juntar nossos lábios de novo.

Ele passava as mãos pelas minhas coxas e cintura e minhas mãos desceram para seu peito, ele terminou o beijo com alguns selinhos e então olhei para ele, me achei extremamente sortuda por estar ali naquele momento e pensei que não podia imaginar que um dia isso fosse realmente acontecer.

- Porque está me olhando assim? – ele perguntou.

- Você mesmo disse que era uma bela vista – eu respondi e ele riu enquanto apertava leve minha cintura, movimentei de leve meu quadril fazendo pressão contra ele que me olhou um pouco surpreso de novo, sorri – minha vez?

Comecei a dar alguns beijos pelo seu pescoço, dando também alguns chupões fracos e senti ele arrepiando, suas mãos desceram para minha bunda onde apertaram um pouco, subi o rosto começando a beija-lo de novo.

O quarto começava a ficar quente, mas então fomos interrompidos pelo toque do meu celular, me separei olhando com raiva para o aparelho que fazia barulho e Kuroo suspirou já que onde estávamos antes realmente estava bom, sai do seu colo para pegar e atender o celular quando vi ser minha mãe.

- Ela me pediu para já ir – eu disse assim que desliguei a ligação, Kuroo se levantou vindo até a minha frente também.

- Tudo bem, terminamos isso depois – ele disse me dando um beijo na bochecha que me fez corar um pouco pelo carinho que ele tinha, meu coração parecia bater mais rápido com esses pequenos gestos do que quando estávamos nos pegando.

Arrumei meus materiais e voltei para a minha casa perdida dentro dos meus pensamentos, abri a porta e dei oi para minha mãe que estava na sala, logo subindo para tomar um banho gelado para ver se meus pensamentos iam para outro lugar que não fosse Kuroo.

Desci no horário da janta vendo que minha mãe tinha preparado lamen e peguei um pouco, sentando com ela na mesa.

- Como foram os estudos? – ela me perguntou assim que terminei de comer.

- Bom, Kuroo me ajuda bastante – eu respondi enquanto me levantando levando nossos pratos para a pia da cozinha, minha mãe me seguiu e parou na porta.

- Só estudaram? – ela perguntou me olhando.

- Porque está perguntando isso? – perguntei um pouco nervosa, minha mãe era muito amiga minha, mas isso não significava que contava coisas como aquela para ela.

- Você chegou com aquele olhar de apaixonada – ela disse e arregalei os olhos.

- Está tão na cara assim? – acabei perguntando e minha mãe riu.

- Eu te conheço e consigo perceber – ela me respondeu – mas então, o que anda acontecendo entre você e Tetsurou?

- Ele é meu melhor amigo, e eu gosto dele – eu disse.

- Vai ter que me explicar um pouco mais que isso – ela disse e eu suspirei, talvez fosse bom contar a situação para ela e receber um conselho.

- Eu percebi que sentia atração por ele quando fomos para a festa de casamento – comecei – acabei o beijando aquele dia por impulso e logo depois disso meio que começamos a nos beijar as vezes, e tratar isso como um jogo.

- Um jogo? – ela parecia confusa com essa parte.

- Sim, e eu até mesmo conversei com ele sobre onde esse jogo podia levar, decidimos só continuar e deixar as coisas acontecerem, mas então Kenma me contou que Kuroo gosta de mim, só que eu ainda não sabia se gostava realmente dele ou era só atração.

- Agora sabe?

- Sei – respondi – eu realmente gosto dele.

- Fico feliz que resolveu pelo menos essa parte – ela disse.

- Só não sei o que fazer agora.

- Precisa contar para ele, para não acabar magoando ele – ela disse – sei que é difícil e precisa de tempo, mas pense no como seria se você também não soubesse que ele gosta de você.

- Eu entendo – disse – obrigado mãe, vou tentar resolver tudo.

- Espero que sim, e quando acontecer diga que ele quem vai ter que contar para mim que estão namorando – ela disse e meu coração deu um salto só com a ideia de algum dia namorar com ele.

- Ta... – foi a única coisa que consegui responder antes dela sair da cozinha, me deixando ali pensando no como eu ainda não sabia o que fazer exatamente, talvez me declarar em algum momento especifico fosse uma ideia boa.

Só sabia que ele era a pessoa que eu queria ficar, e esse sentimento só crescia cada vez mais.





𝑹 𝑼 𝑴𝒊𝒏𝒆? - Kuroo TetsurouWhere stories live. Discover now