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POUCO MAIS DAS ONZE DA NOITE, Rosé apareceu no apartamento, passando os dedos nas têmporas enquanto se aproximava do sofá e se esgueirava ao lado de Lisa, colocando sua cabeça no ombro dela e soltando um gemido dramático.
— Bunny ainda vai me matar de tanto estresse — reclamou, fechando os olhos e suspirando.
A mais nova reprimiu um sorriso, sabendo ser apenas muito drama regado a uma tentativa de receber atenção e cafuné. Ela sempre tentava esse truque.— Você acredita que ela estava querendo arrumar a minha própria fantasia? — indagou enfurecida. — Juro, se a namorada dela não tivesse entrado no meio, a teria jogado pela janela!
Lisa pausou o jogo, pousando o controle na mesinha de centro – que estava abarrotada de livros da faculdade –, para dar atenção à melhor amiga.
— Bem, você conhece a Nayeon... ela gosta de te irritar as vezes.
Rosé murmurou xingamentos, ainda com a cabeça apoiada no ombro da outra, suas mãos envolvidas na cintura e os olhos fechados.
A garota mais nova tentou controlar a euforia, embora sua curiosidade de saber como a melhor amiga reagiria, fazia seu bom senso ir pelo ralo.— Rosé... — iniciou, meio sem saber ao certo. — Rosé, e e o Bambam terminamos.
A Park abriu os olhos de imediato, surpresa com o comentário. Ela se afastou de Lisa e a encarou.
— Vocês o quê?!
Lisa engoliu em seco, cruzando as pernas sobre o sofá e passando as mãos na camiseta que usava. Que nervosismo!
— Terminamos. Já faz um tempo.
— E por quê? Por que não me contou antes? — ela parecia eufórica, quase tão surpresa quanto Bambam sobre a notícia. — O que aconteceu?
— Bem... não estava dando certo — sorriu sem graça, tentando mudar o clima. — Na época em que você me perguntava porque ele não aparecia mais aqui ou eu saia para me encontrar com ele.
Rosé pareceu ofendida.
— Você mentiu esse tempo todo?!
— Eu tecnicamente não menti, só não disse a verdade toda — se defendeu.
Quando a loira fez menção de se levantar, Lisa segurou a mão dela, fazendo-a lhe encarar em busca do porquê.
— Desculpa por isso — confessou. — Eu só... Não queria te encher com os meus problemas, porque sei que você tem os seus.
Pareceu fragilizar um pouco Rosé, que se moveu para voltar à mesma posição no sofá, suspirando e esfregando os olhos antes de voltar a falar.
— Você sabe que eu não me importo de ouvir os seus problemas, contanto que venha a querer dizê-los — disse, agora menos irritada e mais brava. — Eu sempre vou te escutar e tentar ajudar, Lalice.
Algo dentro da garota mais nova cedeu para segurança. Sim, ela sabia que podia contar com Rosé. Sempre.
Com isso em mente, levou e consideração mais uma oportunidade de continuar.
— Nós dois não estávamos mais dando certo porque eu... — Lisa sentiu as bochechas ficarem quentes e supôs ser em razão de que a outra garota estava a encarando com a devida atenção. — Ele não era o cara, sabe? Acho que nenhum seria, na verdade.
Rosé franziu o cenho, sem entender.
— E quem seria?
— Esse foi o motivo — aproveitou a brecha. — Eu percebi que... bem, gosto de garotas.
A loira demorou um tempinho para compreender e, quando finalmente isso aconteceu, ela estranhamente ficou sem graça e virou a cabeça quando as bochechas ficaram manchadas pelo rubor.
— Ah, entendi — comentou por fim, sem encará-la novamente. — Bem, seja bem vida ao mundo colorido, então.
Lisa soltou uma risadinha nervosa, não entendendo o clima mudando para constrangimento.
Rosé não havia ligado a luz desde que entrou no apartamento, o único resquício de claridade vindo da televisão com o jogo pausado. Não sabia mais se elas iriam jogar videogame.
— Eu preciso da sua ajuda com isso — arrumou coragem para dizer. — Eu sei que não é algo que eu precise tirar a dúvida para saber. Mas... eu não sei nada sobre como me envolver com uma garota.
A loira pareceu achar graça da situação, o corpo inclinado até que tocasse as costas no estofado.
— Com o que, exatamente você precisa da minha ajuda?
Era literalmente agora ou nunca, se não fosse agora não seria nunca.
— Quero que você ensine como fazer isso com uma garota — tentou gesticular, suas bochechas fervendo. — Que você faça sexo comigo.
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Lei de Murphy (Chaelisa)
أدب الهواةApós romper o namoro de anos com seu amigo de infância, Lisa decide finalmente dar atenção àquilo que foi o motivo do rompimento: se assumir. No entanto, tentar se relacionar com uma garota sem ter qualquer experiëncia, causava pânico. E por isso qu...