𝐑𝐔𝐆𝐈𝐃𝐎 ' 𝐦𝐚𝐱𝐨𝐧

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SEUS OLHOS SE REVIRAVAM DE TÉDIO, as orbes brancas se perdiam por de baixo de suas pálpebras enquanto o emissário continuava a proclamar suas reclamações e suas ideias, inúteis em sua opinião, irrelevantes, enquanto seu homem fingia se importar com qualquer palavra que escapava furtivamente dos lábios do outro homem, os seus próprios em uma linha fina e imóvel, soltando alguns comentários nas horas que achava necessário.

Na sala de reunião, estavam você e seu noivo e rei, Maxon, mais o emissário e alguns guardas, em suas reuniões de rotina, coisa que o Schereave fazia questão de lhe incluir, o que lhe derretia o coração.

Não sentia muita empatia com o moreno que se sentava na cadeira a frente ao seu trono e o de seu homem. Ele lhe soava muito ganancioso, as vezes se dava mais importância do que realmente tinha, e principalmente, parecia não a respeitar, provavelmente um dos que foi contra a escolha do loiro, em você. Era sútil e talvez Maxon nem percebesse, mas o homem fazia questão de lhe manter de fora das questões, como se ignorar a sua existência na sala alta fosse a maneira mais eficiente de lhe provar sua insignificância na corte, tentava diminuir a noiva do rei, sua futura rainha, e escolhida dele ao silêncio. E achou que tinha sucesso, devido a sua quietude.

Mas ele estava errado.

De supetão, você levanta de seu trono, somente alguns centímetros menor do que o de Maxon, o que ele tentou reformar, sem sucesso.

Seus passos ressoavam, o barulho do salto impecável tilintava contra o piso reluzente do salão do trono. Seus cabelos balançavam enquanto mechas caiam sobre seus seios decotados, o vestido perfeitamente combinando com a vestimenta real que seu Rei vestia.

Os dois homens param de falar no momento em que escutam os saltos, e você quase conseguiu sentir o suspiro de Maxon em sua espinha, como ele costuma fazer enquanto passa seus lábios inchados por sua pele nú, e admira seu corpo esbelto. Sempre admirado, não importa quantas vezes se vissem, ele sempre estaria se sentindo sortudo.

Os olhos dele vasculham da sola dos seus saltos brilhantes até o seu último fio de cabelo, e ele de repente percebe o que queria fazer, e solta um sorriso malicioso, e pequeno, em resposta.

Já o emissário, olha com um espanto disfarçado, tentando inutilmente atrair a atenção do loiro novamente para ele. Como se em algum momento ela estivesse.

Suas pernas longas fazem caminho sem pressa até onde seu marido estava sentado. Sentasse no colo dele, relaxando sua cabeça no pescoço dele, sua bunda pressionada sobre ele. Seus olhos permaneciam no moreno emissário sem jeito. Maxon, ja conhecendo o recinto, posiciona as mãos sobre sua cintura possessivamemte, apertando ocasionalmente.

E de repente, você sentia como se soubesse como o homem a sua frente, a baixo de você, se sentisse. Toda a humilhação, a vergonha, o desconforto. Merecido. Subestimou sua importância, e você mostrou seu poder da forma mais simples. Conseguiu tirar dele toda a atenção mínima que o rei lhe dava, apenas se aproximando do mesmo. Mostrou a ele sua insignificância, sua arrogância em pensar que poderia agir como alguém mais importante do que realmente era. Ele, um emissário. Ela, uma futura rainha. Ele, um rato. Ela, uma leoa. E o pequeno ratinho com um simples movimento do leão foi ignorado como vento, como uma mosca zumbindo irritantemente em seu ouvido, enquanto ela rugia.

Atrás, e embaixo de si, Maxon sentia o poder de sua rainha e a louva-la e o faria até que a mesma fosse a dua perdição, sua morte. Naquele momento foi se estabelecido a ordem das coisas. E ela estava no topo da cadeia alimentar.

Era gentil quando precisava, sabia quando calar a boca era a melhor opção, mas não se confunda, o rugido dela pode ser escutado a quilômetros de distância se ela tivesse que mostra-lo.

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-beijos e se cuidem
com amor, M.

𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘𝗦| 𝗉𝖾𝗋𝗌𝗈𝗇𝖺𝗀𝖾𝗇𝗌 𝗅𝗂𝗍𝖾𝗋𝖺́𝗋𝗂𝗈𝗌 Onde as histórias ganham vida. Descobre agora