Cap 17 - Ajuda inesperada

97 13 0
                                    

Dois copos com gelo em cima da mesa e ao lado uma garrafa de bebida recente aberta, dois homens sentados de frente um para o outro, ambos olhavam-se nos olhos e permaneciam-se  calados. 

- Cansei de ficar olhando - disse bebendo um pouco do líquido - Vamos lá, Chris. Não gosto de você e acho que também não morre de amores pela minha pessoa, então vou ser curto. - abriu a garrafa e encheu seu copo - Primeiro, não vou contar para Nat.

- A que devo esse sigilo? - interrompeu - Sempre achei que faria tudo pela sua irmã. - riu encarando Nathan.

- Segundo, vou te ajudar com Henrique - ignorou - Vamos trabalhar juntos - disse causando espanto em Chris.

- Deixa eu ver se entendi - se curvou - Você não vai contar para sua irmã e ainda vai estragar a última missão dela?

- É.

- Ter você como irmão não precisa de inimigo. - voltou a posição erguida.

- Eu não estou contra ela - cruzou os braços - Pelo contrário, faço isso porque amo muito a Natasha e não quero você perto dela. É só mais um caso, ela escolhe outro e sai.

- Você não conhece sua irmã - levantou e foi em direção a sacada - Esse caso é importante, e ela vai até o fim, nem que precise passar por cima de quem estiver no caminho.

- Meu caro Evans, agora você está muito enganado - se colocou ao lado do agente - Se você estiver na linha ela não atira, estranho não é verdade? Para alguém que foi treinada para matar e não nutrir sentimentos hesitar é um erro, uma conta vermelha, mas uma promessa e um amor é capaz de abalar todo o treinamento.

- E como planeja enganar a melhor agente da CIA? Não será fácil.

- Como eu já sabia que você estava do outro lado da moeda, planejei tudo.

- Muito eficiente!

- Bem que ela avisou que é um debochado. - pegou um envelope dentro de sua bolsa - Preciso que você assine, os outros agentes que estavam no caso já assinaram - colocou sobre a mesa um papel e caneta.

- Do que se trata?

- É um pedido de afastamento, Natasha não tem condições de continuar nesse caso, isso fará com que ela abandone as investigações de forma definitiva.

- Então ela teria que continuar na CIA por não concluir o caso?

- Exatamente, deixando o caminho livre para nós colocarmos o plano em prática.

- Eu não posso assinar, esse era o último, ela sairia dessa vida e construiria outra. Eu não vou assinar.

- Ah coitado, finge que se importa que eu finjo que acredito. E não será a última oportunidade dela sair, só terá que ficar um pouco a mais dentro da agência.

- Você sabe quando somos afastados a pena é grande, 10 anos cumprindo tudo o que mandarem. E você acha pouco? - gritou com Nathan.

- Evans você é muito burro. - balançou a cabeça e começou a rir.

- Não entendo o motivo dos risos.

- Pensa comigo, você tem que ajudar Henrique a fugir e levar as mulheres com ele. Qual é a missão da minha irmã?

- Resgatar as mulheres e prender Henrique.

- E você tem que fazer ela fracassar logo, ela sofrerá uma pena do mesmo jeito e se for pelo fracasso será pior. E você sabe qual seria se isso acontecesse?

- Ela seria levada para balsa.

- Então qual é pior? - indagou, colocando em cima da mesa próximo de Chris, caneta e o pedido de afastamento.

Sem hesitar, Evans abriu a tampa da caneta depositando a tinta em forma de assinatura, pronto estava feito não tinha como voltar atrás.

- Arrancou pedaço?

- E como exatamente além de tirar Romanoff do jogo você fará? - ignorou a provocação de Nathan.

- Sei que está para receber uma ligação do seu querido amigo cobra, assim que ele entrar em contato vou com você e garanto que ocorra dentro do planejado.

- Henrique pode desconfiar, ele sabe que você é "filho" do diretor da CIA, qual a chance de acreditar na sua boa vontade?

- Meu histórico, fui mandado para a balsa por tentar assassinar um agente, fui levado para Rússia por assassinato, e sabe também era um agente da CIA que neste exato momento está a sete palmos do chão - enumerou nos dedos - Mas eu não consegui quebrar os recordes da minha amada irmã.

- Se você está tão confiante quem sou eu para destruir suas expectativas.

Os dois se calaram, o assunto morrera. Chris estava digerindo tudo o que Nathan acabara de dizer, trair a confiança de Nat ou perder a filha? Parecia algo simples de escolher, para um pai certamente a filha seria a escolha mais óbvia, porém por que só agora se importou com a filha e esses últimos 10 anos? Agora porque não ficar do lado de Natasha, era por ela que seu coração batia descompassado e não tinha o direito de destruir as oportunidades da mulher que ele julgava que amava não fazer os últimos desejos da mãe. 

Por minutos permaneceram se encarando, até que o celular do agente Evans começou a tocar. "Trrrim-trrrim".

- Atende, e deixa no viva voz - ordenou Nathan.

- Chris... - a voz doce e rouca disse do outro lado da linha.

- Nat, você está chorando? - perguntou preocupado.

- Chris por favor... - pausava para deixar o choro tomar conta e se recuperar - Eu preciso de você, por favor venha para hospital onde minha mãe está...

- Por que Nat, o que aconteceu? - não obteve respostas - Natasha, conversa comigo, por que ligou para meu número?

- Porque preciso que você venha... - começou a chorar novamente - Ela... ela... Era só um minuto - disparou a chorar.

- Estou saindo agora, se acalme já estou indo. - disse pegando seu celular e chave do carro deixando seu apartamento aberto com Nathan dentro.

.

.

.

Olá! Mais um capítulo da narrativa!

Nathan parece querer muito ajudar Chris, diferente.

Votem, compartilhem e comentem o feedback é muito importante, os escritores gostam de saber como as palavras deles estão sendo recebidas.

Até o próximo!

Between love and profession - YngridienteWhere stories live. Discover now