Cap 23 - Dama

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O carro chegava aos 120 km/h, a jovem fazia de tudo para sair do local em segurança levando a garotinha de 10 anos. 

- Alicia, está tudo bem? - perguntou.

- Está sim. Tia Lisa, quem são aquelas pessoas ali na frente?

Lisa voltou seu olhar na direção do caminho. Várias viaturas e policias estavam aguardando o carro que pilotava. A CIA de alguma forma descobrira, não era bom. A jovem desligou o carro e não saiu, tremia muito, suava fria, nunca passara por nada parecido.

- Saia do carro com as mãos para cima - pediu o diretor da CIA.

Seguindo a ordem a mulher retirou seu sinto de segurança e o de Alicia também. Segurou a mão da garotinha e caminharam em direção aos carros. Preocupada uma figura feminina saíra do conversível e correu em direção da garotinha.

-Filha! - abraçou - Mamãe está aqui e não vai te deixar, vai ficar tudo bem - disse segurando o rosto de Alicia enquanto chorava.

- Mãe, seus amigos podem ir buscar a tia Nat? - perguntou se referindo aos policias.

Scarlett não disse nada, apenas pegou a criança no colo e saiu em direção ao carro que chegara no galpão. Lisa se ajoelhou no chão e colocara as mãos na cabeça, estava sendo levada presa como uma criminosa.

- Lisa, onde está minha filha? - perguntou o diretor.

- Ela está lutando pelo que ela acha certo, pai - Nathan respondeu no lugar da jovem chegando por detrás do senhor. - As vítimas estão seguras já, levei elas até o hospital mais próximo e deixei como assunto confidencial. 

- Muito bem, agente. - deu as costa mas foi interrompido pelo agente.

- Pai, o senhor vai deixar ela?

- Eu não posso fazer nada, infelizmente, meu superior ficou sabendo de tudo e a situação fugiu das minhas mãos. Não quero prender minha própria filha.

- Ela tá machucada, só o senhor pode trazê-la. Sete minutos e tudo aquilo vai virar poeira - disse apontando para a grande construção com cobertura metálica. 

A noite estava mais fria do que o normal, o céu limpo, sem nuvens. O galpão estava silencioso, menos uma sala.

- Henrique, vamos fazer o seguinte solta o Evans ele não é importante vamos negociar - Romanoff disse enquanto guardava a arma de fogo na cintura.

- Minha cara, Romanoff, ele é importante é o que me garante que não vai me matar.

- Não faço isso mais.

- Será mesmo? Assassinos nunca deixam de ser aquilo que foram programados. 

- Você não me conhece.

- Será? - sentou ao lado de Chris que estava encapuzado - Sei que você foi adotada, desde os seis anos foi treinada para eliminar, seu irmão foi adotado primeiro deixando você sozinha com uma "organização" que criou quem é. Depois o diretor Romanoff conseguiu te tirar de lá, agora você tinha uma família, correto?

- Não ouse continuar.

- Por que? Você sabe que é a culpada pela prisões do seu irmão, pela morte de pessoas inocentes. 

- Você não sabe o que aconteceu comigo e com minha família.

- Você é como eu, incapaz de amar.

- Isso não é verdade - disse já deixando suas lágrimas caírem depois de muito segurar. - Até os mais perversos amam, veja você. Seu carinho por Alicia, o modo como a protege vai me dizer que isso não é amor?

- Não coloque ela no meio.

- Você se preocupa com ela, e eu quero o bem dela também. Então pela garotinha vamos negociar?

Henrique deixou sua pose firme desabar, estava chorando, Alicia era tudo que ele amava.

- Primeiro solta ele, para você não trará nada.

Henrique acatou a ordem deixando Natasha surpresa.

- Sai daqui Evans, e não deixe que ninguém te veja - ordenou

- Mas...

- Ando logo, estou no meio de uma barganha e não tenho tempo.

O agente saiu do prédio pelos fundos onde um carro com a chave na ignição com o bilhete: Dirija-me.

- O que mais me ordena minha cara?

- Você tem três minutos para fugir ou ficar aqui.

- Fugir? - olhou surpreso na agente.

- Sim, se você for preso seus bens serão confiscados pelo Estado e Alicia ficará sem para o tratamento.

- E por que só três minutos?

- É o que resta na contagem de tempo antes que tudo isso exploda.

- Eliminando as provas, livra o Evans por ter se envolvido e eu assim garante o tratamento de Alicia.

- Bingo, você é inteligente.

- Mas não vou fugir.

- O que? Fui informada que toda a CIA está aqui.

- Vou ficar e morrer junto com a explosão.

- Ficou maluco? Não, isso não vai acontecer.

- Já esta decidido - se algemou na cadeira e jogou a chave pela janela - Você tem menos de dois minutos, vai embora. E você não é incapaz de amar. - foram as ultimas palavras antes de corta a própria jugular.

Natasha olhou seu cronômetro tinha pouco tempo. Seu ombro doía muita, o segurando saiu correndo pelo longo corredor quando as bombas do andar de baixo começaram a fazer os estragos, não tinha como ir por baixo a única saída seria pular. Sem pensar muito no tamanho da queda, a mulher acelerou sua corrida que com seus bastões atingiu a vidraça, a quebrando. Natasha fechou os olhos e deixou com que a gravidade a puxasse para o chão, surpresa seu corpo não chegou ao chão duro, com menos intensidade suas costas atingiram o teto de um carro.

- Está tudo bem? - perguntou 

- Como chegou aqui tão rápido?

- Você resolveu brincar de super herói e pular na janela do lado da saída dos fundos. Eu não sai achei que iria precisar, apenas liguei o carro quando vi você saltando.

- Obrigada! - agradeceu descendo do teto do veiculo - Você tem que ir embora.

- Por que? 

Antes mesmo de responder ambos ouviram homens vindo na direção deles, Evans saiu correndo como mandou a agente enquanto ela ficara lá.

- Achamos ela chefe. - disse um dos policiais.

- Você está presa, agente Romanoff. - algemou e levou para viatura. 

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Até o próximo capítulo

Between love and profession - YngridienteWhere stories live. Discover now