27. Execução

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O sol ja tinha nascido quando Ophelia voltou para casa, ela tinha ido supervisionar as "investigações".
- Que bom que voltou irmã, eles já tem alguma pista? - Helena perguntou docemente.
- Não. - Ophelia respondeu seca.
As duas irmãs se encararam. Ophelia via a falsidade na cara de Helena, ela não entendia o motivo da irmã estar armando contra ela, porém sem provas não podia acusa-la.
- Me surpreende que você tenha chamado o Ronald... Achei que vocês tinham terminado.
- Ele continua sendo auror, nosso término não tira o cargo dele no ministério.
Helena se surpreendeu pelo tom ríspido da irmã, Ophelia nunca havia falado com ela daquela forma.
- Quer sair para fazer compras? Vai te distrair um pouco.
- Eu estou cansada Helena, se você quiser ir passear vá, mas me deixe descansar. - a rainha disse.
Ophelia caminhou lentamente em direção as escadas, quando já estava na metade, parou e disse:
- Sugiro que não se arrisque com qualquer ideia mirabolante que esteja passando na sua cabeça, muitos tiros no escuro saem pela culatra.
Helena refletia sobre a frase que a irmã mais velha tinha acabado de dizer, mas o que exatamente aquilo significava? Infelizmente para ela, Ophelia já estava longe de mais para se dar ao trabalho de escuta-lá.

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- Ja chegou numa conclusão? - Harry perguntou.
Ronald analisava as letras de cada depoimento e as comparava com as cartas.
- Sim. - o ruivo respondeu com o cenho franzido - Merula é a responsável pela escrita das cartas.
Os rapazes se encararam.
- Por que ela faria isso?
Ronald deu de ombros e disse:
- Não pode ser só isso, Helena tem que estar por trás dessas cartas também!
- Por que quer tanto acusar a princesa?
- Merula não teria motivos para me separar da Ophelia, mas a irmã dela sim! Helena sempre foi contra nosso relacionamento.
Potter assentiu.
- O que vamos fazer? - Harry perguntou.
- Vou chamar ela aqui, e perguntar sobre as cartas.
Ronald saiu batendo a porta do escritório. Aquela situação era estressante de mais, afinal, por que Merula tentaria separar ele de Ophelia?

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- Acho que minha irmã começou a desconfiar de mim. - Helena falou tomando um gole de seu chá.
A princesa olhou na direção do namorado, que pegava leite para colocar no chá.
- Ophelia jamais desconfiaria da irmãzinha querida dela, lembro que em uma de nossas brigas ela disse que a única pessoa que ela amava,além de seus pais e o Weasley, era você.
Helena suspirou.
- Não tem dúvidas sobre o que iremos fazer, certo?
A princesa mordeu o lábio nervosa antes de responder.
- Vamos matá-la hoje, Edgar. Podemos aproveitar o roubo a coroa e dizer que os bandidos voltaram para matá-la.
Edgar sorriu de forma maléfica e beijou os lábios de Helena.

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- Sei que você escreveu as cartas. - Ronald falou seriamente - Mas, por que você as escreveu?
Merula ajeitou-se desconfortável na cadeira.
- Responda! - o ruivo falou.
- Eu... - a mulher começou hesitante.
Ronald estava perdendo a paciência, aquilo tudo estava muito estranho e, até onde ele sabia, talvez Helena estivesse por trás de tudo aquilo.

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No palácio, Ophelia resolvia algumas papeladas rotineiras, aguardava por uma carta de Ronald informando-a sobre as ameaças.
Um grito alto, agudo e dolorido foi escutado na porta de seu escritório, era Helena. Ophelia levantou rapidamente de sua cadeira e correu ao socorro da irmã.
- Petreficus Totalus! - Edgar gritou assim que ela abriu a porta.
Ophelia estava petrificada, mas ainda sim podia observar a feição horrenda de Edgar e o sorriso sarcástico e vitorioso de sua irmã.
- Seu maior defeito foi ter confiado em mim, irmã. - Helena sussurrou no ouvido da rainha, rindo com escárnio logo em seguida.
Se pudesse chorar, Ophelia estaria fazendo isso naquele momento. Sua própria irmã, por quem ela zelou toda a vida, quem ela havia protegido inúmeras vezes, havia traído ela da pior forma possível.
- Para onde iremos levá-la? - Edgar perguntou.
- Para o antigo galpão do vinhedo Hangford.
Os dois levaram-a para o galpão velho e mofado, Ophelia apenas observava tudo, paralisada.
- Amarre-a naquele cano. - Edgar ordenou.
- Por que não matamos ela logo de uma vez?
- Quero fazer ela sofrer por cada ano na miséria que ela me fez passar. Uma semana e logo ela estará louca, assim irei manda-lá ao encontro do Weasley e ele verá o quão inútil foi em proteger sua "amada".
Helena assentiu e amarrou Ophelia ao cabo velho que estava ali na parede. Esperaram pacientemente até que o efeito da petrificação passasse.
- Helena... - Ophelia chamou.
Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, Edgar gritou:
- Crucio!
Atingida pela maldição, Ophelia gritou agonizando.
- Por favor... - ela suplicou antes de ser atingida pela maldição novamente - Argh... Helena, por favor.
Helena observava a cena inexpressiva.
O homem se divertia enquanto torturava a rainha, Ophelia tentava a todo custo se manter sã. Pensava em Ronald, no futuro que eles dois tinham, na família que poderiam construir. Pensou sobre o casamento deles, queria se casar com ele depois que aquele pesadelo acabasse, nos dois dormindo juntos todas as noites... Pensou sobre o dia em que ela ficaria grávida do primeiro filho, a surpresa que faria para o marido, a reação dele, eles analisando o crescimento da barriga... Ela deveria resistir se ainda quisesse viver aquilo!

PRETENDENTE- Ronald Weasley Where stories live. Discover now