Made For Each Other // Harry Potter

1-O Pesadelo

Lumus!✨

31 de outubro de 1993.

Eu estava sentada na minha escrivaninha.

Sentada de frente para a minha janela, essa, que sempre me dera a visão de casas coloridas e familiares à frente.

Mas agora, moitas e uma espécie de matagal ocupavam o tal espaço.

Isso me intrigou, para onde foram todos os meus vizinhos?

A senhorinha que morava na casa da frente..

A doce família que morava na casinha azul..

Para onde eles foram?

Isso, eu realmente não sabia responder..

Tudo o que eu sabia sobre o matagal, tudo o que eu via.. Eram duas orbes de luz.

Duas orbes que brilhavam na escuridão por entre as folhas.

A familiaridade, a conexão que eu não entendia, me fez querer descer lá.

Chegar perto daquela criatura.

O quarto ao meu redor se desfez em uma névoa escura, e fluída.

Até que minha casa também não estivesse mais ali.

Em vez disso, um parquinho tomava a região.

Eu conhecia esse parquinho.

Encontrei com Harry aí, durante todo o período de férias.

As moitas, agora eram reconhecíveis.

E os olhos do animal que ali estava, piscaram de uma maneira preguiçosa.

Como se algo me empurrasse, dissesse para que eu fosse até ele.. Eu fui.

E aproximei.
Mais perto, e mais perto.
Era a vez dele se aproximar.

Ele também o fez.

Um cão negro imenso se mostrou.

Apesar de enorme e de pelagem densa, o cão parecia magro, cansado..

Me ajoelhei, ficando frente a frente com o cachorro.

Mas quando eu ergui minha mão para tocar seu focinho.

O guincho de um rato ecoou às minhas costas.

O cão ficou agressivo, rosnou, se preparou..
E atacou.

*****

Acordei com um grito engasgado, a respiração pesada e ofegante.

Fiquei sentada em minha cama, tentando me acalmar.

A luz do pequeno abajur foi acesa, e um Testa Rachada sonolento e preocupado se levantou do saco de dormir.

Harry: - S/n.. Ei..
Chamou se sentando ao meu lado e me puxando para um abraço ao notar meu estado.

Me encolhi contra o corpo do meu amigo.

Amigo que viera dormir aqui.

Vovó tinha conseguido colocar medo o bastante nos tios de Harry, para que permitissem que o garoto passasse o aniversário aqui em casa.

Harry: - Quer que eu chame sua avó?
Perguntou ele fazendo um carinho, receoso mas reconfortante, em minhas costas.
Neguei com a cabeça.

S/n: - Não precisa.. Não foi com Riddle.
Tranquilizo.

Meus pesadelos com a Câmara Secreta, me atordoaram durante esse período também..

O Testa Rachada se afastou um pouco e me fitou.