23-Um Latido!

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Lumus!✨

Minha cama quentinha me acordou.. Digo, literalmente.

No que quer que eu tenha pegado no sono, começou a se sacudir.

Fiz uma careta, sem lembrar meu nome, quem eu era, e onde estava.

Demorou até que eu recobrasse essa consciência.

Pisquei um pouco irritada com mais um sacolejo.

Mas o que realmente me acordou, foi um latido impaciente.

Dei um pulo do que eu descobri ser o cão..

S/n: - Wow..
Murmurei um pouco confusa com tudo.

O que tinha acontecido exatamente?

Como eu tinha dormido, e por que ao que parece o cão me aninhou como um filhote?

Acho que deveria agradecer a ele.. Eu poderia estar morta de frio, ou estraçalhada por alguma fera..

Tudo ainda estava um nó em minha mente quando ele se pôs de pé, se espreguiçando por inteiro, como um cãozinho que tirara uma longa soneca.

Ele se sacudiu e recuei protegendo os olhos quando a água que aparentemente, ele tinha amparado para que não me acertasse, voou do denso pelo.

Não troquei palavras com o cão, nem mesmo agradeci quando ele me olhou os olhos parecendo cansados, talvez um pouco assustados, mas acima de tudo, como se estivessem em dúvida.

Provavelmente eu devia estar estampando a mesma expressão.

S/n: - Obrigada.
Eu murmurei baixinho, minha voz meio falhada e rouca.

Com um breve aceno de cabeça.. O cão partiu.
Simplesmente foi embora.

Pensei em correr atrás dele, mas eu não sabia ao certo o que faria caso o seguisse.

Não era como se eu tivesse trazido um petisco canino comigo..

Por falar nisso.. Minhas coisas?

Minha bolsa estava protegida e aninhada nas raízes de uma velha árvore.

Me abaixei para recolhê-la quando notei algo.. Orvalho da manhã.. As pequenas gotículas já se acumulavam ali!

Ele tinha me ajudado em mais que apenas um cochilo, o cão literalmente me levou até o que eu precisava..

O pequeno frasco de cristal ainda estava no fundo da minha bolsa.

Sem demora, eu o apanhei, junto com a colher de prata, e recolhi algumas das gotinhas com a mesma, depositando no frasquinho..

Agora, com a folha, meu fio de cabelo, e o orvalho.. Tudo o que restava era a crisálida.

O que para minha sorte.. Os gêmeos e Lino já haviam pego.

Preferi não me recordar de que aquilo era secreção de mariposa quando a depositei no frasco..

E evitei mais ainda me perguntar como os meninos conseguiram isso..

Então, o fraquinho, agora com essa mistureba, foi guardado no fundo da bolsinha novamente.

O sol ainda não tinha raiado..
O que era bom.

E apesar de a chuva ainda estar presente, forte e persistente..

Nenhum raio parecia ter iluminado o céu desde que eu apaguei..

Para aguardar a tempestade descarregar.. Eu me sentei, encolhida em um tronco.. Agora sem o pelo macio do bichano.

Quando me recostei na árvore.. E apoiei minha varinha no chão, me lembrei.. O teste de fogo..

Made For Each Other // Harry PotterWhere stories live. Discover now