Capítulo 7

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Malu 🍓

Cami: deixa acontecer naturalmente...- cantou entrando no bar, que estava cheio de gente e tocando pagodinho.

Olhei em volta e vi algumas pessoas me olhando, a energia delas e do lugar eram muito boa. Tinha o homem que estava cuidando da churrasqueira e uma mulher atendendo.

Cami: tia, mesa pra dois.

- teu pai já pediu pra reservar uma mesa pra ele.

Cami: ele vem almoçar aqui?

- creio que sim, quer uma mesa diferente ou a mesa?

Cami: o que você prefere?- perguntou pra mim.

Malu: vamos sentar com seu pai. Você mal vê ele, e quando vê não ficar perto dele por causa de mim é foda.- ela riu e me abraçou.

Cami: até porque se a gente sentasse separadas quando ele chegasse ia arrastar a gente nem que fosse pelos cabelos.- gargalhei junto com ela e a senhora apontou pra mesa.

- o que vocês vão querer comer?

Cami: diz tu.

Malu: tem cardápio?- a moça me olhou feio.- o que vocês servem?

Cami: é a primeira vez dela aqui, tia.- ela levantou as sobrancelhas como forma de entendimento.

- toma.- me entregou uma folha.

Malu: eu vou querer feijão tropeiro, farofa, arroz, batata frita e o churrasco.

- pode deixar! O seu eu já sei.- apontou pra Camila e saiu.

A gente foi pra mesa e eu sentei ao lado dela.

Cami: esquecemos de pedir a bebida.

Malu: depois pede...- falei olhando o celular e vi a Camila levantar e abraçar um homem que deve ser o pai dela.  Muito bonito, inclusive.

- minha princesa, papai tava com saudades.- beijou a cabeça dela.

Cami: eu também, pai.- beijou ele.- Essa é a Malu, pai.

Levantei e peguei na mão dele.

Malu: oi tio, prazer em te conhecer.

- satisfação garota, meu nome é Th beleza?- ri tímida e ele gargalhou.- Tô zoando, pode me chamar de tio se quiser.

Malu: tá bom.- ri e sentei na cadeira novamente, assim como a Camila e o pai dela.

Cami: por que o senhor pediu essa mesa se é só nós?

Th: eu tava lá no pico com o Playboy e o Coringa, eles vão vir pra cá.

Cami: ah, tá.

Th: você é bonita, Malu, agora eu entendi porque o Playboy ficou puto com o Fael.- falou tranquilo e eu ri tímida.

Malu: obrigada.- sorri simpática e ele riu. A moça veio com os pratos e colocou na mesa.

Th: ô dona Nalva, trás o meu aí daquele jeitão.

- pode deixar.- ela foi saindo.

Th: trás duas cocas de 2 litros também. - gritou e ele gritou de volta um ok.

O homem da churrasqueira veio e colocou um prato de carne, toscana e pão de alho na mesa. A Camila foi colocando a carne no prato dela e eu fiz o mesmo.

A dona Nalva trouxe o prato do tio Th e depois as cocas e os copos.

Th: chegou caralho, nunca mais hein irmão.- falou batendo na mão de um homem alto e magro, todo tatuado.

- claro parceiro, só existe São Paulo pra tu agora.- sentou do lado dela.- Camila feia.- falou com a Cami que deu língua a ele.- E aí menina.

Falou comigo e eu sorri simpática.

- cheguei viu tia. Faz a boa e trás meu prato.- gritou.

Dona Nalva: vixe, lá vem o Magrinho acabar com minha comida toda.- ele e o Th riram.

Ouvi passos e parei de comer pra olhar quem estava chegando. Um coroa loiro muito bonito, porém de cara fechada e o Playboy do lado.

Olhei pra ele e vi ele me olhando também. Ficamos um tempo se encarando até eu sorri fraco pra ele e ele sorri de lado pra mim.

Magrinho: e aí Coringa, cadê a chata da tua mulher?- ouvi eles batendo na mão um do outro e foi que eu despertei e voltei a comer.

O tal Coringa, pai do Playboy, sentou numa cadeira ao lado do Th e o Playboy ao lado do pai.

Ele tava com uma camisa pendurada no ombro, de correntinha, bermuda preta e chinelo. Quase que babo ali mesmo, porque o garoto é lindo demais.

Coringa: Dona Nalva, trás o meu e o do Playboy aí.- ela gritou um ok e o homem da churrasqueira colocou mais três pedaços ee carne.

A moça trouxe dois pratos e colocou pro Magrinho e pro pai do Playboy. Depois saiu e trouxe o último, do Playboy.

Cami: cadê o Jota?- perguntou pro Playboy.

Playboy: nem sei.- falou comendo.

Cami: ele disse que ia dormir na sua casa...

Playboy: mas ele dormiu. Eu fui pro pico e ele ficou em casa, eu vim direto de lá de cima.

Cami: humm.- respondeu incomodada.

Malu: manda mensagem pra ele.- sugeri.

Cami: a última mensagem foi minha.- fez careta.

Th: última mensagem pra quem?- perguntou se intrometendo e a Camila revirou os olhos.

Coringa: deixa tua filha namorar, rapaz.

Cami: não é meu namorado, tio. É um amigo.

Magrinho: a Camila não vai falar, pergunta pra galeguinha amiga dela.- arregalei os olhos e ri, negando com a cabeça.

Coringa: foi por ela que teve briga ontem?- perguntou apontando pra mim.

Senti meu rosto arder e tive certeza de que eu estava corada.

Th: por ela mesmo.- olhei pro Playboy que negou com a cabeça.

Magrinho: bem-vinda ao Vidigal, nem sempre tem essas coisas aqui, só quando tem mulher nova.- ele riu.

Cami: deixa ela, gente.- a Cami falou rindo.

Th: volte mais vezes aqui, Malu. Na verdade, tá gostando daqui?

Malu: muito, a energia é muito boa.- sorri simpática.

Magrinho: e tu mora aonde?

Malu: na Barra.

Magrinho: burguesinha pô.- riu.

Coringa: ontem o Fael roubou uma bolsa dela, da Gucci.- o Magrinho fez cara de impressionado.

Magrinho: aí, seu pai trafica?- eu ri alto enquanto eles me olhavam esperando uma resposta, eu achava que era uma piada.

Malu: meu pai é cirurgião.- falei sem graça.

Magrinho: e sua mãe, ela trafica?- perguntou rindo e vi o Playboy negar com a cabeça.

Malu: minha mãe morreu.- ele ficou sério e o clima foi de tensão.- Mas meu pai trabalha 24 horas, literalmente. Por isso temos condições.

Magrinho: Entendi...

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Perdição [M]Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz