Capítulo 8

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Playboy 🤙🏻

Eu tô ligado que tinha que ter informação de quem entra aqui no morro ver o Magrinho perguntando onde a mina morava e a profissão do pai dela, por isso cortei logo o papo.

Playboy: e aí, sabe já se tua cria é guri ou guria?- perguntei pro Magrinho.

Magrinho: ainda não pô, só tem 1 mês o bebê.

Playboy: é, e tu já vai no terceiro filho.- o Magrinho tem uma menina de 14 e outra de 10.

Th: tu e a Mari vão endoidar pô, usa camisinha porra.

Fael: posso comer aqui ou vou ser expulso também?- falou rindo sacana e entrando no bar.

Coringa: só não sentar do lado do meu filho, se ligou?- meu coroa falou sem nem olhar pra ele.

Fael: relaxa que não é do lado do seu filho que eu quero sentar não.- ele riu.

Coringa: Rafael toma vergonha na tua cara, caralho.- meu pai gritou.- Ô garota, qual tua idade?

Malu: dezessete.

Coringa: a mina é menor de idade, se eu souber que tu tocou na mina eu te cobro porra.

Fael: mas ela não é da quebrada.

Coringa: foda-se, tem que respeitar mulher dentro e fora da quebrada.

Th: a mina é da quebrada sim, é amigona da minha filha, é como uma filha pra mim também agora. Tô de olho, Fael.

Fael: beleza, vou ficar longe da princesa.- falou debochando.

Playboy: enfie esse deboche no cu, na moral.- falei puto saindo da mesa e do bar, deixei a porra da comida toda lá.

Porra, tavam brigando pela garota na frente dela ainda mais, como se ela fosse a porra de um objeto.

Fui pra pracinha que era em frente e sentei na arquibancada, vendo os menor jogar.

Nandinho: e aí Playboy, vamo de próxima? Já acionei os moleques da nossa idade.

Playboy: manda acionar o Jota aí, na moral.

Jota: precisa acionar o pai não que ele chegou.- fez um toque comigo e com o Nandinho.

Nandinho: falou, vou ver com os outros caras.

Jota: o pau no cu do Th já tá aqui?- perguntou sentando do meu lado.

Playboy: pra tua infelicidade, tá. Tava almoçando com ele pô.

Jota: Deus é mais, aquele coisa ruim. Única coisa boa que ele fez mesmo foi a Camila.

Camila: o que você já tá falando de mim?- falou chegando com a Malu.

Jota: nada, cara. Só que com teu pai é embaçado.- ela abraçou ele.

Camila: realmente.- falou saindo do abraço e ficando ao lado dele.- senta ali, Malu.- apontou pro meu lado e ela veio.

Jota: queria poder ficar numa boa contigo, tá ligada? Andar na rua contigo na paz, com geral sabendo que essa princesa é minha.

Playboy: sai com as viadagens de vocês pra lá.- falei brincando e virei pra Malu.- Tu tá tranquila com esse lance do Fael?

Malu: acho que sim, com tanta gente me ajudando é tranquilo... Mas acho que vou ficar um tempo sem vir pra cá, pra dar uma aliviada nisso tudo.

Playboy: faz isso não, pô.- ela virou rápido a cabeça e me olhou.- Digo... Porque assim.. Tu gostou daqui né, e ficar sem vir só por causa daquele filho da puta. Eu não deixo ele encostar em tu não.

Malu: mas ainda tem meu pai, ele não faz ideia que eu venho aqui.

Playboy: teu pai é pau no cu né?

Malu: em relação à algumas coisas, é sim.

Playboy: ele tem preconceito com a favela?

Malu: com quem não é rico, na verdade. Diz que é pra eu ter amizade só com ricos... E namorar com rico também.

Playboy: ah, que bom que sou rico.- brinquei e ela riu.- O que tu acha disso?

Malu: bobagem. Eu não preciso de ninguém com dinheiro. O dinheiro e o luxo que eu quiser eu vou atrás, porque eu posso e quero ser independente.

Playboy: então tu não liga pra classe da pessoa e nem nada?

Malu: bom, tendo um pau entre as pernas e gostando de mim pelo o que eu sou, está ótimo. É isso que eu quero.

Playboy: em um dos quesitos eu já tô aprovado.- levantei as mãos em forma de rendição e ela riu.

Malu: seus pais são casados ainda?

Playboy: são sim, por que?

Malu: acho casamentos duradouros muito lindo, ninguém na minha família ficou casado por tanto tempo.

Playboy: quando sua mãe morreu, ela ainda era casada com teu coroa?

Malu: era sim, mas não ia durar sabe... Meus pais são muito diferentes, ela não aguentaria.

Playboy: além dele, quem tu tem?

Malu: minha tia, irmã da minha mãe, mas ela mora em Orlando.

Playboy: é foda.- ela assentiu.

Nandinho: e aí Jota, e aí Playboy, vamo?- falou entrando na quadra com uns marmanjos.

Playboy: segura pra mim, faz o favor?- tirei minha camisa e meu celular do bolso e dei a ela.

Malu: claro.- sorriu e eu fui saindo.- quero ver se não vai fazer gol pra mim.- falou sorrindo e eu sorri pra ela.

Playboy: pode deixar, princesa.- entrei na quadra vendo ela me olhar sorrindo e a Camila falar alguma coisa pra ela.

Jota: tá rolando algum bagulho com a burguesinha?

Playboy: ainda não, mas espero que em breve.- ele riu e eu fiz o mesmo.- Na moral mermo, eu tô de boa, a mina é gente fina.

Fomos pra rodinha onde iriam escalar os times. Já me escolheram logo de cara,  o pai é meia-atacante dos bons, armador pô.

Fui pra minha posição e vi meu pai, o Th, o Magrinho e o Fael lá na arquibancada junto com as meninas.

Vi que o Fael tava distante da Malu e fiquei de boa.

O jogo começou com o time do Jota com a bola. O Jota joga no ataque, ponta esquerda. Bem demais também, a qualidade jogador caro deve ser de família.

Já de início o Jota já finalizou, mas foi pra fora.

Playboy: vamo, porra! Pra cima.

Depois de mais uns minutos dando aulas, depois de tantos dribles e chutes, acertei a porra da bola no gol.

Corri de volta pra minha posição enquanto mandava um beijo pra Malu, que sorria com o celular na mão.

Devia tá gravando.

Mas na hora que mandei o beijo pra ela, umas minas começaram a gritar, devem ter achado que era pra elas o gol e o beijo.

Ah, pelo amor de Deus...

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Querem maratona? 😝

Perdição [M]Where stories live. Discover now