27 CAPÍTULO

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Gabriella

Meu celular comecou a tocar sem parar enquanto eu descia a rua, com os saltos na mão e a lágrima ainda caindo. Uns me olhavam com pena, outros nem ligavam e eu estava pouco me lixando pros olhares. Como o celular não parava de tocar eu peguei, tinha chamadas da Bruna e do deco, desliguei o mesmo, eu só queria sumir, desaparecer desse morro, sem passagem de volta.

O que me deixa mais chateada e de ver que ele ainda se relacionava com ela mesmo eu pedindo para que não, ela era meu único e exclusivo problema, com outras sim eu tinha ciúmes, mas ela é demais, ele passou por cima de tudo, TUDO que nos tivemos, tudo que eu achava que ele sentia por mim nas mínimas demonstrações de afeto que ele me proporcionava.

Ouvi o barulho de uma moto e a mesma diminuir o ritmo, começar a andar do meu lado, eu já estava me preparando pra xingar ele de todas as formas, mas vi que era o dimenor, o que me fez chorar mais ainda, ele não teve bem a coragem de vir atrás da otaria aqui, que ódio.

Dimenor: sobe aí que eu vou te levar pra casa.- jogou a moto na minha frente me fazendo parar de andar.- qual foi gabi.

Gabriella: cara me deixa em paz, você é outro da mesma laia que ele, não teve a mínima consideração por mim, de me avisar que ele estava com outra ali.- tentei sair mais ele me segurou.- me solta eu tô com odio de vocês, não quero ver vocês por um bom tempo, por mim que todos morram.- praguejei da boca pra fora, acabei descontando a minha raiva nele sem querer, querendo.

Dimenor: nao vou te deixar ir embora sozinha não pô.- me sacudiu.- pode falar o que tu quiser, tu tá com raiva, ta no teu direito pô.- olhei nos olhos dele e não me aguentei, encostei a cabeça no peito do mesmo e chorei tudo que tinha pra chorar.

Gabriella: eu odeio, odeio ele, ele me falou que não ia ficar mais com ela cara, ele falou me deu a palavra de homen dele, que agora eu vi que não vale de NADA, ele continuou com ela mesmo quando a gente começou?- olhei pra ele e o mesmo engoliu a seco concordando com a cabeca.- mano eu sou feia? o que será que eu fiz pra ele ir atrás dela de novo? me fala por que não é possível.

Dimenor: a culpa não é tua não pô, tu é linda pra caralho, o problema tá nele, não se culpa por um problema dele não Gabriella, qual foi porra.- neguei abaixando a cabeça.

O mesmo me levou ate a porta da minha casa e eu pedi para que ele me deixasse sozinha, eu precisava de um tempo pra mim, sem ninguem no meu pe, me olhando com pena, ate porque nao quero que ninguem sinta pena de mim.

Entrei em casa mais calma, so que com a cabeça a milhão, eu ódio ser intensa isso sempre acaba acontecendo, no final eu só me dou mal, no final eu sempre saio machucada e sempre a mesma, não digo só em relação amorosa, em questão de amizade tudo, eu sou uma completa idiota. E no final sempre fico me perguntando, o que foi, que eu fiz para merecer isso? mas a resposta nunca vem ou vem e eu nem percebo.

Coloquei os saltos no canto da parede e minha bolsa em cima do sofá, prendi meu cabelo em um coque e ouvi o barulho do carro do deco, automaticamente o coração já acelerou, uma imensa vontade de chorar me envadiu, respirei fundo e balancei a cabeça, tentando me acalma, mas era uma coisa mais forte que eu, minha respiração se desregulou assim que eu vi o mesmo abrir a porta, seus olhos estavam completamente vermelhos, sua feição completamente rígida sem deixar que a decifrasse, ele ficou parado me olhando e antes que ele começasse eu me pronunciei.

Gabriella: vai embora por favor.- eu quase não consegui falar e essa foram as únicas frases possíveis na minha cabeça.

Deco: me deixa te explicar cara, o que, tu foi fazer lá, eu pedi pra tu me avisar porra.- o mesmo mexia as mão constantemente, parecia agoniado e sobe efeito de drogas.

Gabriella: não quero ouvir nada, não quero mais nada com você, vai embora!- ele começou a negar com a cabeça e veio se aproximando de mim.- não chega perto de mim, eu tenho nojo de você, seu mentiroso.

Deco: falei pra tu me avisar porra, eu falei, tu não ouviu nesse caralho, tu complica tudo cara, o que custava avisar, tu não ia passar por isso pô.- comecei a rir da cara dele, mas era de ódio mesmo.

Gabriella: para, para deco, vai embora, eu não sou nenhuma criança pra aceitar essas suas babaquices, muito menos tão otaria como você acha, eu já estou cansada de você.- passei a mão pelo rosto, respirei fundo, me segurando pra não chorar.- você nunca nem pensou em ter algo sério comigo, a verdade é que você só me usou, e a mais errada nessa história sou eu que aceitei isso esse tempo todo, chega!

Deco: tá maluca, para de falar merda caralho, acabou porra nenhuma não tu é minha Gabriella, ta no meu nome porra.

Gabriella: então me fala, tu quer o que comigo?- olhei dentro dos olhos do mesmo.- fala André, se for pra ficar so nos dois eu esqueço tudo que aconteceu hoje, agora se for pra tu ficar na putaria é melhor me esquecer!

E foi nesse momento que eu vi que ele estava pouco se fudendo pra mim, nem se quer ele me respondeu, me olhou engolindo a seco e saiu, ele simplesmente saiu, sem falar nada. Tranquei a porta e jurei pra mim mesma que não deixaria mais nenhuma lágrima escorrer por esse idiota.

Passei o resto da noite acordada e decidindo o que eu faria, como eu já estava com planos de fazer uma mine viajem, ate dinheiro guardado eu tinha, arrumei minha mala, coloquei tudo que eu precisava pelo mesmo para uma semana, e em esperei da a hora de ir pro trabalho.

REFERÊNCIA .1 (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now