Consequências - JJ Maybank

Capítulo 22

— Olivia o que está fazendo?— Mamãe perguntou em um grito como se eu não pudesse ouvir dentro da piscina.

— Relaxando — Respondi dando uma mordida grande no meu pão bem recheado com geleia de uva.

— Você precisa esperar uma hora após comer para entrar na água garota.

— Mas eu to na boia sequinha — Dei um sorriso de maneira obvia — Já estão indo?

— Estamos, toma cuidado e se por acaso escorregar da boia não afunda as cabeça que é pior.

— Sim senhora — Concordei, já faz alguns dias desde a minha " conversa" com JJ, as coisas em casa estão tranquilas dentro do possível.

Temos só tentado ignorar nossas desavenças até que elas voltem a tona.

— Acho que eu nunca mais vou comer geleia de uva —Afastei o prato me sentindo enjoada — Sabe o que poderíamos comer? Macarrão com queijo e mostarda — Tirei a mão do meu ventre quando notei o que estava fazendo.

Eu só posso estar ficando louca de conversar com a minha barriga.

Usei meu braço de remo para conseguir voltar a borda da piscina, peguei o prato e a garrafa de suco que não bebi muito voltando para o interior da casa.

Deixei a louça suja sobre a pia e coloquei a água do macarrão para ferver.

Me olhei no reflexo da grande porta de vidro me encarando de vários ângulos, eu ainda pareço a mesma.

Uma batida na porta me fez lembrar que papai avisou que alguém viria cortar a grama, abaixei o fogo e coloquei um short antes de atravessar a casa até a porta da frente.

— Você pode dar a volta vai encontrar tudo o que precisar lá nos fundos — Eu disse sem dar muita moral, apenas encarando um detalhe na porta de madeira que começa a descascar.

— Nos fundos, entendi — A voz me pareceu familiar, não me surpreendi quando olhei o rosto do JJ.

— O que faz aqui?

Perguntei por um minuto achando que ele poderia ter voltado atrás.

— Hoje eu trabalho aqui — Ele disse ajeitando o boné.

— Vai encontrar o que precisa lá nos fundos — Fechei a porta.

Não entendi o porquê desse meu ato, eu não estou zangada e nem chateada.

Eu até disse que estava tudo bem ele fazer aquela escolha.

Voltei para a cozinha onde coloquei o macarrão comprido na água fervente, me debrucei sobre a pia podendo ver o garoto - por algum motivo sem camisa - passar pela grama fazendo o seu trabalho.

Por que ele tem que ser tão gostoso?

— Seu pai está aqui, mas eu vou fingir que nem me importo — Dei um tapa na minha própria testa por fazer isso novamente.