6_ A marca do caçador

178 22 25
                                    


Oie pessoas! Mais um capítulo para vocês, espero que gostem! Obrigada pelos comentários, adoro todos! Quem quiser conversar sobre os personagens e sempre ter uma prévia do livro me siga no insta nath.p.andrade Boa leitura!



*****************************************************************************

Avanço pelos corredores do palácio com pressa e inquietação. Só de imaginar que meus lobos pudessem estar feridos, um deles, ou que estivessem doentes, já começava a sentir meus poderes se agitarem dentro de mim. Mordo os lábios para me manter calma e ando tão rápido que Átemis tem que correr atrás para me acompanhar. Quando finalmente chego nos estábulos, faço um sinal para que ela espere na porta e entro.

Álaki estava no mesmo lugar que o encontrei naquele dia, seu tigre sentado comendo o que parecia ser uma generosa porção de carne fresca ao seu lado. Assim que me viu abriu um sorriso contido que desapareceu assim que notou minha expressão de preocupação:

-Veio correndo? _ ele murmura.

-O que houve com eles? _ corro meus olhos na direção da matilha e ao me farejarem eles se põem de pé e correm no meu rumo pulando sobre mim.

-Nada_ ele responde, calmo. Me coloco de pé irritada agora, porque ele mandou que me chamassem e meus animais pareciam perfeitamente bem.

-E então por que me chamou? _ falo, tentando soar mais calma.

-É só que..._ ele passa mão no próprio cabelo como se estivesse hesitando_ eles estão comendo menos. Não deixaram o estabulo desde que chegaram_ me volto para a matilha e analiso Ada com os olhos. Ela estava sentada, me encarando, quieta_ pensei que talvez um passeio com eles poderia fazer bem.

-É uma boa ideia_ admito, enquanto passo os dedos na pelagem do filhote mais novo de Ada_ pode leva-los.

-Não quer ir com eles? _ Álaki questiona. Eu estico meu corpo e me volto para ele pensando na ideia. O sol parecia estar mais ameno nesses últimos dias e provavelmente sem a minha presença a matilha poderia mostrar alguma agressividade. O general de fato podia estar certo sobre minha presença ser necessária.

-É seguro? _ pergunto.

-Claro_ ele responde_ podemos ir até a feira e passear pelos arredores. Leve sua escolta se quiser. Eu levarei alguns soldados e serei o guia.

Fico calada um instante tentando captar alguma segunda intenção por detrás do seu convite, mas vejo somente empatia. Balanço minha cabeça então, concordando.

-Quando? _ questiono.

-Amanhã, pela manhã_ ele diz_ assim o sol estará mais fraco, o que imagino que prefira.

-Está bem_ confirmo_ nos vemos amanhã.

Retorno para meu quarto um pouco mais aliviada. Ao cair da noite, Neeko traz um prato recheado de batatas e porções de carne de bisão e eu como bem antes de me preparar para me deitar. Não gostava de dormir cedo e nem acordar com o raiar do sol, mas se fosse fazer aquele passeio pelo bem dos meus lobos precisava fazer um esforço. Me despeço dela e de Soraka e vou direto para cama, tentar adormecer. Rolo sobre os lençóis por algumas horas quando finalmente pego no sono. Infelizmente, o mesmo pesadelo retorna e acordo ainda de madrugada com o cheiro de fumaça nas minhas narinas e com o corpo coberto de suor.

Não acordo Neeko e nem Soraka quando caminho para a ala de banho e procuro sozinha pela água. Encontro um jarro de barro enorme, no canto do cômodo, pesado, cheio até a tampa. Arrasto ele para mais perto do recipiente arredondado e uso o copo de barro que tampava o jarro para colocar a agua aos poucos. Eu não tinha força o suficiente para virar o jarro direto no recipiente, derramaria tudo. Faço então aquele trabalho com paciência até que esteja quase completamente cheio.

Tocada pelo SolWhere stories live. Discover now