Kid's Play 2 - Taegyu

Ponto fraco

— Minju, se eu escutar mais um "eu amo o Tio Tae" hoje eu juro que eu cometo um crime. — Abriu a porta com agressividade. — E tira essas pernas da mesa, tem carro chegando lá fora.

Minju trabalhava na recepção. Tinha cabelos longos castanhos, e pelo sorriso bonito, aparentava simpática; para a felicidade de Beomgyu, realmente era. Não demorou nem dois dias para ficarem amigos — e não apenas uma amizade convencional, já agiam como se fossem amigos há tempo. Era exatamente por isso que Beomgyu tirava diversas "pausas" durante o seu expediente para fofocar, coisa que irritava profundamente a Polly Pocket ruiva.

A garota quase caiu da cadeira com o susto.

— Você não é minha mãe, sabichão — retrucou a garota, que prosseguiu a lixar suas unhas. — E tá fazendo o que aqui de novo? Outra pausa pra reclamar?

Delicado como um furacão, Beomgyu apenas empurrou as pernas da garota para fora do balcão.

— Nem, só meu primo que vai passar para deixar a filha dele aqui.

— Primo? Filha? Beomgyu, a gente se conhece a dois dias, preciso de contexto. Até agora você só falou do tal do outro ajudante... — retrucou ao conseguir equilíbrio de volta, uma vez que quase caiu no chão depois de Beomgyu apenas empurrá-la. — E, Ai! Isso doeu!

— Nem vou precisar, olha ele ali! — anunciou Beomgyu, apontando para a porta com o sorriso.

Diferente de Beomgyu, que parecia bem disposto naquela manhã, Soobin estava caindo no chão de tão exausto que aparentava. Infelizmente, parecia que aquele cansaço havia refletido na pequena Seol ao seu lado; a menina estava com os cabelos todo no rosto e um conjunto de roupas que parecia ter sido arranjado por outra criança.

— Bom dia, raios de sol! — gritou Beomgyu, que estranhamente gostava de ver seu primo aos cacos. — Passaram por um tornado que eu não soube?

— Soobin é seu primo?! — sussurrou Minju, que já encontrava-se de pé desde que a porta fora aberta. — E essa menina não é filha daquele outro cara?

— Eles tão de namorico — sussurrou de volta, recebendo uma reação um tanto exagerada da colega. — Né? Combinam muito.

Soobin caminhou até o balcão, onde os responsáveis marcam a entrada e saída das crianças.

— Yeonjun foi passar dois dias fora, coisa do estágio dele, e eu disse que cuidaria da Seol — explicou-se, basicamente sem nenhuma empolgação. — Achei que daria conta, que era moleza depois desse mês e pouco vivendo junto, mas...

Encarou a menina, que bateu de cara com a parede, uma vez que não conseguia ver nada.

— Ai.

— Tá complicado, sabe. Pode dar um jeito no cabelo dela pra mim?

— Já estava planejando fazer isso. — Assentiu pra Soobin, que pode tirar esse peso das costas. — Você não quer ajuda com mais nada?