Capítulo 2

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— Não faça besteira, Heitor

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— Não faça besteira, Heitor...

Minha mãe segura meu braço, temendo que eu faça alguma bobagem, embora tivesse vontade, tenho a frieza e dissimulação que aprendi com a Paola para agir. Sorrio para minha mãe e me desvencilho do seu braço.

Caminho na direção da Paola, como se nada, absolutamente nada entre nós estivesse mal resolvido. Senti uma tensão pairando sobre nós, até ela me encara com os olhos temerosos. Paro bem próximo dela, estendo a mão para cumprimentá-la.

— Como vai, Paola, quanto tempo! — digo com o olhar fixo ao dela.

Ela corresponde, retribui o meu olhar, sua mão está fria, ela está nervosa, pisca demoradamente por trás dos longos cílios e maquiagem carregada, seus seios sobem e descem rapidamente no decote, ela quer desviar seu olhar do meu, largar a minha mão, mas por algum motivo não consegue, continua imóvel, acho que a minha calma a deixa assustada. Estou certo de que ela esperava por uma reação mais explosiva da minha parte. Percebendo que não se moverá, tomo a iniciativa e solto sua mão.

— Muito tempo mesmo — murmura, quase que inaudível.

— Gente, vamos para o jardim, nosso almoço será lá — convida minha mãe, pega a mão de Paola e as duas saem primeiro da sala.

— E aí, Marina, como você está? — pergunto e a puxo para um abraço.

Marina respira aliviada e corresponde ao meu abraço.

— Obrigada — sussurra ao meu ouvido.

— Pelo quê? — Afasto-a dos meus braços para olhá-la. — Por não ter descido ao nível da Paola?

— É, e por não ter surtado e...

Rio e balanço a cabeça negativamente.

— Ela não merece os meus surtos.

Rio, na tentativa de descontrair o clima tenso.

— É, você tem razão, apesar de tanto tempo, eu ainda não sei lidar com tudo isso, eu amo vocês dois e quero que estejam bem e felizes e...

— Marina, esquece tudo, é passado. Vamos focar no motivo da minha visita. Agora, conte-me um pouco mais sobre essa reunião convocada pelo Santiago. Ele adiantou algo?

— Não, nadinha! Juro.

— Bom, espero que sejam boas-novas.

— Eu acho que é, porque ele está bem feliz hoje.

— Assim espero.

Abraço minha irmã e saímos juntos na direção do jardim. Há anos que nossas reuniões familiares não aconteciam aqui, bem, há motivos para isso, mas não me importo, ou melhor, tento não recordar, quero ter um último dia de férias tranquilo.

— Tá tudo bem mesmo com a presença da Paola? — pergunta Mariana, ainda preocupada.

— E por que não estaria? — respondo, seguro de mim.

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