Uma cortina de névoa branca se estendia à minha frente, tudo e nada ao mesmo tempo. Luzes passavam rapidamente ao meu redor e barulhos de carros em alta velocidade chegavam aos meus ouvidos. Conforme andava sem rumo para dentro daquela imensidão branca, uma buzina soando à minha esquerda me fez virar.
A frente do carro estava a alguns poucos metros de mim, seria atropelada, cruzei os braços na minha frente apenas para encontrar um vento frio. O veículo havia se dispersado em fumaça, mas uma sensação de sufoco se agarrou a minha garganta.
Nos ouvidos a própria morte urrando com uma voz esganiçada.
"Boa Viagem"
Me levantei num susto, tossindo e levando a mão a minha garganta. O barulho do meu coração acelerado sendo a única coisa naquele quarto de hospital.
Foi um pesadelo.
A pontada nas minhas costas me fez voltar à posição original, na pequena mesa de canto ao lado da poltrona do acompanhante reconheci uma mochila e ao lado dela uma bolsa executiva, antes que eu pudesse concluir meus pensamentos de quem ela pertencia a figura abriu a porta.
-Eu deixo o quarto por um momento e você acorda?
Meu pai se aproximou da cama com uma coberta extra, jogando sobre mim.
-Você parecia com frio - ele sorriu de leve e colocou a mão na minha cabeça em seguida – Achei que ia me livrar das surpresas quando Hayato fosse para o outro lado do mundo... Mas você parece estar fazendo um bom trabalho nessa parte.
-Hey, agora eu faço parte de uma pequena porcentagem de pessoas que levou uma facada de uma cunhada psicótica, pelo menos essa conquista agora eu tenho.
Ele manteve o rosto sério e suspirou, colocando a mão na minha cabeça em seguida – Só essa é o suficiente não?
-Com certeza – respondi – Desculpe por te tirar do trabalho.
Ele balançou a cabeça – Minha família sempre vai ser mais importante do que qualquer trabalho. – se sentando na lateral da minha cama ele começou a me olhar um pouco mais preocupado.
-Você parecia inquieta – comentou – Sonhos agitados.
Abaixei o olhar para as minhas mãos – Mais para pesadelos... O acidente da mãe e depois o meu.
-Entendo, muitas coisas andaram acontecendo recentemente – ele colocou as mãos sobre as minhas só então percebi o quão frios meus dedos estavam – Hide e Ichika me contaram sobre o incidente da escola, sobre os bilhetes e os assédios verbais.
-Se quiser trocar de escola...
-Não – respondi, mas não consegui continuar. Minha vida era na Itachiyama, meus amigos, meu time.
-Certo, foi só um pensamento – ele soltou os ombros – Então pelo menos me prometa que quando as coisas começarem a ficar difíceis você vai falar comigo. Ou com qualquer outra pessoa.
-Posso ser velho – ele se inclinou um pouco – Embora isso seja um segredo.
Ele riu da própria piada – Mas como as coisas funcionam, pessoas invejosas existem bem antes de eu nascer ou de você. Alguns seres humanos são tão infelizes que não conseguem simplesmente ver a vida dos outros sem tentar causar algum problema.
-Seja por um trabalho, algum bem material ou amor.
Meu pai deu dois tapinhas nas minhas mãos – Se chegar o momento, peça ajuda. Não segure tudo, me deixe fazer meu papel e cuidar de você.
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Redamancy - (Sakusa x [Nome])
Fanfiction🥇 1° em Haikyuu • Setembro/22, Outubro/23 red • a • man • cy (substantivo) sentimento nobre e puro: o de amar de volta alguém que te ama um amor retribuído com a mesma intensidade. Poderia ser apenas uma mudança comum, afinal quantas pessoas não tr...