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|~ NYX RIDDLE ~|

Estava saindo da comunal da sonserina, todos já tinham ido para a Sala Precisa, só faltava eu e Potter, que segundo eles “Vocês tem que chegar juntos e por último, afinal são os aniversariantes”, desnecessário? Sim. Vou discutir e negar ficar perto desse míope? Não. Porquê? Por que quero descobrir se gosto ou não dele. No caso ele vem me buscar aqui nas masmorras, então o caminho vai ser longo até o sétimo andar.

Eu estava com um vestido vermelho, minha cor preferida depois de preto por incrível que pareça, um salto preto, meu cabelo estava solto com alguns cachos, uma sombra com brilhos, um batom vermelho, um brinco com alguns brilhos, afinal brilho nunca é demais, e várias jóias que uso diariamente.

Saí pela passagem da comunal calmamente para não fazer o mínimo barulho, já que as masmorras são um eco do caralho, e senti alguém me puxando, e logo fui coberta por um tecido.

— Está deslumbrante, Riddle — ouvi Potter sussurrar em meu ouvido e me arrepiei

— Obrigada, Potter, infelizmente não posso dizer o mesmo, ainda não te vi com clareza — falei no mesmo tom e ele riu baixo

— Vamos — ele disse segurando meu braço com delicadeza e começamos a andar em silêncio — Pensei que iria vir de verde, afinal é a cor da sua casa — ele comenta quebrando o silêncio

— Se prestasse mais atenção nas coisas, saberia que vermelho é minha cor favorita — falei em um tom que ele pudesse ouvir

— Uma Sonserina com paixão pela cor dos Leões? Que coisa linda — ele zombou

— Não é como se eu tivesse muita escolha Potter, meu cabelo é vermelho, e me irrite o suficiente e terá meus olhos da mesma cor — falei

— Seus olhos ficam vermelhos? — sua voz tinha curiosidade e percebi que ele me olhava

— Só quando estou com muita ruiva, aconteceu duas vezes na vida — esclareci

— E quais foram as vezes? — ele perguntou curioso

— Quando peguei meu pai trasando com a irmã da Narcissa com 10 anos — falei

— Ela não é sua melhor amiga? — ele perguntou confuso

— Sim, mas na época eu não sabia que eles estavam tendo um caso, e ela era casada, ainda é, mas eu fiquei com raiva por terem escondido de mim algo tão importante quanto eles dividindo doenças e correndo o perigo de me dar um irmão — falei com uma falsa indignação e ele riu

— E a outra vez? — ele indagou

— Quando eu tinha 2 anos e ainda morava no Orfanato e empurrei a menina da escada — falei simples e ele me olhou como se eu fosse louca

— Você empurrou uma menina da escada? Com 2 anos? — ele perguntou assustado

— Não, eu não tinha exatamente 2 anos, mas foi por essa data ai — falei e ele engoliu a seco — Eu tô brincando, não sabia que era uma bruxa, foi um pico de magia

— Eu tenho uma leve impressão de que você não exitaria em matar alguém — ele revelou

— Nunca exitei — falei sem ao menos perceber e ele parou de andar

— Você já matou alguém? — ele perguntou com medo

— Claro — ele arregalou os olhos — Aranhas, formigas e vários outros insetos nojentos — falei e ele respirou aliviado

— Não me dê um susto desses — ele pediu e eu ri — Eu tava pen...

Interrompi ele o empurrando para a parede fazendo nossos corpos colarem, coloquei a mão na boca pedindo silêncio. Professor Horácio passava ali naquele mesmo segundo. Respirei aliviada quando vi que ele já havia sumido de vista e olhei para Potter.

— Tudo certo — falei sorrindo e ele me olhou — Tudo bem Pott... — fui interrompida pelos lábios dele nos meus

Arregalei os olhos com a atitude inesperada, porém retribui o beijo alguns segundos depois. Uma de suas mãos desceu para minha cintura, e por lá ficou, a outra ele colocou em minha bochecha a acariciando. Coloquei meus braços em seu pescoço para me dar um equilíbrio.

Ele pediu passagem com a língua e concedi. Nossas línguas pareciam que eram feitas uma para a outra, era como se dançassem. O beijo dele tinha gosto de chocolate com menta, acho que ele tem comido muito doce, seu cheiro de grama molhada me deixava desnorteada. O beijo era viciante como se nem a falta de ar pudesse nos separar. Sua mão se afirmou em minha cintura, me fazendo gemer em seus lábios. O ar foi necessário e nos separamos com as testas coladas. A respiração desregulada e os lábios vermelhos, com um último fio de saliva os unindo.

— Uau — ele foi o primeiro a se pronunciar — Isso foi... muito bom — ele disse e sorriu

— Foi... — falei acompanhando seu sorriso

— Por que nunca fizemos isso? — ele pergunta ainda ofegante

— Não faço a mínima ideia — falei e ele riu

Ele tomou meus lábios de novo, dessa vez com mais força. Ele parecia desesperado para sentir o gosto dos meus lábios novamente, e eu estava igual a ele, porém me separei.

— Precisamos ir — o lembrei — Estão nos esperando

— Podemos só ir para a comunal da grifinória e ficar lá nós beijando o resto da noite — ele sugere me dando um selinho — Tenho certeza que eles não iam perceber

— Seria ótimo — confessei e ele sorriu esperançoso — Mas nossos amigos estão nos esperando e vão notar se não formos, e creio que você não vai contar para eles sobre isso agora — falei e ele bufou

— Eu ia contar sim, mas já que você insiste vamos — ele disse nos separando e voltamos a andar

— Por que me beijou? — perguntei e ele me olhou

— A verdade? — perguntou e concordei — Queria fazer isso desde as férias

— Parece que Remus acertou — falei e ele riu

— Ele sabe de tudo

— Isso é bom — falei e ele ergueu as sobrancelhas curioso — Se ele não soubesse de tudo você não teria me beijado, ou eu não teria aceitado — falei e ele concordou

— Chegamos — ele disse em frente a porta que se revelava — Inimigos novamente para os outros? — ele pergunta se aproximando um pouco mais

— Inimigos novamente para os outros — falei e ele me beijou

— E só pra você saber, eu sempre soube que sua cor favorita é vermelho — ele disse antes de nos separarmos e entrarmos — OS DONOS DA FESTA CHEGARAM — ele gritou e todos pularam alegres

Abracei as meninas e elas me puxaram, antes de sair olhei Potter que me olhou de volta e pisquei acompanhando as meninas.

 Feuer || ʲᵃᵐᵉˢ ᵖᵒᵗᵗᵉʳWhere stories live. Discover now