Sweet Dreams; Jikook

Who are you? 3

Emma Park

Eu e meu neto no refeitório, estava um pouco animada. Sempre ficava assim quando meu querido neto me visitava. Saímos de lá, entrando no elevador. Eu ficava arrumando alguns fios loiros que caíam em seu rosto.

- Eu vou para casa, antes que a mamãe me ligue gritando por estar na rua ainda - ele falava com uma calma, me olhando. Em seu olhar, parecia desanimado por estar indo para casa, mas ele sabia que no outro dia poderia voltar.

- Ok! Amanhã estarei aqui para você ficar no meu pé de novo - revirei meus olhos. Amava quando ele ficava comigo, mas não conseguia fazer o que eu mais gostava de fazer.

- Não revire esses seus olhos para mim.... Minha mafiosa - ele me olhou cruzando os braços, mostrando que já estava sabendo. - Estou longe, mas estou de olho em você, senhorita Park mafiosa.

- Não sou senhora, eu não sou velha, e sim, sou jovem, me respeita rum... Mas eu? Eu não fiz nada... - fiz uma cara de inocente, fingindo não saber de nada. - Eu sou uma jovem da paz, meu neto.

- Uhum, não fez nada, né, vovó? - ele suspirou, passando a mão pelos cabelos. Logo, o elevador parou no segundo andar, e saímos. Ele, como todo dia, me levava até meu quarto, abria a porta e entrava.

- Bem! Agora estou segura em meu quarto... - falei entrando atrás dele. - Agora vai, sua mãe vai ficar brava, então vai.

- Estou indo já, e a senhorita vai descansar. Amanhã cedo estarei aqui - ele me deu um beijo na testa e foi para a porta, sorrindo. - Ah, estou de olho em você...

Dei risada pelo jeitinho de colocar suas mãos nos olhos e depois apontar para mim. O jeitinho do Jimin era fofo e me encantava, porque a mãe dele não tinha isso. Ela era muito brava, fria e mal, diferente desse doce garoto. Ele saiu do quarto e logo foi embora. Me sentei, pensando um pouco.

Depois de um tempo, me levantei da cama, sorrindo sacana, e peguei uma sacolinha que estava embaixo do meu travesseiro. Dentro dessa sacolinha, havia alguns remédios. Como tinha algumas pessoas acordadas, saí do meu quarto, passando pelos corredores. Como tinha uma sala ali, entrei, olhando e vendo que não tinha nenhum enfermeiro, apenas alguns pacientes.

- Ei, cheguei... - falei animada, balançando a sacola. - Eu trouxe algumas coisas. Estava vendo que um de vocês estava com muita dor, então vim negociar com vocês.

- Tem quais remédios, Park? - Um deles chegou mais perto de mim, me olhando.

- Tenho 3 dipironas e 2 de paracetamol. Eu vendo ou troco por algo que eu queira - falei ainda os olhando, peguei uma cadeira e me sentei nela.

- E qual seria essa troca? - Ele cruzou os braços, estava com uma cara que iria fazer qualquer coisa pelos remédios. - Se for algo fácil, poderei fazer.

- Hum... - coloquei minha mão no rosto pensando. - Eu quero saber quem é o garoto bonito e novo que apareceu hoje, e se fizer isso, te darei os remédios - falei balançando a sacola para frente e para trás.

- Ta, irei fazer isso, mas terá que me dar um dos remédios antes - ele falava ainda com os braços cruzados. Então, eu concordei e dei um de cada dos remédios. Como eu só queria aquilo, me levantei e fui na direção da porta.

- Estarei te esperando amanhã no mesmo lugar de sempre - saí da sala, passando pelo grande corredor. Assim que cheguei na porta do meu quarto, abri e entrei, ainda com a sacola na mão. Coloquei debaixo do meu travesseiro e me arrumei para dormir. Rapidamente, fechei os olhos.

**Jungkook**

Já era de manhã, batia exatamente às 6:00. Hoje eu estava um pouco mais animado, então me levantei da cama, fui até o banheiro, fiz tudo que tinha que fazer e logo saí. Arrumei a minha cama, me sentei esperando a enfermeira aparecer para tomar os remédios. Logo escutei baterem e entrar em seguida.

- Bom dia, Jungkook. Parece mais alegre hoje - até que eu parecia mesmo estar feliz. Dei um sorriso, e ela também. Como todos os dias, tomei os remédios, engolindo ambos.

- Estou um pouco. Hoje será diferente - falei um pouco empolgado, porque hoje seria uma data muito importante para o Taehyung. Mesmo que eu não estivesse lá, eu ia acompanhar junto pelo meu celular. - Hoje é um dia importante para o meu amigo e tal.

- Oh, legal. Bom, espero que dê tudo certo para seu amigo, Jungkook - ela falava ainda com aquele sorriso dela no rosto. - Estou indo, qualquer coisa é só chamar. Tchau. - Ela saiu acenando. Logo me levantei, indo até a porta. Guardei o meu celular no bolso da calça e saí. Fui até o refeitório, peguei um café preto e um pão. Não estava com tanta fome, mas peguei mesmo assim. Levei o líquido até a minha boca e rapidamente senti meu celular vibrando. Peguei rápido, atendendo.

- Bom dia, meu querido - a voz doce e calma de minha mãe me dava uma calma e, ao mesmo tempo, muita saudade. - Como meu filho está? Já comeu? Você precisa se cuidar.

- Oi, mãe. Bom dia - eu falava com um sorriso, sempre gostava quando ela ligava para mim. - Estou bem, já terminei de comer. A senhora também precisa se cuidar e comer bem.

- Estou bem sim, filho, e estou me cuidando. Mais tarde te ligo junto com o Taehyung.

- Tá bom, mãe. Estarei esperando... Tchau. - Nós dois demos tchau juntos, e logo desliguei meu celular. Me levantei do local onde estava sentado, fui até o lixo e joguei as coisas. Por mais que parecesse estranho, eu estava me sentindo tão vigiado, sei lá...

Mas nem liguei, só comecei a sair. Passei pela grande porta, e antes de passar, acabei batendo em outra pessoa. Dessa vez, era o garoto de cabelos loiros, o jovem. Eu arregalei meus olhos, estava olhando para baixo, e devagarzinho fui levantando meu olhar para o dele. Ele não estava com uma cara muito boa, e isso fez eu me congelar naquele momento.

- Me desculpe, senhor - falei, fazendo uma reverência e mostrando respeito. - Não queria te machucar. Rapidamente, escutei uma voz feminina vindo atrás dele.

- Hum, olha quem é o rapaz que quase me matou - ela falava, apontando para mim, e o garoto fechava ainda mais a cara.

- Isso é verdade? - ele falou, me olhando com a mesma expressão de antes. - Um enfermeiro que não presta atenção e ainda quase matou minha avó.

- Hum? Enfermeiro? - Levantei minha sobrancelha, o olhando. "Enfermeiro".