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𝐩𝐨𝐯.𝐬/𝐧

ainda era de tarde,em torno das cinco horas,e estamos no quintal da minha casa.

aqui fora,tem um balanço,mas não é um balanço de parque,e sim um banco.

eu e o bakugou estamos sentados aqui,mas, não estamos conversando,estamos apenas aproveitando o clima bom, está ventando muito,e eu gosto disso.

— ei..—ele me chama,e eu olho pra ele.— me conta mais sobre você...tem algum problema?— eu gosto quando ele se importa comigo...

— não...bom...deixa eu ver...— penso em alguma coisa.—o basico você sabe,meu nome,que eu tenho dezessete anos,e essas coisas. A minha família enteira está no Brasil,e por minha "sorte".— faço aspas.— minha família enteira me odeia,mas eu nunca liguei,eu lembro que minha mãe falava que esse ódio todo era inveja.

—mas inveja de quê?— ele me olha confuso.

—vamos dizer que...eu,minha mãe e minha vó,somos raras.— respondo.—bom,eu sou albina,mas não sou normal. A maioria dos albinos são sensíveis demais á luz,sempre tem um problema a mais na saúde. Mas eu não,sim,eu tenho imunidade baixa,mas isso foi uma complicação na gravidez da minha mãe,mas não tem nada a ver. Minha "espécie" vamos dizer assim, as pessoas albinas igual a min, só existem três.— vejo ele me olhar surpreso.— bom,duas.— minha mãe não estava viva.— eu,e minha avó materna. Mas,a minha avó gosta de mim,desde pequena ela fazia ums bolinhos pra min.

— você tem irmão?ou irmã?

— tenho,um irmão mais velho. Mas,faz tanto tempo que eu não vejo ele...ele saiu de casa á três anos atrás,pra treinar no exército.—respondo.— quer saber sobre mais alguma coisa?

—sei lá,quantos instrumetos você toca,ou, sua infância essas coisas,fala o que você quiser.— ele fala entediado e tomba a cabeça pra trás.

—eu toco todos os instrumentos no geral,mas meus preferidos são violino,bateria,e guitarra.—dou uma pausa.—minha infância foi...eu não tenho palavras pra descrever isso,mas,na minha infância enteira,minha mãe sempre este no meu lado,ela me apresentou a música,os instrumentos,arte,luta, tudo que eu sou boa hoje em dia foi ela que me ensinou. Mas,eu nunca tive amigos,eu sempre era excluída na escola por ser branca demais,sabe?eu nunca entendi isso.—olho pro céu.— mas,eu não me abalava por isso,minha mãe estava do meu lado,ela era a unica pessoa que eu confiava,e minha avó,minha mãe brincava comigo,dormia juntas,tipo aquelas melhores amigas de filme?que fazem tudo juntas.—pauso.—eu nem me abalava por ter só ela de amizade,eu tava feliz assim.

— você aprendeu a desenhar com ela?e até lutar?

—sim,sim,ela me levava pra um curso de artes desde pequena,e agora eu desenho de tudo. Ela tambem me levou pra treinar,e me treinava também,ela sabia lutar.

bom,agente ficou conversa sendo a tarde toda,e eu tenho que admitir,eu gosto de passar tempo assim,o mais estranho, é que tem que ser com ele .

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𝐝𝐢𝐚 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐧𝐭𝐞                
                           𝟔:𝟑𝟎

acordei com meu alarme indicando que ja estava na hora de acordar,e desliguei meio atordoada,por causa do sono.

me sentei na cama coçando os olhos, pensando no sonho estranho que eu tive.

era muito real,era como se eu tivesse acordado na casa da minha vó,estava somente eu e ela,e agente conversou,bem muito,ela fez bolinhos pra min,mas,ela falou um negócio estranho.

𝕯𝖆𝖉𝖉𝖞 𝖎𝖘𝖘𝖚𝖊𝖘|𝐛𝐚𝐤𝐮𝐠𝐨𝐮 × 𝐯𝐨𝐜ê.Where stories live. Discover now