33

360 44 22
                                    

Aquela maldita sensação de é agora ou nunca está me consumindo desde que cheguei na minha cidade

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Aquela maldita sensação de é agora ou nunca está me consumindo desde que cheguei na minha cidade. Já faz quatro dias que eu saí da mansão deixando meu filho mais velho lá, e durante esse tempo nós não nos falamos. Não por falta de tentativas, mas porque ele não atende minhas ligações e nem me retorna. E isso também pesou na hora de decidir voltar para cá, mesmo que por apenas um dia. É tempo mais que suficiente para bater um papo de pai para filho e tentar amenizar as coisas, diminuir os ressentimentos.

Com Isa já está tudo resolvido, e digamos que Diandra passou no teste. O que eu falei com a minha filha se resumiu a dar uma oportunidade para as pessoas se explicarem antes de acreditar no que terceiros disseram sobre elas. Diandra pegou esse gancho sem que eu precisasse dizer se deixei o terreno preparado para ela ou não.

Eu não faço ideia do que as duas conversaram. Até tentei arrancar alguma coisa de Bela, mas ela disse que foi uma conversa entre meninas, e que eu não precisava saber dos detalhes. Ainda acrescentou que bastava eu saber que elas eram amigas de novo e pronto. Então, talvez eu obtenha informações da própria Diandra amanhã, quando chegarmos ao Rio. Meu interesse em saber como ela consegue encantar minha menina desse jeito é real.

Eu sei que existem vários tipos de babá. Tem o tipo que quer ser irmã mais velha, a que age como professora em tempo integral, a que se auto-entitula a melhor amiga, a megera e por aí vai. Só que Diandra tem uma categoria própria. Ela consegue unir vários elementos e ser essa mulher espetacular, com um jeitão de moleca que só me deixa mais apaixonado. Eu espero que, um dia, ela consiga ter mais aproximação com Jônatas também. Só que agora, essa missão é minha e de mais ninguém.

— Jônatas tá em casa, Carmélia? — pergunto antes de entrar. Eu ainda tenho as chaves da mansão, mas não me sentiria bem em entrar como se ainda morasse aqui. Fora que Vallentina disse que trocaria todas as fechaduras, então não faria sentido tentar.

— Ele tá no quarto, Sr. Galzerano. Vou chamar.

— Não precisa — falo enquanto entro. — Vou subir e conversar com ele lá mesmo.

— Dona Vallentina ainda não chegou — diz.

Paro no caminho e me volto à ela preocupado com o que isso possa significar.

— Ela te deixou alguma ordem pra não me deixar entrar?!

— Não, senhor. Mas achei que o senhor pudesse querer falar com ela também.

Me acalmo e começo a subir a escada.

— Não. Meu assunto hoje é só com Jônatas.

— O senhor vai querer que eu leve um café?

Eu sei o que ela quer, e não é fazer o trabalho dela. Na verdade, é outro trabalho que Vallentina deve ter dado a ela: tomar conta de tudo o que acontece aqui dentro e informá-la.

Entre erros e acertosWhere stories live. Discover now