48-Outra vez... (Contém gatilhos)

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𝐕𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫.

Leila e eu, estávamos conversando no jardim, antes de ir para a casa da mãe dela almoçar, Le convidou minha mãe, porém, ela disse que não iria, pois, está muito ocupada com as coisas da empresa. Sinto que tem algo errado e ela me esconde.

- Le, acho que minha mãe, está escondendo algo de mim, não viu ela estranha? - Pergunto, porque sei o quanto elas são abertas uma com a outra.

Le fica em silêncio, caminhamos pelo corredor, de braços cruzados. Esse silêncio significa algo, quero saber o que ela tem.

- Leila. - Insisto na pergunta.

- Leila! Pelo amor de Deus, me ajuda! - Escuto uma voz familiar gritar, vindo em nossa direção ao que parece.

Leila desvencilha o braço do meu e se afasta, sinto um frio tomar o estômago.

- O que foi Isabel? Por que você está assim? - Leila pergunta, angustiada.

O choro descontrolado me diz, que tem algo bem pesado acontecendo com minha cunhada. Melhor ficar na minha, já causei problemas entre as duas, mesmo que indiretamente. Isabel tenta manter o ar nos pulmões, está bem abalada, pelo que escuto vindo dela.

- O Marcos, ele entrou no prédio, eu abri a porta e ele entrou, estava bêbado e começou a ser agressivo, me xingou... - Explica entre soluços doloridos. Não imaginei que Marcos, pudesse voltar a ser o mau-caráter que era, acreditei realmente que havia mudado sua personalidade tosca.

Alguém vem pisando como um dinossauro de toneladas no corredor, feito louco (a).

- Isso! Dá o seu showzinho, barraqueira! - Marcos fala em tom agressivo, chegando no corredor que estamos. Outra vez esse pampeiro aqui? É melhor apartar a briga.

- Lava a sua boca, para falar da minha irmã! Ou, eu vou te mostrar a barraqueira! - Leila grita com ele, eu me aproximo alguns passos e a seguro pela cintura com firmeza, óbvio que ela não gosta, porém, é melhor impedir agressão e que isso gere um boletim de ocorrência, ou polícia aqui.

- Eu falo dela do jeito que eu quiser! Quando transou comigo foi bom, não é? Agora não quer me escutar? Hipócrita! Uma vadia fingida! Vocês são tudo da mesma laia! - Juro que se eu pudesse, sentava a mão na cara do Marcos agora.

- Da minha laia? O que você quer dizer com isso? Mau-caráter aqui é você! - Leila tenta se soltar e avançar no meu irmão.

- Isso mesmo que ouviu! Na primeira oportunidade que vocês tem, se escoram em trouxas como o meu irmão! E arrancam até o último puto do bolso! - O ódio consome tudo que eu sou, quando o escuto falar assim com a minha noiva.

- Não permito que falte com respeito com ela! Cala a sua boca, se não, eu te faço calar! - Ameaço, sou capaz de agredi-lo aqui mesmo, sem o mínimo de remorso.

- Eu vou meter a mão na sua cara! Seu mimadinho egocêntrico! Me solta, Victor! - Insiste Leila, tentando me fazer soltá-la. Vontade não me falta, porém, será pior.

- Solta ela! Deixa ela vir para cima de mim! Deve ser bom ter a outra Tavares em cima de mim, afinal, você já experimentou e gostou né Victor? Gostou tanto, que pediu essa aproveitadora em casamento! - Agora percebi que Marcos está bêbado, a voz dele está embargada, deve ter enchido a cara.

Que decepção, apenas decepcionado...

- Você não conseguiu a minha irmã, e quis tentar comigo? Você é mais escroto do que eu imaginava! Maldita hora que te dei a chance de mostrar que era alguém bom! - Isabel saiu do meu lado, avançando em Marcos, pelo visto está socando ele (posso saber pelo som emitido).

𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙪 𝙩𝙚 𝙫𝙚𝙟𝙤 [Finalizada] Where stories live. Discover now