𝟏𝟎. 𝐅𝐎𝐈 𝐒𝐎́ 𝐔𝐌 𝐒𝐎𝐍𝐇𝐎

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Sinopse: Feyre ajuda Rhys quando ele tem um pesadelo.

Observação: Feyre e Rhys estão juntos.

———

Eu estava na biblioteca, terminando um livro que eu havia começado hoje pela manhã. Rhys veio até aqui horas atrás, me trouxe um prato de comida, e então reclamou algo sobre eu não ter descido para jantar. Mas logo tratei de explicar que não sairia dali até que eu tivesse terminado aquele romance que estava em minhas mãos, e que estava me deixando louca para saber o final. Rhys soltou uma risada, beijou minha têmpora e avisou que iria para cama, pois estava cansado e queria tirar um cochilo. Prometi que me juntaria a ele assim que o livro acabasse.

Estava faltando dez páginas para o fim quando a casa soltou um gemido.

Como se a própria madeira estivesse sendo dobrada, a casa começou a gemer e a estremecer; as lâmpadas de vidro colorido tilintaram.

Eu abaixei o livro, alarmada, virando- me para a janela aberta. Céus limpos, nada...

Nada além de escuridão entrando na biblioteca pela porta do corredor.

Eu conhecia aquela escuridão. Uma semente vivia em mim.

Ela escorria para dentro pelas rachaduras na porta, como uma enchente. A casa estremeceu de novo.

Rhys, o chamei pelo laço, desejando saber se estava tudo bem.

E quando ele não respondeu, disparei até a porta, a escancarando, e a escuridão passou por mim em um vento fantasma, cheia de estrelas e bater de asas e... dor.

Tanta dor, e desespero, e culpa, e medo.

Disparei para o corredor, o mais rápido que pude, completamente cega na escuridão impenetrável. Mas havia o nosso laço de parceria, e eu o segui — até onde sabia que o nosso quarto ficava. Procurei a maçaneta, então...

Mais noite e estrelas e vento saíram, meus cabelos voando ao meu redor, e ergui um braço para proteger o rosto quando entrei no quarto.

— Rhys.

Nenhuma resposta. Mas eu conseguia senti-lo ali, senti-lo através do nosso laço de parceria.

Segui a linha até minhas canelas baterem no que só podia ser a cama.

— Rhysand — chamei, por cima do vento e da escuridão. A casa estremeceu, as tábuas do piso estalaram sob meus pés. Bati na cama, sentindo lençóis e cobertores e abaixo, então...

Então, um corpo masculino duro, tenso. Mas a nossa cama era enorme, e não conseguia encontrá-lo.

— Rhysand!

Por toda a volta, a escuridão girava, o início e o fim do mundo.

Subi na cama, atrapalhada, disparando até Rhys, sentindo o que era seu braço, depois, a barriga, então, os ombros. A pele de Rhys estava congelando quando lhe segurei os ombros e gritei seu nome.

Nenhuma resposta, e deslizei a mão para cima, para o pescoço deRhys, até a boca — para me certificar de que ele estava respirando, de que aquele não era o poder de Rhysand fluindo para longe dele...

Hálito gélido atingiu a palma de minha mão. E, me preparando, fiquei de joelhos, mirando às cegas, e o estapeei.

Minha palma doeu... mas Rhys não se moveu. Eu o acertei de novo, puxando aquele laço entre nós, gritando o nome dele por ela, como se fosse um túnel, esmurrando aquela parede de ébano e adamantino dentro da mente do meu parceiro, rugindo para ela.

𝐎𝐍𝐄𝐒𝐇𝐎𝐓𝐒 ─ 𝐅𝐄𝐘𝐒𝐀𝐍𝐃Kde žijí příběhy. Začni objevovat