𝟔. 𝐂𝐀𝐏𝐓𝐔𝐑𝐀𝐃𝐎

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Sinopse: Rhys é atingido por flechas do rei de Hybern, e Feyre cura dele.

Observação: Feyre sabe sobre o laço, mas estava tendo dificuldades em aceitar.

———

Voamos durante a maior parte do dia, para bem longe, próximo de onde as estepes da floresta se erguiam para encontrar as montanhas Illyrianas.

O sol descia quando Rhys me pegou em seus braços e voamos. Havia apenas o vento, e o calor dele, e o estrondo das poderosas asas.

Eu me recusava a encara-lo, de falar sobre o que havia descoberto dias atrás. E estava assim desde o dia em que ouvi Amren, Mor e Rhys sussurrando, debatendo sobre um suposto laço de parceria, me fez ficar furiosa quando descobrir que era sobre mim.

Enquanto Amren e Mor tentavam fazer Rhys me contar sobre o nosso laço de parceria, Rhysand havia resolvido que eu não deveria saber de nada. Então, eu simplesmente apareci e perguntei do que eu não podia saber, mesmo tendo ouvido tudo... eu só queria que ele me contasse, olhando nos meus olhos.

— Feyre...

— Não. — O interrompi antes mesmo que ele iniciasse o assunto, sabendo exatamente do que ele queria falar.

— Eu só queria...

— Não me importa. — Eu disse, secamente, sem conseguir o encarar, principalmente ao sentir o seu olhar sobre mim. — Não me importa o que você quer. Não quando não se importou em me contar sobre a porcaria do laço.

— Me deixei ex... — Ele tentou mais uma vez.

— Nesse momento, Rhysand, a última coisa que eu queria era estar perto de você.

E pela primeira vez, o encarei. Então vi, a dor e a tristeza lampejando em seus olhos marejados. E essa foi a última coisa que eu vi antes de Rhys rugiu de dor, arqueando o corpo contra mim.

Senti o impacto; senti uma dor ofuscante por meio do nosso laço que destruiu meus escudos mentais, senti o estremecer das dezenas de lugares em que as flechas o tinham atingido quando dispararam de arcos ocultos abaixo da folhagem da floresta.

E, então, estávamos caindo.

Rhys me agarrou, e sua magia se enroscou ao nosso redor em um vento escuro, preparando-se para no atravessar para fora dali... e fracassou.

Fracassou porque aquelas eram flechas de freixo perfurando-o. Perfurando suas asas.

Rhys liberou seu poder. Tarde demais.

Flechas lhe rasgaram as asas. Atingiram as pernas.

E acho que eu estava gritando. Não por medo, conforme mergulhamos, mas por ele... pelo sangue e pelo brilho esverdeado naquelas flechas. Não era apenas freixo, mas veneno também.

Um vento escuro — o poder de Rhys — se chocou contra mim, e, então, fui atirada para longe quando Rhys me lançou às cambalhotas para além do alcance das flechas, às cambalhotas pelo ar...

O rugido de ira de Rhys estremeceu a floresta, as montanhas além. Pássaros se ergueram em ondas, fugindo daquele urro.

Eu me choquei contra a folhagem densa, meu corpo reclamou de dor quando fui atirada contra madeira e pinhas e folhas. E mais e mais para baixo...

Concentração concentração concentração.

Disparei uma onda daquele ar sólido que uma vez me protegera do temperamento de Tamlin. Atirei-a abaixo de mim como uma rede.

𝐎𝐍𝐄𝐒𝐇𝐎𝐓𝐒 ─ 𝐅𝐄𝐘𝐒𝐀𝐍𝐃Where stories live. Discover now