Capítulo 5

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Beth Pov On

- Voltamos à estaca zero, Beth? - Perguntou-me ele não percebendo o que se passava. Parecia que o queria beijar, mas ao mesmo tempo algo me dizia que o não devia fazer.

- Encaras a nossa relação como um jogo. Ok, ok, essa é nova. - Disse-lhe fazendo-o soltar um suspiro. - Pois digo-te que voltaste ao nível 1.

- E o beijo que me deste ontem à noite, não significou nada para ti?

- Primeiro, eu estava demasiado bêbada para perceber o que estava a acontecer e depois não és tu que dizes que eu gosto de te massacrar? Pronto aqui tens.

- Não percebo nada, sinceramente. Ontem parecias uma pessoa quando me beijaste agora pareces outra.

- Quando acordo costumo ficar muito rabugente. - Disse-lhe, eu sabia que estava a ser muito injusta com ele. Como eu o tratava, ele já tinha-se posto a milhas se não gostasse verdadeiramente de mim. Era uma grande prova de amor, mas eu já sabia que não podia confiar a 100% nele.

- Juro-te a pés juntos que nunca amei ninguém como tu, mas se continuas a ser essa pessoa que eu sei que não és, porque eu já vi a pessoa que és na realidade, eu juro que desisto.

- É porque não me amas de verdade, como dizes. - Disse-lhe, depois de entrarmos na escola. Sentamo-nos numa mesinha de jardim que havia na parte do recreio da escola e viu a olhar para mim.

- Eu amo-te de verdade e sabes bem disso, pois apesar das vezes que me deste tanga eu estou aqui, não estou?

- Dizem que eu gosto de me fazer dificil.

- Vou ser bastante sincero contigo, isto já é desprezo. Desculpa mas não vou continuar a ouvir essas boquinhas e a ser humilhado por ti Beth. - Levantou-se e seguiu com um amigo que passava naquela altura. Tinha sido muito dura com ele. Tinha-lhe dado um beijo e agora tinha-lhe feito isto? Que tipo de pessoa sou eu? Ou melhor, que tipo de pessoa estou a ser com ele? De repente alguém me faz cócegas na cintura, fazendo com que eu limpasse uma lágrima que me estava a escorrer pela cara, para não dar parte fraca e me assustasse ao mesmo tempo.

- Harry, seu estúpido, assustaste-me. - Disse quando vi quem tinha sido o responsável.

- Desculpa, nem era isso que eu queria nem nada. - Disse ele sentando-se ao meu lado, sítio onde minutos antes do Louis se tinha sentado.

- Que engraçadinho que tu me saiste hoje.

- Sabes, às vezes dá-me para isto. Mas, o que estás aqui a fazer sozinha?

- Nada de especial.

- A tua amiga Anna já chegou?

- Olha, se queres que te diga, não façop a minima.

- Uiu isso nem parece teu Beth, nunca gostaste de estar sozinha. - Disse-me ele fazendo-me uma festinha no braço.

- Sempre tão amável. Hoje não estou nos meus dias, desculpa.

- O que é que aconteceu? - Perguntou, mas seguidamente tocou impedindo-me de responder. Fomos os dois até à sala e olhei de relance para o Louis que me acenou a cara em sinal de reprovação. Estava realmente farta desta escola, destas pessoas e destes rapazes que só pessam em coisas futeis. Por mim fugia deste mundo com a Anna e o Harry e iamos viver para a Lua. Que coisa mais imatura, esta de fugir dos problemas, diria a minha mãe, tenho a certeza.

                                                                                ...

Ainda bem que as aulas passaram a correr, estou realmente farta. Decidi ir almoçar com o Harry, um dos únicos que me compreende. Fomos a uma pizzaria ali perto da escola, para ser mais rápido. Estavamos à espera da comida, quando a minha mãe telefona.

Mãe: Olá filha, desculpa estar a incomodar-te.

Eu: Mãe desculpa a maneira como te falei hoje de manhã, eu sei que tu só te preocupas comigo. - Disse-lhe, pois apesar de ela me irritar umas quantas vezes, é a única que me apoia lá em casa e eu odeio estar chateada com ela. A minha mãe é uma pessoa muito querida e simpática e não passa disso. Não tem carisma nenhum e isso irrita-me, pois faz tudo o que o meu quer, mas nunca lhe disse isso na cara, enfim é a sua vida.

Mãe: Olha, o teu pai só me avisou agora, mas à noite vem um médico jantar a nossa casa. Tem um filho muito bonito da tua idade.

 Eu: Só para variar um pouco não é mãe? Tou mesmo a ver que o pai te obrigou a fazer de casamenteira.

Mãe: Ele é um bom partido para ti filha, isso é verdade.

Eu: Ok, mãe, estás a fazer bem o teu papel. Daqui a um bocadinho estou em casa, vou passar a tarde em casa, por isso não te preocupes.

Mãe: Obrigada filha por não armares confusão. Beijinho, meu amor.

Desliguei o telemóvel, quando as nossas pizzas chegaram finalmente.

- Sabes como são as mães, um dia também vais ser.

- Não esquece, ela não tem moral, ela é um sombra do que o meu pai quer que ela seja. Quando eu for mãe, os meus filhos vão saber quem eu sou.

- O teu pai também não é nada fácil, desculpa dizer-te.

- Eu concordo, mas com ele que ela quis casar por isso...

- Bem vamos esquecer isso, vais contar-me o que aconteceu esta manhã.

- Não foi nada, já te disse.

- E eu também já te disse que não acreditei, desculpa estar a ser chato, mas deixaste-me preocupado.

- Não é preciso, eu estou bem. Se és meu amigo, ficas bem por mim.

- Como eu sei que não me estás a contar a verdade, não fico. Vá lá, Beth, eu sou teu amigo desde quando é que temos segredos um para o outro? Ainda por cima eu sei que ontem sais-te com o Louis.

- Quem é que te contou? - Perguntei-lhe ficando bastante surpreendida.

- Desculpa, mas agora tenho que ir pagar.

- Vais ter que me contar tudo. Vamos para minha casa?

Oi leitora,

finalmente em férias que é sinónimo de mais capitulos, aqui vai mais um para voces se entreterem, espero que gostem. Queria agradecer pelos votos e comentários.

- Quem é que acham que contou ao Harry?

- Porque será que a Beth naõ quis saber da Anna?

- Será que o Louis ama verdadeiramente a Beth?

Muitos beijinhos, boas leituras e boas férias.

Only MeWhere stories live. Discover now