BOB - My Entity |Concluído|

Prólogo 👻

~14 Anos Atrás~

Sinto meu coraçãozinho doer e soluço ao ouvir os gritos ecoando pela casa, minha cabeça doía e eu não consegui segurar o choro, porque meus papais estavam gritando? Eles se amavam, certo? 

— Oh querida, sua inocência é tão adorável — tomo um susto ao ouvir uma voz e meu coração acelerou, de onde isso vinha?

Olho em volta secando meus olhos um biquinho em meus lábios, curiosamente observo meu leãozinho se mover, os seus olhos estavam vermelhos, me deixando ainda mais curiosa. Como ele se mexia?

— Leãozinho? — questiono me levantando do tapete peludinho como ovelhas e me aproximo da minha cama, onde o leão de pelúcia estava.

— Sinto em lhe dizer que não sou mais seu leãozinho — a voz diz e eu me sento perto da pelúcia.

— Então pu que se parece com ele? E qual seu nome? — pergunto curiosa e o leãozinho se aproximou até cair com os olhos comumente pretos.

— Viu? Não estou mais — ouço a voz novamente e me virei vendo somente uma sombra, parecia a sombra de uma pessoa, mas não tinha uma pessoa ali. — Me chamo Bob e você pequenina?

Sorri animada e pulei da cama pegando o meu leão, o abraço e me balanço em meus pés, para frente e para trás, esquecendo completamente do porquê de estar triste alguns minutos atrás.

— Kaya, e tenho isso de idade — digo erguendo minha mão inteira, representando meus cinco anos, eu não vi mas senti que a sombra sorriu.

— Olha, já é uma moça, grande o suficiente para saber os segredos dos seus pais, não acha? — ele diz se abaixando e ficando de joelhos na minha frente.

— Segredos? — questionei e ele acenou com a cabeça — Bob, mamãe e papai tem segredos? 

Eu estava super curiosa, eu amava segredos, eu amava saber das coisas e se fosse do papai e da mamãe talvez se eu falasse eles não brigassem mais, seria um sonho!

— Claro que eles tem, mas temos que fazer um acordo — ele diz me olhando, quer dizer, eu acho que estava me olhando. 

— Qual? Qual? — questiono e ele ergueu sua mão, tentei segurá-la, mas minha mão atravessou a sua.— Uau!

— Eu te contarei tudo e a protegerei pelo resto de sua vida, mas em troca, ficará presa a mim para sempre, dividindo parte de seu espírito — ele diz e eu não entendi muito, mas não seria ruim ficar com ele para sempre! Eu queria que ele fosse meu amigo para sempre.

— Okay! — digo e ele aproxima sua mão da minha, conseguindo segurá-la, era uma sensação estranha, era como se o toque causasse choques ou se o vento estivesse concentrado em acariciar minha pele.

Era bom, agora eu ganhei um amigo, e ele me contaria segredos!